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quarta-feira, 6 de julho de 2011

Um Mustafá no caminho do Palmeiras

Vira e mexe, Mustafá arruma um jeito de perturbar o Palmeiras

Era uma vez um clube vitorioso, com muitas glórias e conquistas no seu passado, campeão do Século XX, mas que nos últimos anos vem sofrendo com uma interminável guerra política, liderada pelo senhor Mustafá Contursi.

A história é trágica e nem um pouco animadora, porém, a mais pura realidade da Sociedade Esportiva Palmeiras. O ex-presidente foi o principal oposicionista na gestão de Luiz Gonzaga Belluzzo e o articulador na vitória de Arnaldo Tirone na última eleição. Mas, com menos de seis meses de mandato do atual presidente, Contursi resolveu romper com a diretoria e conturbar ainda mais o ambiente do clube.

Claro que vê-lo longe do comando do Palmeiras é o que todo palestrino deseja, mas já passou da hora desse senhor deixar o nosso clube em paz. A política do bom e barato, as crises com a WTorre e a quase interrupção das obras da Arena marcaram o ano de 2011. Acreditar que com ele na oposição teremos tranquilidade no Palmeiras é um mero engano. Agora a guerra começa pra valer!

Sou um fiel crítico do Tirone como presidente do clube. Ele até agora falou demais e pouco fez. Não ouvir mais esses antiquados e ultrapassados dirigentes pode ser um marco positivo em sua gestão. Mas não podemos nos iludir com esse rompimento, pois nosso “querido” mandatário ainda deve uns favores ao Mustafá.

Em entrevista ao Blog do Perrone, o ex-presidente palmeirense fez duras críticas aos gastos com a revista do clube. Sim, caro torcedor, ele reclama de uma despesa de R$ 27 mil mensais. Esse valor, para um clube como o Palmeiras, é dinheiro de pinga.

“Pagamos R$ 27 mil mais os custos de impressão para a assessoria de imprensa fazer uma revista. Falaram que iriam cortar essa despesa. Não cortaram. Não é questão de eu gostar ou não de quem faz. Mas R$ 27 mil para produzir o conteúdo de uma revista de clube é muito dinheiro.”

Mustafá Contursi

Essa obsessão de cortar gastos não é de agora. Por ele, não teríamos Valdívia nem Kléber, por considera-los caros e pouco decisivos ao time. Realmente, decisivo são os “Rivaldos” e “Dineis” da vida, não é mesmo “Mumu”?

Grande parte da trocida não sente a menor saudade de "Mumu"

Infelizmente, ele não é o único que anda na contramão do sucesso palmeirense. Não podemos nos esquecer do Sr. Gilto Avallone que foi o principal oposicionista da Nova Arena e, recentemente, está envolvido em uma polêmica não menos importante. Um bilhete deixado no quadro de avisos do C.T alertou os jogadores a tomarem cuidado com ele, pois passava informações internas à imprensa. É mole?

Devemos agradecer a San Genaro por Felipão ser o nosso técnico. Ele sabe blindar o time e bater de frente com essa “corja” como ninguém seria capaz. Outro técnico no lugar dele já teria entregado o cargo. E sem o nosso comandante, não conseguiríamos nos reerguer no meio de tantas turbulências. É verdade que desde o seu retorno perdemos três títulos teoricamente fáceis, mas as coisas poderiam ser diferentes se a diretoria o ajudasse, ou alguém se esqueceu do senhor Paulo César de Oliveira? Tirone e Frizzo deveriam vetá-lo para aquele fatídico jogo contra o Corinthians, mas preferiram ouvir o Mustafá ao invés do nosso treinador. As consequências nós já conhecemos.

Ainda sonho em ver esses dirigentes, que só pensam em si, longe da Sociedade Esportiva Palmeiras. Mas a cada dia que passa parece ser apenas um sonho, já que a realidade é bem diferente. Até quando? O que eles querem?

Estamos na 3ª colocação do Campeonato Brasileiro, com um time confiante e consistente defensivamente. Com a volta de Valdívia e com o Martinuccio no time, teremos mais qualidade ofensiva. Estou confiante na conquista desse título, mas para isso, precisamos de PAZ NO PALMEIRAS. Será que é pedir muito?

Fotos: Blog VV

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