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quinta-feira, 24 de maio de 2012

Analise do sofá - Faltam 4 jogos...

Depois de um longo jejum, volto a escrever por essas bandas. E em um bom momento do Palmeiras, apesar de muita coisa errada ainda estar acontecendo pelos lados do Palestra Itália. Ontem, na Arena Barueri, conquistamos enfim a classificação para a semifinal da Copa do Brasil, fase que não atingíamos desde 1999, depois daquele jogo épico contra o Flamengo. Agora, faltam apenas quatro jogos para a quebra do jejum de quatro anos sem levantar uma taça.

A partida de ontem contra o Atlético PR foi tensa no início. Não sei o que acontece mas o Palmeiras tem tido, e não é de hoje, uma certa dificuldade contra times inferiores em fases de mata-mata. Se lembrarmos os últimos anos, fomos eliminados por Nacional na Libertadores, Goiás na Sul-Americana, Sport e Atlético GO na Copa do Brasil, e pelo Guarani no Paulistão. Isso se pegarmos só os últimos três anos. Por isso fiquei com o pé atrás ontem, mesmo com a boa vantagem que tínhamos.

Aos poucos, contudo, o Verdão tomou conta do jogo. Se o Atlético começou o jogo melhor, tentando criar jogadas no ataque, mas sem levar muito perigo para o Bruno, do meio da primeira etapa em diante o Palmeiras passou a se postar melhor em campo e a dominar as ações, apesar de não conseguir criar muito também. Foi uma primeira etapa amarrada. Bom para o Palmeiras, que continuava classificado.

No segundo período, porém, o Verdão não deixou o Atlético PR gostar do jogo. Voltou melhor e dominou amplamente a partida, marcando dois gols e sacramentando a classificação. E credito isso a dois fatos. O primeiro é a melhora de Valdívia. O chileno, quando está afim de jogo e em perfeitas condições físicas, pode fazer a diferença. Não é nenhum craque, mas é um bom jogador, habilidoso e com visão de jogo. Ele participando mais das jogadas ofensivas dá mais opções à equipe. Isso ficou nítido nos primeiros minutos da segunda etapa, quando o Palmeiras passou a prender mais a bola no campo de ataque. Ter um meia de qualidade é importante para qualquer time. Hoje temos dois. Mas ambos têm de querer jogar.

Outro fator que contribuiu para a vitória do Palmeiras foram as duas primeiras mudanças de Felipão. Temos de ser justos com o Bigodudo. Ele mexeu bem na equipe. As entradas de Luan e de Maikon Leite, nos lugares do inoperante Betinho e do bom Mazinho, foram cruciais para a vitória. Tanto que as jogadas dos dois gols tiveram a participação de ambos. No primeiro, uma bela jogada, nascida de uma cobrança de lateral. Maikon Leite recebeu de João Vitor e com um toque driblou o zagueiro, tocou para Valdívia que, dentro da área, não foi fominha e rolou para Luan marcar. Um golaço pela jogada, muito bem trabalhada e que lembrou o gol de Luan, no fim de semana, contra  a Portuguesa. Toques rápidos e movimentação. É disso que o Palmeiras precisa.

O segundo tento, marcado por Henrique, veio em cobrança de escanteio, conquistado por Luan e executado por Maikon Leite. Ou seja, ambos tiveram participação decisiva na vitória desta quarta, mesmo que vindos do banco, o que é um bom sinal, pois parece que o elenco vai se acertando e ficando cada vez mais forte.

Vejo uma boa chance de título nessa Copa do Brasil. Já havia dito isso antes, por conta do formato do torneio. No mata-mata, nem sempre o melhor vence. Aliás, não vejo em nenhum dos semifinalistas (São Paulo e Coritiba fazem um confronto e deveremos enfrentar o Grêmio) um bicho papão, um favorito. Temos as mesmas chances dos outros. Por que não sonhar então?

Claro que o time ainda tem certos problemas. Continuo achando a marcação muito frouxa (Assunção não marca, João Vitor não marca, os laterais marcam mal e só o Marcio Araujo corre) e nenhum zagueiro, execção feita ao Henrique, não passa segurança. Mas volto a repetir: não devemos nada a ninguém. Para o próximo jogo teremos o retorno do Pirata Barcos. Por outro lado, perdemos Valdívia suspenso (por um cartão bobo, diga-se). Dessa forma, Daniel Carvalho deve jogar. Mas ainda assim acredito que podemos ser campeões, o que traria tranquilidade até o fim do ano, e garantir a vaga na Libertadores, o que acabaria com esses argumentos para não investir na equipe. Faltam apenas quatro jogos.

Foto: Portal Terra

terça-feira, 22 de maio de 2012

Dois anos sem o Palestra...que saudade!



O tempo passa igualmente para todos: o dia tem 24 horas e o ano 365 dias. Mas quando estamos longe de algo ou um lugar que gostamos, parece que o tempo não passa e que nada tem sentido. É assim que os palmeirenses se sentem longe de sua segunda casa, o Palestra Itália. Hoje, 22 de maio, completam-se dois anos do último jogo oficial onde goleamos o Grêmio por 4x2.


Eu fui um dos privilegiados que estiveram presentes naquele jogo histórico e inesquecível. A ansiedade já tomava conta desde cedo e no fundo do coração eu sentia uma tristeza por saber que ficaria pelo menos três anos sem ver um jogo no nosso Jardim Suspenso. Quando passei pelas catracas, senti uma emoção inexplicável. Reparei em tudo o que poderia naquele jogo: a torcida, o campo, a visão da arquibancada...absolutamente tudo!

A cada gol marcado eu sentia uma alegria enorme. Eram os últimos instantes no estádio que me proporcionou tantas alegrias. Coube ao Cleiton Xavier a honra de marcar o último gol da história do Palestra Itália. Parecia que tudo foi programado perfeitamente para que aquela noite mágica fosse perfeita para todos os palmeirenses.

No final da partida não contive as lágrimas e me emocionei. Deixar a nossa casa naquela noite foi doloroso. Eu sabia que ali começava uma era revolucionária na história do Palmeiras. Sabia também que a WTorre iria cuidar do estádio com muito carinho. Mas deu um aperto no coração muito grande ao dizer adeus ao velho “Parque Antártica”.

 


Hoje, tudo virou um canteiro de obras e o que era tradicional está se tornando moderno, bonito e ainda mais imponente. As alegrias, emoções e tristezas que tivemos lá no passado, guardamos para levar à Nova Arena em sua inauguração. Se no momento estamos nos sentindo sem casa, sem identidade, daqui alguns meses teremos a certeza de que o Palmeiras conquistou um estádio que será referência no mundo inteiro SEM DINHEIRO PÚBLICO E SEM TRAMBICAGEM.


Enquanto isso, vamos recordar os momentos marcantes que vivemos nas arquibancadas e numeradas, dos jogos inesquecíveis, dos jogadores que ali nos encantaram, do Divino que reinou naquele gramado e também do Santo que correu para a torcida após a conquista da América. Vamos recordar de como era agradável encontrar os amigos na Rua Turiassú e cantar o nosso hino na saída do estádio. Vamos recordar e agradecer por todos os momentos emocionantes que o Palmeiras nos proporcionou.

Para finalizar esse texto, vou adaptar um trecho da música do Roberto Carlos que descreve bem o nosso sentimento na data de hoje: “Se chorei ou se sorri, o importante é que emoções ali eu vivi!”

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Análise da Arquibancada: O Palmeiras goleou e o Felipão causou!



ALELUIA! O Palmeiras voltou a jogar depois de duas longas semanas, goleou e garantiu a classificação para a próxima fase da Copa do Brasil. O adversário não mostrou tanta resistência, mas convenhamos, o Palmeiras não deu a mínima chance para o modesto Paraná Club.

Mazinho mal chegou e já mostrou todo o seu potencial. Fez uma ótima partida e foi autor dos dois primeiros gols da equipe. Mostrou um bom entrosamento com Juninho e Valdívia. Se continuar assim, vai cair nas graças da torcida em breve. Que bom seria se todos os reforços chegassem com tanta disposição, não é mesmo?

O momento mais emocionante da partida ficou por conta do Valdívia. O camisa 10 fez o seu primeiro gol com a camisa Alviverde na temporada e caiu no choro. Ele pode não estar na sua melhor fase, mas não podemos negar que ele quer muito nos devolver aquela mesma alegria do ano de 2008. Eu acredito em seu potencial e torço muito para que dê a volta por cima o quanto antes.

Verdão goleando e classificado, reforço jogando bem e Mago voltando a marcar gols. Tudo perfeito e finalmente teremos uma semana de paz no Palmeiras, correto? Errado! Felipão resolveu soltar cobras e lagartos contra a diretoria, na entrevista coletiva após a partida. Reclamou que sua lista de reforços não foi atendida e jogou a responsabilidade da falta de grana e reforços em cima da diretoria.

Até acho que ele tenha razão em alguns pontos, mas o momento foi totalmente inadequado. Se ele gosta tanto do Palmeiras como diz gostar, não poderia criar mais uma crise após uma classificação tranquila. Era o momento de dar moral aos jogadores e já armar o time para a próxima fase. O Bigode está parecendo um velho neurótico que acha que todo mundo quer o seu mal.

Concordo quando ele diz que a diretoria tem que dar a cara a tapa e que algumas pessoas (Tirone) deveriam tomar decisões, mas não precisava dizer isso logo após uma classificação de um torneio importante. É algo que deve ser relatado internamente. Reclamamos tantos que a imprensa só publica notícias ruins do Palmeiras, mas comissão técnica e diretores não fazem nada para mudar essa situação.

Por muito menos, Luxemburgo foi demitido na gestão Beluzzo. Felipão é um funcionário do clube e deve se portar como tal. Infelizmente, ele está se achando maior que o Palmeiras e maior que nós torcedores. Ele pode estar com a razão, mas foi infeliz em suas declarações.

ACORDA, FELIPÃO!!
Foto: Lancenet!