Felipão em sua volta ao Palmeiras
Na última rodada, contra o Santos, Felipão completou 330 jogos pelo clube, somando 165 vitórias, 86 empates e 79 derrotas. Após um ano do seu retorno ao Palmeiras, o treinador já provou a todos que não é apenas um técnico de futebol.
Seu histórico no comando Alviverde é de dar inveja a qualquer currículo. Foram seis títulos conquistados (Copa do Brasil e Mercosul em 1998, Libertadores de 1999, Torneio Rio-São Paulo de 2000, Torneio Naranja, realizado na Espanha em 1997 e o Troféu Maria Quitéria no mesmo ano), além de muitas vitórias heroicas e históricas durante esses anos.
Em meio a uma crise política interminável, hoje o “Big Phill” é peça fundamental para que o clima de guerra não chegue ao elenco. Sabe como ninguém blindar os jogadores dos problemas extra campo, defender o clube, bater de frente com dirigentes (quando necessário) e montar um time competitivo e vitorioso, mesmo sem muitas opções de qualidade no elenco palmeirense.
Dentro de campo ele consegue ser mais espetacular. É bem verdade que ainda não ganhou nenhum título desde o seu retorno, mas já conseguiu montar um time consistente na marcação e veloz no ataque. Resgatou jogadores contestados como Thiago Heleno, Márcio Araújo e Luan. Os três, aliás, são seus preferidos do time e vão ganhado, cada vez mais, o respeito do comandante. O sistema defensivo, inclusive, hoje é seu ponto forte. O Verdão tem hoje uma das melhores zagas do Brasil.
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| Felipão comemora, ao lado de seu file escudeiro Murtosa |
Mas nem tudo são flores. A sua teimosia continua a mesma, conhecida desde a sua primeira passagem. Insiste com jogadores odiados pela torcida e os defendem com unhas e dentes. A lista é extensa: Rivaldo, Adriano Michael Jackson (que foi vendido para o futebol sul-coreano), Tinga, Dinei, Tadeu, Leandro Amaro, entre tantos outros. É bem verdade que ele não tem muitas opções no plantel, mas parece que às vezes ele gosta de fazer o palmeirense sofrer um pouquinho. Quem nunca questionou suas substituições? Ou nunca o cornetou, nem que tenha sido timidamente? Mesmo assim, sua credibilidade conosco é enorme.
Felipão é hoje uma espécie de diretor de futebol, pois ultimamente resolve mais problemas dos bastidores do que do próprio time. O mais recente envolveu o Kléber e sua longa novela sobre sua valorização salarial e a possível negociação com o Flamengo. O técnico não gostou nada do time carioca sondar o jogador e disparou a seguinte frase: “Que Vendam a Gávea!”. Será que outro no lugar dele compraria uma briga dessa magnitude?
Sua volta foi um presente a todos nós palmeirenses. Confiamos no seu trabalho e sabemos que só ele é capaz de aguentar tantos problemas gerados por nossa própria diretoria. O desempenho dele em 2011 o coloca como o melhor técnico que o Palmeiras já teve nos últimos 10 anos, com aproveitamento de 72% nos 38 jogos disputados. Alguma dúvida sobre o “poder” do nosso ídolo?
Com calma, paz, reforços e o retorno de Valdívia e Kléber, tenho certeza que brigaremos pelos títulos do Brasileirão e Sulamericana. Os tempos de glórias irão voltar e só o Felipão será capaz de nos proporcionar tais alegrias. Boa sorte, “bigode”!
Fotos: Terra e Palmeiras Todo Dia
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