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segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Obrigado novamente, São Marcos!!



Escrevi esse texto no dia 05 de agosto de 2011, neste mesmo blog. Resolvi atualizá-lo e publicá-lo para homenagear a despedida do maior goleiro de todos os tempos!

Eu era apenas uma criança quando o vi pela primeira vez. Você era um jovem goleiro (ainda com cabelo), substituindo Veloso, em uma partida válida pelo Paulistão de 1996. E não é que naquele dia, de forma milagrosa, você defendeu um pênalti? Começava ali uma bela história, talvez uma das mais apaixonantes entre jogador, clube e torcida.

Não foi fácil ser titular. Conseguiu esse feito somente na Libertadores de 1999. Parecia estar escrito no destino de todos nós palmeirenses. Um título tão sonhado, tão esperado, precisava vir das mãos de um Santo. Assumiu a posição de forma brilhante, decidindo a classificação contra o Corinthians e contra o River Plate, no primeiro jogo da semi-final. Como um bom milagreiro, não precisou defender nenhuma penalidade na final para nos dar o título. Você nos deu a América e nós retribuímos com a nossa admiração, carinho e respeito.

E os mortais pecadores que ousaram duvidar de sua santidade quando falhou na final do Mundial? Sim, eu vi que você era o mais desapontado entre todos os palmeirenses desse planeta. Perdoe-os, São Marcos. Eles (adversários) não sabiam o que falavam. Hoje os mesmos invejosos que tripudiaram sobre sua desgraça se curvam aos seus pés.

Nós, palmeirenses, pedimos tanto a Deus uma vitória sobre o Corinthians, na Libertadores do ano seguinte. Tarefa difícil, já que perdemos o primeiro jogo por 4x3. No segundo confronto revertemos o placar e levamos a disputa para os pênaltis. E não é que o nosso desejo veio das suas mãos sagradas? A defesa sobre o Marcelinho foi o presente mais magnífico que um ídolo poderia dar a sua torcida. Ali, naquela noite fria de São Paulo, todos os palmeirenses desse país gritavam o seu nome. O nome do maior goleiro do mundo: SÃO MARCOS!!

Mas não fomos apenas nós palmeirenses que tivemos o privilégio de torcer e vibrar por suas defesas. Em 2002, 170 milhões de pessoas o colocava em seus corações, agradecendo pelo Penta Campeonato Mundial. Você teve a oportunidade de esnobar os que, anos antes, riram de sua tristeza. Mas como um bom Santo, perdoou todos os pecadores desse país. Aceitou ser admirado por corintianos, santistas, são-paulinos, entre outros. O melhor goleiro daquela Copa tornava-se ídolo nacional. Claro que ficamos com ciúmes. Tu és o nosso Marcão. Mas em um ato humilde e de reconhecimento, voltou ao Brasil para comemorar aquele título com a nossa camisa. OBRIGADO PELO SEU AMOR AO PALMEIRAS! 

No mesmo ano, todos os palmeirenses viviam o pior de seus pesadelos: a queda para série-B do Brasileirão. Nosso orgulho estava ferido. Nossa camisa estava manchada pelo fato mais trágico de nossa história. Mais uma vez pedimos a Deus nossa redenção. Nosso desespero era nítido. O que seria do nosso Palmeiras? Você nos tranquilizou. Recusou uma proposta do Arsenal para colocar o Verdão no seu devido lugar. Ficou, jogou, sofreu e ganhou! Ahh Marcos, como é bom ter você conosco. Dizem que Santo de casa não faz milagres, pura lorota. Não só faz como os transformam em atos corriqueiros. 

Quantos milagres, quantas broncas, quantos desabafos. Nesses seus 39 anos de vida, 20 deles dedicados ao Palmeiras, quem ganha o presente somos nós. Você é o nosso presente, passado e futuro. Comemoramos sua felicidade, choramos suas lesões e vibramos nas suas defesas. Tenha certeza que estivemos com você em cada momento difícil. Nunca te deixamos sozinho.

Amanhã estaremos nos despedindo. Sim, uma despedida para fazer qualquer palmeirense chorar, mas acima de tudo, para fazer qualquer palestrino se orgulhar por cada defesa e cada milagre. Não será uma noite fácil. Será a nossa última oportunidade de presenciar as atuações de um Santo embaixo da trave. 

Enquanto isso, quero agradecer por ser o ídolo, a pessoa, o jogador e o Santo que é. Quero agradecer por ter proporcionado os momentos mais felizes da minha vida. Você é o Palmeiras e o Palmeiras é você. Sinônimos de amor sem limites...amor sem divisão!

Obrigado, São Marcos. Continue nos protegendo de todo mal. Amém!!! 

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Um amor sem limites e sem divisão.


“Nunca se esqueça, nem um segundo

Que eu tenho o amor maior do mundo
Como é grande o meu amor por você!”


Fiquei quatro meses sem escrever para este blog. Meu último texto foi sobre a importantíssima conquista da Copa do Brasil e como os palmeirenses lavaram a alma com aquele título. Talvez tenha ficado tanto tempo sem escrever devido ao êxtase da glória (no início) e também a agonia em que vivemos nesse último trimestre.

Muita coisa mudou no Alviverde. O técnico ídolo e cheio de conquistas foi embora, o time teve de ser remodelado por causas das lesões que persistiam aparecer a cada rodada e agora estamos novamente no fundo do poço. Um poço escuro, porém não mais assustador. A série-B era muito temida em 2003, mas hoje não passa de um campeonato sem sal e sem açúcar.

Sim, o momento é complicado. De certo ponto até desesperador. Vamos ouvir muitas piadinhas ao longo de 2013. Vamos perder a cabeça em alguns momentos e em outros tirar de letra. Vamos sofrer também. Mas quem disse que torcer para o Palmeiras é fácil? Aqui é Palestra e só os fortes sobrevivem. Existem os que preferem mudar de time ou os que vão falar que futebol não é importante. Mas esses são poucos e raros. Em extinção, na verdade.

Não sou vidente e nem tão pouco detenho poderes de premonição, mas uma coisa eu tenho certeza: o nosso amor para o Palmeiras não irá ser abalado. Muito pelo contrário, aumentará a cada dia, a cada segundo, a cada minuto que a bola rolar no campeonato de segunda categoria (que agora passa a ser de primeira, pois terá a participação do maior campeão nacional). Alguns vão nos chamar de loucos, lunáticos, idiotas, dementes e muitos adjetivos que nem imaginamos. Só que mal sabem que ser louco é muito pouco para uma torcida que canta e vibra. SOMOS APAIXONADOS!!!!

Uma paixão sem limites, capaz de suportar anos sem títulos, sem craques, sem estádio, sem dirigentes competentes. Um amor capaz de seguir o time em qualquer divisão e apoiá-lo até na fase mais terrível. Ser palmeirense vai muito além de vestir a camisa e acompanhar o time pela tv ou no estádio. Protestamos, lutamos, brigamos, cantamos, vibramos, viajamos, ficamos noites sem dormir, enfrentamos filas quilométricas para conseguir ingressos, defendemos com unhas e dentes o nosso maior patrimônio. Desculpem-me as outras torcidas, mas elas não chegam aos nossos pés. Desistem na primeira derrota. E se não desistem, ficam emburradas como crianças mimadas que não conseguem o tão sonhado presente.

O palmeirense não precisa ser o melhor, não precisa provar diariamente que não é modinha, não precisa pintar o rosto para mostrar sua paixão. Basta ser palmeirense. Somos milhões espalhados pelo Brasil e nunca vamos abandonar o nosso primeiro e único amor verdadeiro. Estaremos com o Palmeiras na série-B sim. Vamos lotar o estádio, seja ele qual for, e vamos coloca-lo novamente no seu devido lugar. Ninguém impedirá isso. Nem mesmo os Tirones, Frizzos, Mustafás e Piracis que assombras as alamedas do Jardim Suspenso a décadas.

O nosso coração Alviverde pulsa a cada partida mais forte. Independentemente da fase, do resultado ou do campeonato. Tenho certeza que os rivais nos invejam, afinal, não desistimos nunca. É um amor platônico que perdoa até as decepções mais profundas. No domingo muitos choraram, mas hoje estamos todos de mãos dadas, ao lado do Palmeiras. Somos uma só voz e um único sentimento. Sentimento este que nunca morrerá. Talvez alguém lá em cima não goste do Palmeiras e tenta a todo custo nos fazer desistir. Mas seja lá quem for nunca conseguirá. Essa “briga” nós já vencemos há 98 anos.
  
O Verdão não está abandonado. Nunca esteve. Estaremos novamente naquele lugar terrível em 2013, mas estaremos de cabeça erguida e prontos para ajudar o gigante a se reerguer. Gigantes não caem, tropeçam. E essa torcida linda, que me orgulho a cada dia de fazer parte, não negará um segundo de suas vidas para empurrá-lo. Afinal, o Palmeiras é a nossa vida, o nosso amor, a nossa paixão, os nossos sonhos, as nossas conquistas, os nossos desejos...e estaremos com ele na alegria, na tristeza, na saúde, na doença, em todos os momentos de nossas vidas...até que a morte nos separe (o que eu duvido muito).

PALMEIRAS, EU SEI VOU TE AMAR. POR TODA A MINHA VIDA EU VOU TE AMAR. EM CADA DESPEDIDA EU VOU TE AMAR...DESESPERADAMENTE, EU SEI QUE VOU TE AMAR!!
Foto: GloboEsporte.com

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Caiu? Que levante e volte ainda mais forte

Aconteceu. No último domingo, aconteceu aquilo que palmeirenses temiam e para o que os rivais torciam. O Palmeiras foi oficialmente rebaixado para a Série B do Campeonato Brasileiro. Pela segunda vez, em um curto período de dez anos. A segunda pior seqüência desse tipo de um time considerado grande no país, perdendo apenas para o Fluminense, que caiu para a Série B em 1996, 1997 e em 1998 caiu para a Série C. Mais um vexame na rica história do tradicional clube paulistano, maior campeão nacional do futebol brasileiro. 

A queda oficial aconteceu após o empate da Portuguesa com o Grêmio, na noite de domingo. Mas a queda moral já vinha de tempos. E não foi por obra do mero acaso que o Verdão foi rebaixado. O problema é muito maior do que se imagina. 

Há tempos o Palmeiras não conquistava um título. Desde a saída a Parmalat, co-gestora do clube na década de 1990, os torcedores se acostumaram a ver times medianos. E a sofrer com a seca de títulos. O clube teve algumas boas equipes, mas que não vingavam. Desde a primeira queda, a torcida comemorou apenas um título, o Paulista de 2008. Por isso, houve muita desconfiança e até temor em 2012. 

No Paulista, o time foi eliminado pelo Guarani nas quartas de final. Foi aí que todos se apegaram à Copa do Brasil. E foi aí que veio o surpreendente título, apesar do elenco limitado. Festa alviverde. Que não durou muito. 
O título, muito comemorado, mascarou as deficiências. E trouxe um pouco de soberba aos jogadores. O Palmeiras pagou domingo por isso. Quando se deram conta da real situação, o time já estava afundado. Até ameaçou uma reação. Não deu. 

Os problemas do Palmeiras vêm de cima. Da parte administrativa. Sem a Parmalat, o que se viu foram gestões ruins. Uma pior que a outra. E que culminaram com mais esse rebaixamento. Para desespero dos torcedores fanáticos. 

Ninguém duvida que o Palmeiras continua sendo grande. Mas tem que agir como tal. Tem de voltar a mostrar o poder que sempre teve e que cativou 15 milhões de torcedores. Senão, ficará cada vez mais difícil torcer. Não se consegue renovar a torcida apenas com a história. Para isso são necessárias vitórias. E o Palmeiras tem de voltar a esse caminho. 

O clube caiu de divisão. Que sirva de lição para voltar mais forte e sem os problemas que tanto afligem a torcida.

Apesar disso, estaremos apoiando. Sempre. FORZA PALMEIRAS!

Ps: Fazia tem por que não postávamos algo aqui. Mas resolvemos reabrir esse espaço, pois achamos que o momento era oportuno, para mostrar apoio ao clube, irrestritamente.

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Minha lista de reforços para o Palmeiras


Ontem, o Palmeiras fez sua primeira partida após a conquista da Copa do Brasil. Um clássico contra o São Paulo. E para quem pensou que o time jogaria de ressaca, enganou-se. Mesmo desfalcado de Thiago Heleno, machucado, Marcos Assunção, gripado, e Barcos, que ainda se recupera da cirurgia de apendicite que o tirou das duas decisões da Copa do Brasil, o time mostrou porque foi campeão nacional na última quarta-feira.

Mesmo com o empate em 1x1 em uma fria noite de domingo (precisam ver esses horários de jogos) em nossa casa alugada, a Arena Barueri, o Verdão jogou muito bem e dominou completamente o adversário, até mesmo quando tinha um jogador a menos – Henrique foi expulso. Certamente, poderíamos ter vencido a peleja, tendo, inclusive desperdiçado um pênalti com Valdivia.

Mas, apesar desse resultado que, de acordo com as circunstancias foi ótimo, minha preocupação é com o time que será montado visando 2013 (creio que grandes contratações para esse ano não virão mais uma vez que a janela de transferências se fecha em breve), ano em que disputaremos a Libertadores. Mesmo com o título da Copa Brasil e com o bom resultado de ontem, é notório que precisamos de (bons) reforços se quisermos ter alguma chance de conquistar novamente a América.

Por isso, como todo torcedor, monto uma lista de jogadores que gostaria de ver com a camisa do Palmeiras no próximo ano e que, em minha concepção, ajudariam o grupo atual. Creio que não agradarei a todos com os nomes que citarei, mas é uma lista pessoal. Por isso, também não levarei em conta questões como dinheiro ou parceiras, que acredito surgirão com o time disputando o torneio continental. Quem quiser, sinta-se a vontade de sugerir outros nomes e fazer sua própria lista, afinal, são apenas devaneios de torcedor.

Zagueiros


Emerson (Coritiba) – O Palmeiras mostrou ter um bom sistema defensivo nessa reta final de Copa do Brasil. Foram apenas dois gols sofridos em quatro jogos, fato que contribuiu muito para a conquista do título. Porém, temos visto nossos beques sofrerem constantemente com problemas físicos. Nessas últimas semanas, Thiago Heleno, Adalberto Roman e Mauricio Ramos se machucaram o que deixa o time com poucas opções no setor (apenas Leandro Amaro e Henrique, que hoje atua no meio, além de Wellington, das categorias de base). Por isso, acredito que a contratação de mais um bom zagueiro é fundamental, até porque também há suspensões por cartões e etc. E um bom nome, no meu ponto de vista, é o do zagueiro Emerson, do Coritiba. Bom no jogo aéreo, tanto defensiva quanto ofensivamente, Emerson já foi até convocado para a seleção brasileira e tem sido bastante regular nas últimas temporadas. Creio ser bem viável uma contratação do beque, que seria um bom reforço.


Naldo (Werder Bremen) – Com passagens pela seleção brasileira, outro bom nome que poderia ser sondado pela diretoria é o do zagueiro Naldo, que atua pelo time alemão Werder Bremen. Destaque do Juventude em 2005, Naldo já está na Europa há sete anos e já disse ter interesse em voltar ao Brasil. O beque até negociou com o Grêmio e foi sondado pelo Inter, porém, não houve um acordo. O contrato dele termina no próximo ano e talvez o Werder Bremen tente negocia-lo para lucrar alguma coisa. Beirando os 30 anos, Naldo poderia dar também um toque de experiência para a zaga palestrina. Creio que ele poderia somar bastante, ainda mais em uma competição difícil como é a Libertadores.

Meio campistas


Felipe Melo (Juventus) – Sei que muitos vão me criticar por essa sugestão, contudo, acho que seria uma boa para o Palmeiras. Desde a última Copa do Mundo, Felipe Melo tem sido exaustivamente criticado por muitos torcedores (eu inclusive). Como torcedor da Juventus na Itália, pude acompanhar bem sua passagem pela Vecchia Signora e até antes, quando atuava pela Fiorentina. E por isso, acredito ter até uma boa base para avalia-lo. Para mim, Felipe Melo é um bom volante, que sabe marcar bem e sair jogando. Não é nenhum cabeçudo e poderia fazer o papel de cão de guarda em frente a nossa defesa, o que liberaria o Henrique para voltar para a zaga. Além disso, Marcos Assunção e Wesley (esse último quando voltar) ajudariam na composição do meio campo, tendo até de marcar um pouco menos, com um primeiro volante os cobrindo. Mas duas coisas complicam um pouco uma possível vinda do atleta. A primeira é sua personalidade. Por várias vezes, Melo perde a cabeça com facilidade. E prejudica o time. Vi muito disso na Juve. Porém, acho que Felipão conseguiria dar um jeito nisso. O segundo motivo é que, tanto ele quanto o clube não parecem estar dispostos a mais um empréstimo. Felipe quer deixar Turim. A Juventus quer vende-lo e recuperar um pouco do que nele foi investido. Seria muito difícil traze-lo, mas acho que não custa sondar.


Diego (Wolfsburg) – O Flamengo tentou a contratação do meia revelado pelo Santos e que pertence ao Wolfsburg, tendo atuado na última temporada pelo Atlético de Madrid. Isso mostra que o armador estaria disposto a voltar ao país, após uma incursão sem muito destaque pela Europa. Lá, perambulou por equipes médias, como Porto, Werder Bremen (onde jogou muito bem), Wolfsburg e Atlético de Madrid. Sua única chance em um time grande foi na Juventus, onde não se firmou e foi dispensado (injustamente na minha opinião). Aos 27 anos, Diego ainda é um jogador jovem e seria uma bela contratação para armar a equipe, pois ainda tem muito o que mostrar.

Rafinha (Coritiba) – Rafinha é um jogador rápido e bastante habilidoso. Deu muito trabalho para Juninho no segundo jogo da final da Copa do Brasil. Seria uma boa opção para compor elenco. Assim, teríamos um meia que atua pelo lado de campo e que poderia mudar um pouco a composição tática da equipe, caso fosse necessário abrir a defesa adversária.

Atacantes


Everton Costa (Coritiba) – Atuando como centro-avante nas finais contra o Verdão, Everton Costa não foi tão perigoso quanto costuma ser. Mas é um jogador interessante, que não fica preso na área, buscando se movimentar sempre para criar oportunidades. Hoje, já temos Barcos no comando de ataque e como seus reservas temos Obina, recém chegado, e Betinho, que deverá ter seu vinculo estendido. No entanto, vejo Everton Costa como uma opção interessante para compor elenco. É um atacante que poderia atuar ao lado de um centro-avante fixo, jogando mais próximo da área, e consequentemente do gol, do que Mazinho, Maikon Leite e Luan fazem atualmente. Seria mais uma opção tática no ataque.


Thiago Ribeiro (Cagliari) – Thiago Ribeiro sempre disse que gostaria de voltar ao Brasil, por conta de problemas pessoais. Mesmo assim, o Cagliari exerceu sua prioridade de compra e adquiriu o atleta em definitivo. Dificultou a situação, mas não acho que seja impossível. Talvez, um empréstimo do atacante, para que ele resolva seus problemas pessoais, seja uma boa alternativa para que o time italiano não tenha em seu elenco um jogador insatisfeito. Thiago poderia formar uma dupla interessante com “El Pirata”.


No gol e nas laterais, acredito que temos jogadores que possam suprir nossas necessidades. Mas essa não é uma lista permanente. Ela pode mudar com o passar dos dias. E você, quais jogadores gostariam de ver no Verdão?

sábado, 14 de julho de 2012

É O MAIOR, É O INVICTO, É O CAMPEÃO!!!




Foram 12 anos de espera, de angústia, de incertezas. Pode comemorar torcedor palmeirense. Somos o maior campeão nacional, os invictos e os Bicampeões da Copa do Brasil 2012. O Gigante não está adormecido e acordou para infernizar os rivais. No dia 11 de julho o Palmeiras voltou a ser o imponente, o nosso Verdão querido.

A vitória por 2x0 na Arena Barueri foi apenas o primeiro capítulo dessa final tão esperada, tão sonhada e tão almejada por todos nós. Nossa torcida fez uma festa linda e fez do acanhado estádio de Barueri um verdadeiro caldeirão. Mas ainda faltavam os 90 minutos finais. A ansiedade tomava conta de todos nós. Quem conseguiu trabalhar, pensar em outra coisa ou se distrair na última quarta-feira? Ninguém!

O tempo não passava, a cidade de São Paulo, de Curitiba e todo o Brasil entravam no clima da final. Palmeirenses dos quatro cantos desse país vestiam o manto, rezavam, faziam suas promessas...valia tudo para que a taça viesse para as nossas mãos. No anoitecer já se ouviam fogos e rojões e o coração batia cada vez mais acelerado. Já não dava mais para conter a emoção e a felicidade de ver o Palmeiras novamente em uma final nacional.

Momentos antes de iniciar a partida, os milhões de palmeirenses  já estavam vidrados na TV e os 5 mil que estiveram presentes no Couto Pereira representaram muito bem a nossa nação. Confesso que quando vi a expressão séria do Marcos Assunção na hora do hino nacional, me emocionei e tive ali a certeza de que esse título seria nosso. Com a bola rolando, percebemos muita vontade e muita raça dos nossos jogadores. Não precisava dar espetáculo, dar show e nem proporcionar um futebol arte. Queríamos apenas que o elenco tivesse orgulho de estarem defendendo as nossas cores naquele gramado. E eles tiveram, souberam respeitar a história gloriosa da Sociedade Esportiva Palmeiras. Todos foram excepcionais e resgataram o orgulho de todos os palmeirenses.


Como toda final de campeonato, não foi nada fácil conquistar esse título. O jogo foi bem disputado, tivemos chances de abrir o placar no primeiro tempo e o Coritiba nos assustou em um lance que a bola passou raspando a trave do goleiro Bruno. O tempo ia passando e coração acelerava a cada minuto. Faltavam 30 minutos para o final quando o Coxinha abriu o placar. Naquele momento, sabíamos que as dificuldades seriam imensas. A imprensa começava a sonhar com mais um gol paranaense. Nossos rivais já preparavam as piadinhas para o dia seguinte, comentaristas começavam a duvidar da nossa força. Mas nós, palmeirenses, não iríamos abandonar o time naquele momento. Os palestrinos no Couto Pereira e os Alviverdes do Brasil inteiro estavam unidos, focados, confiantes no nosso objetivo maior. Nossos jogadores sentiram essa energia e foram buscar o gol...e ele veio!
A alegria dos verdinhos do Paraná durou apenas 5 minutos. Marcos Assunção cobrou a falta e Betinho deu um leve toque na bola, suficiente para ela cair no fundo do gol. Só se ouvia um único grito no Brasil inteiro: GOOOOOOOOOOOLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLL!!!!!! A festa estava concretizada. Os minutos finais serviram apenas para o palmeirense saborear ainda mais essa conquista. Apesar das dificuldades, das lesões, das expulsões, das arbitragens desastrosas no decorrer da competição, nada iria tirar o campeonato da gente. O título era nosso, foi nosso e é nosso. PALMEIRAS BICAMPEÃO DA COPA DO BRASIL 2012!!!

A festa tomava conta em todo Brasil. Após quatro anos sem ganhar nenhum título, nós gritamos com todas as forças e comemoramos como nunca. Somos Palmeiras e nascemos para ser campeões. Rojões, buzinas e gritos de É CAMPEÃO dominavam o Brasil inteiro. O gigante voltou e o orgulho palestrino estava resgatado. Há os que diziam que o Palmeiras havia se apequenado. Tolinhos, O MAIOR DO BRASIL não se apequena, apenas tropeça. Quem dúvida do Campeão do Século XX, Campeão da Libertadores de 1999, Octacampeão Brasileiro e agora Bicampeão da Copa do Brasil não entende nada de futebol.

A comissão técnica, o elenco e até a diretoria (apesar das trapalhadas) estão de parabéns por essa conquista. Mas eu queria destacar alguns personagens que foram muito importantes nessa conquista: começo com o goleiro Bruno que assumiu o gol no decorrer da competição e teve personalidade e estrela para fechar o gol na primeira partida da final. Henrique também foi fundamental e um dos melhores jogadores da Copa do Brasil. Marcos Assunção, apesar de algumas criticas, foi espetacular e decisivo nos dois jogos finais. Valdívia foi sequestrado, xingado, execrado por boa parte da torcida, chamado de chinelinho e mercenário, mas soube provar para todos o seu amor pelo clube e que ainda nos dará muitas alegrias. Felipão foi criticado, colocado em cheque (inclusive por mim) chamado de ultrapassado e aproveitados e também calou todos. Formou novamente a família Scolari e soube comandar o grupo nesse título.


O ano de 2013 será especial para todos nós. Teremos a Libertadores e a nossa Arena pronta. Também teremos o início das comemorações do Centenário. Prepare o seu coração e a sua garganta, palmeirense. Os rivais deixaram o gigante despertar e agora não vai ter ninguém para segurá-lo. O Palmeiras está de volta e com a taça debaixo do braço. Como disse bem o São Marcos “O TERROR VOLTOU!”.
OBRIGADO, PALMEIRAS! MINHA VIDA É VOCÊ!!!!


É CAMPEÃÃÃÃÃÃÃÃÃOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO!!

Imagens: Lancenet! Gazeta Esportiva

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Uma retrospectiva: do sofrimento à glória

Somos campeões. Isso é a única coisa que consigo (ou tenho a capacidade de) dizer depois do que aconteceu em Curitiba ontem. Confesso, me faltam palavras. Ou talvez não. Talvez elas não faltem. Talvez sejam apenas insuficientes para exprimir a felicidade que não apenas eu, mas todos os palmeirenses sentimos com esse título da Copa do Brasil. Enfim, pudemos soltar o grito de "É CAMPEÃO, que estava entalado na garganta. Enfim, pudemos comemorar. Merecíamos isso. Ainda mais depois de tudo o que passamos na última década.

Aqueles palmeirenses que, assim como eu, estão na casa dos 20, 30 anos, se acostumaram a ver o clube ganhar jogos, ser campeão. Na década de 1990, com a co-gestão da Parmalat, tínhamos grandes times. Times não, esquadrões, seleções. Batíamos em todo mundo, fomos campeões de quase tudo o que disputávamos  Tínhamos orgulho de ser palmeirenses. Mas a Parmalat nos deixou. E expôs o quão preparados não estávamos para caminhar com nossas próprias pernas. Se foram as vitórias fáceis, os grandes títulos, os esquadrões e um pouco do orgulho de grande parte da torcida. E vieram as más administrações, as polêmicas, as brigas incessantes pelo poder, os vexames, as piadas.

Ah, como sofremos. A primeira década do século XXI começou ruim para o torcedor daquele que era o “Campeão do Século XX”. Eliminados pelo Asa de Arapiraca na Copa do Brasil no início de 2002, caímos, ao fim do mesmo ano, e fomos obrigados a jogar a Série B, depois de tomar de 7x2 no Vitória em pleno Palestra Itália pela Copa do Brasil de 2003 - o mesmo time baiano que fechou nosso caixão no ano anterior -, ao lado de Marilias, Joinviles, Nacionais e outros times de menor expressão no país, exceção feita ao Botafogo, outro grande acometido do mesmo mal. Conseguimos voltar, carregados por, vejam só, garotos revelados por nossas categorias de base, fugindo totalmente às características impostas pela “Era Parmalat”, onde tínhamos recursos ilimitados, como naqueles ‘cheats’ de videogame. Parecia ser este o caminho, apostar na molecada. E era. Voltamos com força e fomos até a semifinal do Paulista, onde sucumbimos perante ao Paulista de Jundiaí, que viria a ser campeão da Copa do Brasil no ano seguinte. Não desistimos, e íamos bem no Brasileirão daquele ano, o primeiro de pontos corridos que disputávamos.
Liderávamos o certame. Parecia que tínhamos voltados mais fortes das trevas da segunda divisão. Ledo engano. A diretoria, comandada por Mustafá Contursi, vendeu nosso melhor jogador. E com Vagner Love, fruto de nossa base, se foram, para a Rússia, nossas chances de título. No fim, conseguimos uma vaga na Libertadores do ano, seguinte. Nada muito animador. Fomos eliminados pelo São Paulo. O ano foi de figuração e, novamente, uma vaga no torneio continental acabou diminuindo a frustração. 

Veio então 2006 e nada que nos animasse, a não ser a volta de um ídolo. Edmundo, o animal, um dos símbolos de uma era vitoriosa, estava de volta para tentar nos guiar, ao lado de São Marcos, que nunca nos abandonou, a uma nova era de vitórias. Porém, veio outra eliminação na Libertadores para o time de Jd. Leonor e no Brasileiro... ah, o Brasileiro. Quase caímos novamente. 2007 não foi muito diferente. Foram feitas apostas em jogadores de clubes menores. Uma delas, num chileno (ou seria venezuelano) de nome Valdivia. Ninguém aqui conhecia aquele jogador cabeludo que por aqui desembarcou no ano anterior sob desconfiança. Não deu muito certo, pois voltamos a fazer figuração, além de registrar mais um vexame nos anais: eliminação para o Ipatinga, em casa, na Copa do Brasil.

'Chega logo 2008', clamávamos. E ele chegou. E trouxe um velho conhecido, o profexô Luxemburgo, que tinha nos tirado da fila em 1993 e ganhado quase tudo por aqui. Além disso, começava ali uma parceria com a Traffic, que imaginávamos seria uma nova Parmalat em nossas vidas. E tudo começou bem, com o treinador do terno e gravata nos dando o Paulista ante uma surpreendente Ponte Preta, em um time comandado por aquele chileno cabeludo, que se transformava no Mago alviverde, por um tal de Kleber, revelado do outro lado do muro, e que virava o Gladiador, pelo guerreiro Pierre, volante raçudo que sustentava o meio campo, por Henrique, nosso novo xerife na zaga, por Alex Mineiro, o artilheiro careca e por nosso São Marcos, que prometeu se quebrar todo se necessário para não perder o título. Acabava a fila, mas nem tanto. Voltamos à Libertadores no ano seguinte, de presidente novo. Luiz Gonzaga Belluzzo, economista, homem inteligente, culto, de visão, nos comandava. A Traffic abasteceu o elenco. Trouxe várias revelações para a Academia de Futebol. Cleiton Xavier, Keirrison, Marquinhos, Willians se juntavam a peças como Marcos, Pierre, Diego Souza...
Começamos bem e fizemos um belo Paulista, até sermos eliminados pelo Santos na semifinal. Mas quem se importava? Estávamos na Libertadores também, passando com sufoco pela primeira fase. Eliminamos o Sport nas oitavas com Marcos operando de seus milagres. Parecíamos ganhar força e corpo para buscar o bicampeonato. Mas paramos diante do Nacional do Uruguai, por conta de um maldito gol sofrido em nossos domínios. Restava o Brasileiro. Começamos instáveis, Luxa deu adeus após uma polemica com Keirrison e seguimos nosso caminho com o interino Jorginho. O time encorpou de vez e assumimos a ponta, com o ápice na vitória contra o Corinthians por 3x0. Jorginho deixou o comando. Muricy Ramalho assumiu. Tínhamos um bom time e que seria treinado pelo cara que tinha ganhado os últimos três nacionais. Não tínhamos como perder. Não parecíamos que iríamos perder. Mas perdemos. O time, que em certo ponto foi à Vila Belmiro e virou um jogo difícil contra o Santos e ouviu das arquibancadas o grito de ‘É CAMPEÃO’, desmoronou aos poucos. Nem mesmo a volta de Vagner Love, que parecia ter retornado para nos dar o título que foi embora com ele cinco anos antes, nem a manutenção de nossos melhores jogadores, nem ter no banco o técnico que vencera os três Brasileiros anteriores deu jeito. Nem a vaga na Libertadores vimos.

O começo de 2010 foi tenso. Muricy não resistiu ao Paulista. Veio a aposta em um ex-jogador dos tempos áureos, Antonio Carlos Zago, que também sucumbiu rapidamente aos maus resultados. A única coisa que salvou foi o início das obras para a criação da Arena Palestra Itália. Mesmo assim, ficamos sem casa. E bateu o desespero. Assim, Belluzzo resolveu apostar na volta de ídolos do clube, para tentar dar um novo rumo ao Palmeiras. Felipão, Valdivia e Kleber voltaram. Mas não deu liga, a química não aconteceu. Chegamos a semifinal da Copa Sulamericana para protagonizar mais um vexame: ser eliminado pelo rebaixado Goiás em pleno Pacaembu. Ô sina!

O ano de 2011 foi turbulento. Dentro de campo, o time não correspondia. Fora, brigas e polemicas tomavam conta. Lincoln e Felipão se estranharam. O meia se foi. Depois, torcedores bateram em João Vitor, que havia começado um tumulto com outro torcedor. Kleber tomou as dores do companheiro e brigou com Felipão. Antes, o ex-camisa 30 já vinha tentando melhorar seu contrato e falando bobagens. Acabou saindo também. O barco não tinha comando. Os dirigentes, estavam mais perdidos do que cego em tiroteio. 

Sob desconfiança, de novo, começamos 2012 e já com a noticia da aposentadoria de São Marcos. Mas apesar de tudo começamos bem no Paulista, o que nos dava uma esperança de que nesse ano iriamos ganhar algo. Contudo, no meio do caminho, apareceram as primeiras pedras e tivemos de caminhar aos trancos e barrancos mesmo, cheios de problemas, especialmente externos, como o sequestro relâmpago de Valdivia  que nos deixou em vias de perder nos melhor jogador. O chileno ficou, no entanto, e caminhou com o time. Passamos por Coruripe, Horizonte, Paraná e Atlético PR. Ganhamos confiança. Enfrentariamos o Grêmio de Luxa e de Kleber, favorito na semifinal. Os despachamos, com uma vitória lá e um empate cá. Voltávamos a uma decisão de Copa do Brasil, contra o Coritiba, quis o destino. Ah, o Coritiba. O time que tinha nos enfiado um 6x0 goela abaixo no ano anterior. Hora da vingança? Não. Hora do título.
Mas quem disse que seria fácil? Antes do primeiro jogo, perdemos Barcos, nosso artilheiro, vitima de uma apendicite. E já não teríamos Henrique, expulso, sabe-se lá porque, contra o Grêmio. Mesmo assim, vencemos em nossa casa de aluguel, a Arena Barueri. 2x0. Bela vantagem. Restava a batalha final, em Curitiba. E a encararíamos sem Barcos novamente, e agora, sem Valdivia, expulso infantilmente. Mas Henrique, voltava. Mesmo com febre e resfriado. É jogo que ninguém quer ficar de fora. É jogo para se mostrar raça, determinação, como fez Luan, que mesmo machucado permaneceu em campo. E foi o que houve. Por pouco mais de 90 minutos, os jogadores do Palmeiras mostraram um pouco da grandeza do clube, mesmo que muitos deles sejam limitados. O suficiente para empatar o jogo em 1x1, após sair atrás no placar e se consagrar campeão invicto. É, ontem pudemos gritar novamente ‘É CAMPEÃO’ após anos de sofrimento.

Todo esse tempo que ficamos a esmo e essa retrospectiva me fizeram lembrar de como tenho orgulho e amor por esse time. E torna essa conquista muito mais saborosa. Deixamos de ser motivo de piada e voltaremos a ser respeitados, a causar pânico nos rivais. Acredito que todos nós, palmeirenses, sentimos o mesmo. 

Quero deixar aqui meu muito obrigado a todos que nos deram mais um título. Há muita coisa a melhorar ainda, porém, agora teremos um pouco menos de pressão. Assim as coisas poderão fluir melhor e voltarmos a conquistar títulos a rodo, como sempre fizemos. E peço desculpas também a quem se arriscou a ler esse texto enorme. Mas precisava compartilhar isso.

O GIGANTE ACORDOU E ESTÁ SEDENTO POR TAÇAS!

terça-feira, 10 de julho de 2012

Carta aberta ao torcedor palmeirense

Caros palestrinos e palestrinas,

É chegada a hora de deixar para trás um longo, frio, escuro e tenebroso inverno. Nesta quarta-feira, em Curitiba, nós palmeirenses teremos a chance de voltar a ecoar o grito de "É CAMPEÃO!" com orgulho, com vibração, com gosto. É a chance de começarmos a exorcizar estes fantasmas que teimaram em nos acompanhar por quatro anos, desde a conquista do Campeonato Paulista de 2008, e também por toda a última década.

A batalha contra o Coritiba, aquele time que nos eliminou da Copa do Brasil de 2011, com uma goleada vexatória em seus domínios, o estádio Couto Pereira, palco desta decisão, será dura e nós sabemos disso. Mas devemos ter em mente que sairemos de lá de alma lavada, com o bicampeonato da Copa do Brasil em nossos braços. Sempre, é claro,  respeitando a equipe Coxa Branca, que fez por merecer ser nosso desafiante nesta "guerra da bola", e sem carregar aquele sentimento de vingança pelo que aconteceu no ano passado. Somos GRANDES e temos de nos comportar com tais.

Na última semana, vencemos a primeira batalha em nossa casa provisória, a Arena Barueri, que o torcedor  soube transformar em um caldeirão. Construímos uma bela vantagem. Contudo, ainda não amealhamos a guerra. AINDA. Mas acredito que iremos vence-la. Em algumas horas começaremos a batalha mais importante dos últimos anos. E não podemos sucumbir. E não vamos sucumbir. Não ficaremos no quase, como nos últimos anos. 

Nesta quarta-feira, 11 de julho, é dia de despertarmos o GIGANTE que está adormecido. É dia de dar os primeiros passos rumo a mais um século de glórias e conquistas. É o dia em que começaremos a trilhar o caminho para sermos, novamente, os "Campeões do Século". Conquistamos essa alcunha no século passado e a conquistaremos nesse também.

Quarta-feira é dia de vencer, mesmo sendo o patinho feio para muitos, mesmo tendo uma diretoria fraca e incompetente, mesmo tendo um time medíocre e um técnico ultrapassado, apesar de esses últimos terem contribuído bastante e serem os responsáveis diretos para que esse momento, enfim, chegasse. Não faltará garra e disposição em campo. E nós, 15 milhões de palmeirenses espalhados pelo mundo, sabemos disso. E apoiaremos, empurraremos o time rumo a essa conquista.

O dia 11 de julho de 2012 entrará em nossa história não apenas por ser a data em que poderemos conquistar o bicampeonato da Copa do Brasil, nos tonando o clube com maior número de conquistas nacionais na história e deixando um incomoda fila. Será o dia em que deixaremos para trás um longo, frio, escuro e tenebroso inverno por dias de sol, calor e mais tranquilidade. Esperamos e mais importante, MERECEMOS ISSO.

Força Palmeiras. Sempre estaremos contigo, ó Alviverde Imponente!

terça-feira, 3 de julho de 2012

Está chegando a hora...Haja coração!!!



Foram muitos anos de angústias, sofrimentos, esperanças, desilusões e até alegrias. Passamos horas, dias, meses aguardando que o Palmeiras renascesse das cinzas, como a Fênix. Comemoramos em 2008, mas como somos exigentes queríamos algo maior. Chegamos perto em 2009, mas desabamos em nossas próprias pernas. Apagamos da memória os anos de 2010 e 2011. Chegamos em 2012 como zebras, o patinho feio da capital. Porém, como diz o velho ditado: nada como um dia após o outro.
Estamos na FINAL DA COPA DO BRASIL!!!

É bem verdade que a mídia esportiva não está nem ligando pra isso e está tentando esconder os nossos méritos. É bem verdade que o nosso elenco não é nenhum encanto. É bem verdade que a nossa diretoria só faz lambanças, mas por 180 minutos vamos esquecer tudo isso e focarmos em um único objetivo: O TÍTULO!

Desde a classificação contra o Grêmio não pensamos em outra coisa. O nosso coração acelera só de imaginar um lance da partida de quinta-feira contra o Coritiba. A nossa ansiedade é tanta que esgotamos os ingressos para final em apenas um dia. Impossível controlar essa emoção que a muito tempo está contida, escondida no fundo da nossa alma palestrina. Está difícil de trabalhar, comer e até respirar. Palmeirense é assim: canta, vibra, empolga, xinga, comemora e vive. VIVE DE PALMEIRAS!!

O adversário é um velho algoz. Mas não queremos vingança, isso é para os pequenos e fracos. Queremos apenas o que sempre foi nosso – A GLÓRIA! Não importa o que aconteça, passaremos por cima de qualquer adversidade e de qualquer pedra no nosso caminho. Nossa história nos ensinou que não se conquista nada sem luta, sem suor e lágrimas. Passamos por anos dificílimos, mas está chegando a hora de provarmos mais uma vez que somos PALMEIRAS e nascemos para ser CAMPEÕES!

Serão 180 minutos de muita luta. A primeira em Barueri, com a nossa torcida fazendo da Arena um verdadeiro caldeirão. Depois a disputa será em terras paranaenses, tomada por palestrinos em todos os cantos. Eles saberão nos representar e mostrarão também a nossa força. Não será fácil, é verdade. O adversário tem um bom time e sabe jogar na sua casa. Mas o Palmeiras é gigante. Vamos para a batalha sem medo, sem angústia. Apenas com o desejo de vencer e de retomar uma história linda, cheia de glórias.


Teremos dois longos dias pela frente. Até lá, vale toda a nossa energia positiva e toda a nossa torcida por uma grande vitória. É o nosso momento, a nossa chance. Que Felipão tenha toda sorte e competência do mundo ao escalar a equipe. Que nossos jogadores entrem com muita raça e disposição para vencer o Coritiba. Que a vitória venha aos nossos braços e que a taça inaugure o nosso memorial na Nova Arena, em 2013. É tudo o que os 17 milhões de palmeirenses desejam nesse momento. VAMOS GANHAR, PORCOOOOOOO!!!!!


Foto: Fan Page Brahma Palmeiras 

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Vitória para deixar qualquer PORCO ALEGRE!!



A semana foi conturbada. O sequestro do Valdívia abalou um pouco o ambiente entre os jogadores, a derrota para o Atlético-MG, em casa, pelo Brasileirão nos preocupou e deixou muita gente desconfiada quanto ao futuro da equipe na Copa do Brasil. Nosso time viajou para Porto Alegre considerado “zebra” pela imprensa e até mesmo por boa parte da torcida, mas voltou com uma vitória épica e também com pezinho na final.

Diz o ditado popular futebolístico que futebol é uma caixinha de surpresas. E é verdade! Por isso, devemos ter cuidado sim com o jogo da volta, mas não devemos deixar de comemorar um resultado tão importante e que afasta qualquer tipo de desconfiança e crise. A noite do dia 13/06/2012 foi mágica e pode ser história caso se confirme a classificação e, quem sabe, o título.

Felipão resolveu mudar o time. Escalou 3 zagueiros, mas na verdade colocou o Henrique como volante. Com isso, anulou totalmente o ataque gremista e principalmente o nosso tão conhecido Kléber (Judas). No primeiro tempo atacamos pouco e percebemos algo que todos nós já estamos carecas de saber: Luan não serve e nunca irá servir pra nada. O cara não acerta um passe, não faz uma jogada inteligente, não sabe chutar no gol e as vezes parece atrapalhar o Barcos no posicionamento em campo. O nosso treinador poderia dar outra função para ele, como por exemplo esquentar o banco de reservas nesse inverno.

Daniel Carvalho teve uma partida discreta e está longe de ser o jogador que esperamos. Talvez por isso o time não tenha criado tantas jogadas de perigo na primeira etapa. No segundo tempo, a equipe voltou mais disposta ainda. O setor de marcação, que já estava bem eficiente, voltou ainda melhor. Thiago Heleno, Maurício Ramos e João Vítor não deixaram os adversários chegarem nem perto do gol. Assunção contribuiu na defesa, mas pecou nas bolas paradas. Parece não estar nas suas melhores fases. O ataque melhorou e Barcos arriscava alguns chutes no gol.


Eu assisti ao jogo na minha casa, ao lado do meu irmão e do meu pai que também são palmeirenses fervorosos. A cada minuto que passava, meu coração batia mais forte. A ansiedade tomava conta de todos nós ali. Pedíamos insistentemente que Felipão colocasse o time um pouco mais no ataque. Como o bigode é sempre teimoso, demorou para colocar o Mazinho e botar velocidade no time. Mas quando mudou, deu um verdadeiro nó tático no "profexô" Luxemburgo. Com isso, aos 41 minutos, o Palmeiras marcava o primeiro gol e, logo em seguida, El Pirata fechava o placar. Não me contive de alegria. Ajoelhei no meio da sala e suspirei aliviado com o resultado.

Os quase 2 mil palmeirenses que estiveram no Olímpico, transformaram a capital gaúcha em uma cidade inteiramente verde e branco. Já sugeriram até a mudança de nome para PORCO ALEGRE. Seria justo, afinal, não é fácil construir uma vantagem dessas em pleno território gremista.

Agora é comemorar, aproveitar o momento e aguardar o dia 21/06. A Arena Barueri ficará pequena para tanta festa que a nossa torcida promete fazer. A vaga está em nossas mãos. Desde 1998 não estamos tão pertos de uma decisão da Copa do Brasil. Apoiaremos até o fim e, se São Marcos nos ajudar, teremos o tão sonhado título em troca.

#FORZAPALESTRA

Imagens: Lancenet!

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Analise do sofá - Faltam 4 jogos...

Depois de um longo jejum, volto a escrever por essas bandas. E em um bom momento do Palmeiras, apesar de muita coisa errada ainda estar acontecendo pelos lados do Palestra Itália. Ontem, na Arena Barueri, conquistamos enfim a classificação para a semifinal da Copa do Brasil, fase que não atingíamos desde 1999, depois daquele jogo épico contra o Flamengo. Agora, faltam apenas quatro jogos para a quebra do jejum de quatro anos sem levantar uma taça.

A partida de ontem contra o Atlético PR foi tensa no início. Não sei o que acontece mas o Palmeiras tem tido, e não é de hoje, uma certa dificuldade contra times inferiores em fases de mata-mata. Se lembrarmos os últimos anos, fomos eliminados por Nacional na Libertadores, Goiás na Sul-Americana, Sport e Atlético GO na Copa do Brasil, e pelo Guarani no Paulistão. Isso se pegarmos só os últimos três anos. Por isso fiquei com o pé atrás ontem, mesmo com a boa vantagem que tínhamos.

Aos poucos, contudo, o Verdão tomou conta do jogo. Se o Atlético começou o jogo melhor, tentando criar jogadas no ataque, mas sem levar muito perigo para o Bruno, do meio da primeira etapa em diante o Palmeiras passou a se postar melhor em campo e a dominar as ações, apesar de não conseguir criar muito também. Foi uma primeira etapa amarrada. Bom para o Palmeiras, que continuava classificado.

No segundo período, porém, o Verdão não deixou o Atlético PR gostar do jogo. Voltou melhor e dominou amplamente a partida, marcando dois gols e sacramentando a classificação. E credito isso a dois fatos. O primeiro é a melhora de Valdívia. O chileno, quando está afim de jogo e em perfeitas condições físicas, pode fazer a diferença. Não é nenhum craque, mas é um bom jogador, habilidoso e com visão de jogo. Ele participando mais das jogadas ofensivas dá mais opções à equipe. Isso ficou nítido nos primeiros minutos da segunda etapa, quando o Palmeiras passou a prender mais a bola no campo de ataque. Ter um meia de qualidade é importante para qualquer time. Hoje temos dois. Mas ambos têm de querer jogar.

Outro fator que contribuiu para a vitória do Palmeiras foram as duas primeiras mudanças de Felipão. Temos de ser justos com o Bigodudo. Ele mexeu bem na equipe. As entradas de Luan e de Maikon Leite, nos lugares do inoperante Betinho e do bom Mazinho, foram cruciais para a vitória. Tanto que as jogadas dos dois gols tiveram a participação de ambos. No primeiro, uma bela jogada, nascida de uma cobrança de lateral. Maikon Leite recebeu de João Vitor e com um toque driblou o zagueiro, tocou para Valdívia que, dentro da área, não foi fominha e rolou para Luan marcar. Um golaço pela jogada, muito bem trabalhada e que lembrou o gol de Luan, no fim de semana, contra  a Portuguesa. Toques rápidos e movimentação. É disso que o Palmeiras precisa.

O segundo tento, marcado por Henrique, veio em cobrança de escanteio, conquistado por Luan e executado por Maikon Leite. Ou seja, ambos tiveram participação decisiva na vitória desta quarta, mesmo que vindos do banco, o que é um bom sinal, pois parece que o elenco vai se acertando e ficando cada vez mais forte.

Vejo uma boa chance de título nessa Copa do Brasil. Já havia dito isso antes, por conta do formato do torneio. No mata-mata, nem sempre o melhor vence. Aliás, não vejo em nenhum dos semifinalistas (São Paulo e Coritiba fazem um confronto e deveremos enfrentar o Grêmio) um bicho papão, um favorito. Temos as mesmas chances dos outros. Por que não sonhar então?

Claro que o time ainda tem certos problemas. Continuo achando a marcação muito frouxa (Assunção não marca, João Vitor não marca, os laterais marcam mal e só o Marcio Araujo corre) e nenhum zagueiro, execção feita ao Henrique, não passa segurança. Mas volto a repetir: não devemos nada a ninguém. Para o próximo jogo teremos o retorno do Pirata Barcos. Por outro lado, perdemos Valdívia suspenso (por um cartão bobo, diga-se). Dessa forma, Daniel Carvalho deve jogar. Mas ainda assim acredito que podemos ser campeões, o que traria tranquilidade até o fim do ano, e garantir a vaga na Libertadores, o que acabaria com esses argumentos para não investir na equipe. Faltam apenas quatro jogos.

Foto: Portal Terra

terça-feira, 22 de maio de 2012

Dois anos sem o Palestra...que saudade!



O tempo passa igualmente para todos: o dia tem 24 horas e o ano 365 dias. Mas quando estamos longe de algo ou um lugar que gostamos, parece que o tempo não passa e que nada tem sentido. É assim que os palmeirenses se sentem longe de sua segunda casa, o Palestra Itália. Hoje, 22 de maio, completam-se dois anos do último jogo oficial onde goleamos o Grêmio por 4x2.


Eu fui um dos privilegiados que estiveram presentes naquele jogo histórico e inesquecível. A ansiedade já tomava conta desde cedo e no fundo do coração eu sentia uma tristeza por saber que ficaria pelo menos três anos sem ver um jogo no nosso Jardim Suspenso. Quando passei pelas catracas, senti uma emoção inexplicável. Reparei em tudo o que poderia naquele jogo: a torcida, o campo, a visão da arquibancada...absolutamente tudo!

A cada gol marcado eu sentia uma alegria enorme. Eram os últimos instantes no estádio que me proporcionou tantas alegrias. Coube ao Cleiton Xavier a honra de marcar o último gol da história do Palestra Itália. Parecia que tudo foi programado perfeitamente para que aquela noite mágica fosse perfeita para todos os palmeirenses.

No final da partida não contive as lágrimas e me emocionei. Deixar a nossa casa naquela noite foi doloroso. Eu sabia que ali começava uma era revolucionária na história do Palmeiras. Sabia também que a WTorre iria cuidar do estádio com muito carinho. Mas deu um aperto no coração muito grande ao dizer adeus ao velho “Parque Antártica”.

 


Hoje, tudo virou um canteiro de obras e o que era tradicional está se tornando moderno, bonito e ainda mais imponente. As alegrias, emoções e tristezas que tivemos lá no passado, guardamos para levar à Nova Arena em sua inauguração. Se no momento estamos nos sentindo sem casa, sem identidade, daqui alguns meses teremos a certeza de que o Palmeiras conquistou um estádio que será referência no mundo inteiro SEM DINHEIRO PÚBLICO E SEM TRAMBICAGEM.


Enquanto isso, vamos recordar os momentos marcantes que vivemos nas arquibancadas e numeradas, dos jogos inesquecíveis, dos jogadores que ali nos encantaram, do Divino que reinou naquele gramado e também do Santo que correu para a torcida após a conquista da América. Vamos recordar de como era agradável encontrar os amigos na Rua Turiassú e cantar o nosso hino na saída do estádio. Vamos recordar e agradecer por todos os momentos emocionantes que o Palmeiras nos proporcionou.

Para finalizar esse texto, vou adaptar um trecho da música do Roberto Carlos que descreve bem o nosso sentimento na data de hoje: “Se chorei ou se sorri, o importante é que emoções ali eu vivi!”

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Análise da Arquibancada: O Palmeiras goleou e o Felipão causou!



ALELUIA! O Palmeiras voltou a jogar depois de duas longas semanas, goleou e garantiu a classificação para a próxima fase da Copa do Brasil. O adversário não mostrou tanta resistência, mas convenhamos, o Palmeiras não deu a mínima chance para o modesto Paraná Club.

Mazinho mal chegou e já mostrou todo o seu potencial. Fez uma ótima partida e foi autor dos dois primeiros gols da equipe. Mostrou um bom entrosamento com Juninho e Valdívia. Se continuar assim, vai cair nas graças da torcida em breve. Que bom seria se todos os reforços chegassem com tanta disposição, não é mesmo?

O momento mais emocionante da partida ficou por conta do Valdívia. O camisa 10 fez o seu primeiro gol com a camisa Alviverde na temporada e caiu no choro. Ele pode não estar na sua melhor fase, mas não podemos negar que ele quer muito nos devolver aquela mesma alegria do ano de 2008. Eu acredito em seu potencial e torço muito para que dê a volta por cima o quanto antes.

Verdão goleando e classificado, reforço jogando bem e Mago voltando a marcar gols. Tudo perfeito e finalmente teremos uma semana de paz no Palmeiras, correto? Errado! Felipão resolveu soltar cobras e lagartos contra a diretoria, na entrevista coletiva após a partida. Reclamou que sua lista de reforços não foi atendida e jogou a responsabilidade da falta de grana e reforços em cima da diretoria.

Até acho que ele tenha razão em alguns pontos, mas o momento foi totalmente inadequado. Se ele gosta tanto do Palmeiras como diz gostar, não poderia criar mais uma crise após uma classificação tranquila. Era o momento de dar moral aos jogadores e já armar o time para a próxima fase. O Bigode está parecendo um velho neurótico que acha que todo mundo quer o seu mal.

Concordo quando ele diz que a diretoria tem que dar a cara a tapa e que algumas pessoas (Tirone) deveriam tomar decisões, mas não precisava dizer isso logo após uma classificação de um torneio importante. É algo que deve ser relatado internamente. Reclamamos tantos que a imprensa só publica notícias ruins do Palmeiras, mas comissão técnica e diretores não fazem nada para mudar essa situação.

Por muito menos, Luxemburgo foi demitido na gestão Beluzzo. Felipão é um funcionário do clube e deve se portar como tal. Infelizmente, ele está se achando maior que o Palmeiras e maior que nós torcedores. Ele pode estar com a razão, mas foi infeliz em suas declarações.

ACORDA, FELIPÃO!!
Foto: Lancenet!

terça-feira, 24 de abril de 2012

O que falta para a saída do Felipão?



Caros palestrinos, eu sei que o momento é delicado. Acabamos de passar por mais uma eliminação traumática e a pressão da torcida por títulos aumenta a cada dia. Sei também que muitos torcedores gostam e apoiam o nosso treinador. Respeito todas as opiniões e todos os argumentos. Por isso, peço licença para compartilhar com vocês a minha visão sobre o Felipão.

Antes de falar sobre o nosso técnico, vamos fazer uma retrospectiva dos últimos comandantes que passaram pelo Verdão:

Caio Jr: (Cito esse treinador, pois ele trabalhou durante uma temporada inteira no Palmeiras.) Em 2007 não conseguimos nos classificar entre os quatro do Paulista, fomos eliminados na segunda fase da Copa do Brasil e ficamos em 5º lugar no nacional. Por conta dos fracassos, o até então jovem treinador foi demitido merecidamente, apesar de ter um time totalmente limitado nas mãos.

Luxemburgo: Chegou ganhando o Paulistão de 2008, eliminação nas oitavas da Copa do Brasil, eliminação nas quartas de final da Sul-americana, 4º colocado no Brasileirão e eliminação nas quartas de final da Libertadores de 2009. Foi demitido por brigar com o Keirrison, após o jogadores negociar com outro clube sem comunicar a comissão técnica.

Muricy: Perdeu um título ganho do Brasileirão de 2009 e foi demitido por causa de 3 derrotas seguidas no Paulistão de 2010.

O leitor deve estar perguntando: mas porque relembrar outros treinadores? Muito simples. Todos eles foram demitidos por problemas com jogadores ou por fiascos em competições importantes para o Palmeiras na época. A pergunta que eu faço é a seguinte: Por que com o Felipão é diferente? Foram 7 campeonatos, 6 vexames e uma eliminação por causa do apito.O bigode se envolveu em polêmicas com a diretoria, com a imprensa, com jogadores, com torcedores, teima com o mesmo esquema tático, faz substituições contestadas, escala o time de uma forma defensiva mesmo contra adversários mais fracos, além de demonstrar uma certa arrogância quando é perguntado sobre sua atual fase no futebol.

Deixo claro que comemorei o retorno do Felipão ao Palmeiras, o defendi ao longo do ano passado e tentei entender sua visão em todas as polêmicas. Sei que não é fácil treinar um time em que seu presidente é um banana e seus diretores só pensam em seus interesses pessoais. Mas para um técnico experiente, esperava mais cautela e até um controle sobre o elenco.

Fico triste ao perceber que ele já não é mais capaz de treinar a Sociedade Esportiva Palmeiras. Seu custo benefício deixou um rombo nos cofres do clube. Muito dinheiro para pouco resultado. Os jogadores não gostam do seu esquema e fica evidenciado nas entrevistas. Ele, por sua vez, já declarou inúmeras vezes que não faz questão de jogar em casa (Pacaembu), deixando de dar importância para o maior patrimônio de um clube de futebol: sua torcida.

E aí eu pergunto: o que falta para ele ser demitido? Se fosse outro técnico, também teria tanto apoio da diretoria? Será que ele está servindo de escudo do Tirone? Será que sua multa rescisória é o fator principal para manter um treinador que em dois anos não conseguiu nenhum resultado mediano? Não estou defendendo jogador e muito menos diretor, muito pelo contrário. Mas o fato é que ele não deu certo no Palmeiras. Se outro comandante irá dar resultados e conquistar títulos, eu não sei. Só sei que do jeito que está não da para ficar. Mudanças são necessárias, seja na comissão técnica, no elenco e na direção.

Hoje, em minha opinião, já deu para o Felipão. Agradeço por todos os títulos conquistados nos anos 90 e pelas vitórias heroicas em sua primeira passagem. Isso ficará para sempre na nossa memória. Mas queremos esquecer essa sua última passagem. Caso ele permaneça, torço para que mude sua postura e faça desse time, um time vencedor. Porém, a cada dia que passa, desacredito nessa mudança.

E vocês? Querem a saída do Felipão?

Os problemas alviverdes (Parte I)

Ontem prometi que faria um post tentando fazer uma analise mais profunda do atual momento do Palmeiras, eliminado pelo Guarani nas quartas de final do Campeonato Paulista e que passa a se concentrar nas oitavas de final da Copa do Brasil a partir de agora.

Não fiz esse texto antes por estar ainda de cabeça quente com o resultado obtido no último domingo. Agora, com um pouco mais de calma, acredito ser possível ter um raciocínio mais claro da situação. Para isso, dividirei o post em duas partes. Hoje, falo sobre a diretoria e a comissão técnica. Amanhã sobre os jogadores e outros setores, além de uma projeção do futuro alviverde. Vamos lá.

Diretoria


Começo de cima na cadeia hierárquica. E onde creio que temos mais problemas, justamente porque o ego de alguns faz com que o Palmeiras não evolua, não se desenvolva. As brigas políticas dentro do clube atrapalham demais e acabam, de uma forma ou de outra, respingando no futebol. Sempre que o clube parece bem, quando estamos vencendo, aparece uma briguinha aqui, uma discussãozinha ali, alguém tentando tumultuar o ambiente. De repente vem uma derrota e todos ficam loucos para plantar uma crise no Palestra. E nos últimos anos, sempre têm conseguido.

Isso se deve a falta de competência de quem dirige o clube para blindar esse tipo de situação e também a louca mania que muitos têm de ver seus adversários políticos em maus 
lençóis, mesmo que isso prejudique a própria instituição para quem eles 'torcem'. Essa perseguição incessante pelo poder acaba por nos prejudicar em demasia. O maior inimigo do Palmeiras está dentro do próprio Palmeiras. 

Quanto à parte administrativa, não é de hoje que as criticas são grandes. Aliás, essa tem sido uma constante no Verdão. Não há uma uma administração palmeirense que receba mais elogios do que criticas. Porém, elas são merecidas.

Todos os presidentes que assumiram o clube após o fim da parceria com a Parmalat pouco conseguiram conquistar. E não falo apenas de títulos. O Palmeiras é um clube que não revela jogadores, que é incapaz de fazer ações de marketing para trazer o torcedor para mais próximo do time, que não tem a capacidade de gerar receitas maiores, enfim, que não produz muitos ganhos patrimoniais para o clube. E tudo isso acaba refletindo naquela velha e conhecida desculpa de quase nunca ter dinheiro para investir na montagem de times melhores.

A única conquista nesse tempo foi a reforma do Palestra e sua transformação em uma Arena Multi-uso. Sim, esse é um bom projeto e que se for bem utilizado, poderá trazer lucros. Mas ainda assim é muito pouco para um time da grandeza do Palmeiras. Se houvesse mais competência dos administradores que lá estão e que por lá passaram, certamente a situação seria melhor.
Além disso, falta força nos bastidores, especialmente nessa administração, que se mostra muito omissa nesse assunto. Vemos isso, por exemplo, com a menor exposição que o Palmeiras terá na TV aberta neste Brasileirão. Ao que me consta, apenas três jogos serão televiosionados no primeiro turno. Isso em um segundo acordo, pois no primeiro constava apenas um, justamente um clássico contra o Corinthians. Como é que um clube da grandeza do Palmeiras pode se submeter a migalhas como essas? Como ficam os 15 milhões de torcedores? Como ficam nossos patrocinadores? Realmente é algo difícil de entender. Teremos menos jogos transmitidos do que o Santos. Aliás, tudo o que essa diretoria tem feito é complicado de se explicar.

Mudanças precisam ser feitas, isso é nítido. Falam muito em eleições diretas, o que acho um bom caminho, afinal, o torcedor passaria a eleger aqueles que lhes representariam. Torna tudo mais democrático e não restrito a pequenos grupos. Mas não vejo essa alternativa sendo colocada em prática num curto ou médio prazo.

Dessa forma, acho que o melhor caminho para melhorar nossa condição, nesse momento, seria adotar a profissionalização da diretoria. Colocar pessoas capacitadas para administrar o Verdão, que entendam o que estão fazendo, já seria um primeiro passo para a modernização do clube. É uma opção mais simples e viável  de ser colocada em prática, desde que o ego de alguns seja deixado de lado. Basta ter boa vontade.

Comissão técnica


Todo palmeirense é muito grato a Luiz Felipe Scolari, afinal, em sua primeira passagem ele foi extremamente vitorioso. Contudo, sua segunda passagem tem sido péssima o que vai causar uma pequena mancha em seu status perante ao torcedor.

Para mim, a analise sobre o atual trabalho do Felipão é simples: ele não evoluiu como técnico de futebol. Suas ideias em suma são retrogradas. Parece que ele vive ainda na década de 1990. Quase dois anos se passaram desde sua volta e ele, em poucos momentos conseguiu dar um padrão de jogo ao time. A única jogada realmente forte são as bolas paradas, que deveria ser a cereja do bolo e não o bolo todo. Como resultado disso, participações  pífias em vários torneios e vexames atrás de vexames. E não me venham com essa de que lhe faltam peças, pois em 1991 ele foi campeão da Copa do Brasil com o Criciúma e sem ter jogadores fora de série em Portugal foi vice campeão da Eurocopa e quarto na Copa de 2006.
Scolari sempre soube armar times competitivos e não acho que tenha desaprendido. No entanto, o que lhe falta hoje é atualizar seus conceitos quanto ao futebol atual. Já são dez anos sem títulos importantes, colecionando passagens frustrantes por Chelsea, por aquele time do Uzbesquistão e agora pelo Palmeiras.

Outro ponto é que ele já não parece ter mais o mesmo trato com os jogadores. Ele sempre foi conhecido como um excelente motivador, seus times eram considerados  'grandes famílias'. Entretanto, atualmente ele não parece ter mais aquela paciência para isso. Por aqui, já arrumou confusão com Valdívia, Pierre, Lincoln e Kleber, sendo que os três últimos já deixaram o Palmeiras, apesar de terem mais qualidade do que muitos que lá estão. É óbvio que ele não tem a culpa inteira nessas brigas. Alguns jogadores provocaram e por não terem o mesmo prestígio do treinador acabaram pagando o pato. No entanto, acho que ele teria contornado melhor a situação em outros tempos. Em muitos momentos Felipão me parece arrogante, soberbo, e isso, no meu ponto de vista, tem atrapalhado.

Felipão tem contrato até o fim do ano. A tendencia é que ele cumpra e vá embora, pois sua vontade é de participar da Copa de 2014. E agora, com o surgimento dessas especulações de que ele pode assumir a seleção brasileira em caso de novo fracasso de Mano Menezes nas Olimpíadas, essa possibilidade passa a ser ainda maior, uma vez que ele é o favorito do povo da CBF. Por isso, não duvidaria se esse vinculo fosse encerrado antes. E também não ficaria triste.

Não sei o que você acham. Comentem aí. Amanhã volto com a segunda parte do post.

Fotos: Portal IG