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quarta-feira, 10 de agosto de 2011

O caos do Canindé

O Canindé tornou-se casa palmeirense em 2011

O Palmeiras adotou o Canindé, estádio da Portuguesa, como sua casa provisória enquanto a Arena Palestra Itália não fica pronta. O “caldeirão lusitano” até que está dando sorte ao Alviverde. O time de Felipão ainda não perdeu jogando lá. Mas o que acontece fora de campo, com os torcedores, não é nada espetacular e muito longe de ser comemorado.

Não é de hoje que os palmeirenses encontram sérias dificuldades para comprar ingresso no dia da partida. Já teve episódios de deixarem apenas duas bilheterias abertas, causando uma enorme fila ao redor do estádio. No jogo Palmeiras x São Bernardo, partida válida pelo Paulistão, teve torcedor que conseguiu entrar somente aos 15 minutos da segunda etapa. Uma desorganização total!

Para entrar no Canindé também não é nada fácil. A fila da revista policial é demorada, o espaço disponível para as catracas de acesso às arquibancadas é minúsculo e acarreta em tumulto e empurra-empurra. Na partida contra o Atlético-GO demorei cerca de 30 minutos para conseguir entrar e ver o jogo. Essa é uma situação corriqueira no estádio. Se o público pagante for maior que 10 mil pessoas o caos é nítido. O torcedor, para variar, é tratado como gado.

E quem pensa que lá dentro está tudo correto, engana-se. Os banheiros são poucos e totalmente imundos (algo comum nos estádios brasileiros). Existem pontos-cegos nas arquibancadas. Quem ficar atrás do banco de reservas, por exemplo, não consegue enxergar nada. Se alguém levar uma criança deverá carrega-la no colo, pois os degraus não foram feitos de forma adequada. E os portões de saída não comportam um volume grande de pessoas. Já cheguei a demorar 20 minutos para sair de lá.

Os palmeirenses têm encontrado dificuldades com a organização do estádio
Acho o Canindé bem acolhedor, mas está muito abaixo da grandeza do Palmeiras e de sua torcida. Somos 15 milhões de palestrinos e merecemos ser respeitados. A diretoria não pode limitar que apenas 15 mil palmeirenses acompanhem a partida “in loco”. Merecemos mais respeito, uma vez que pagamos o ingresso.

Muitos reclamam do Pacaembu. Dizem que é estádio dos Gambás e que da azar jogar lá. Acho isso uma tremenda bobagem. É um patrimônio da cidade de São Paulo e nunca tive problemas lá. Claro que também existem os fatores contrários, mas além de comportar um número maior de torcedores, tem uma estrutura muito superior ao “Lusa Stadium”. A partida contra o Grêmio, por exemplo, deveria ser no Estádio Municipal e não no Canindé. Muitos palmeirenses tiveram que desistir de assistir a partida porque os 15 mil ingressos de arquibancada já tinham sido esgotados. UMA VERGONHA!!

Alou Tirone, quer economizar no aluguel? Faça isso de forma consciente. A nossa torcida não pode ser desrespeitada dessa forma. Nós somos o maior patrimônio do clube. E somos nós quem pagamos o aluguel do estádio. Acredito que temos o direito de escolher onde queremos apoiar o Palmeiras, não?

Forza Palestra!

Fotos: Lancenet! e Portal Terra

Um comentário:

Anônimo disse...

é igualzinho, ou melhor que nosso parque antartica...mesma porcaria.