Páginas

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Especial Palmeiras 97 anos – Entrevista com Tânia Clorofila

Caros amigos, em homenagem ao aniversário da Sociedade Esportiva Palmeiras, no próximo dia 26 de agosto, o blog O Alviverde Imponente abrirá espaço para uma entrevista muito especial com uma palmeirense fanática e muito popular entre os palestrinos: Tânia “Clorofila” Dainesi.

Tânia ficou conhecida por sua paixão incondicional pelo Palmeiras e pelos seus textos maravilhosos no “Blog da Clorofila”. Sua admiração pelo El Mago Valdívia também é bastante comentada entre os palmeirenses. Uma torcedora ilustre que está sempre nos jogos do Verdão e que, acima de tudo, sempre defendeu as cores e as tradições do nosso clube. Acompanhem a entrevista concedida com exclusividade para o nosso blog.
Além do Valdívia, Evair também é um grande ídolo da Tânia Clorofila.

Tânia, quando você descobriu esse seu amor pelo Palmeiras?

Tânia: Nunca descobri o meu amor pelo Palmeiras. Sem demagogia alguma, desde que me entendi por gente era palmeirense, gostava do Palmeiras.

O que o clube representa na sua vida, hoje?

Tânia: O clube representa muito na minha vida. Não consigo acordar, e nem dormir, sem pensar no Palmeiras, sem pensar na próxima partida que ele fará, sem temer que algum bom jogador seja vendido, sem desejar que ele seja administrado com amor.

Você acredita que a história gloriosa da Sociedade Esportiva Palmeiras seja uma história de superação, ao longo desses 97 anos?

Tânia: Sim, acredito! Em todas as vezes em que pareceu estarmos sem saída, em que pareceu ao torcedor que não havia muitas expectativas mais, a Sociedade esportiva Palmeiras brilhou de alguma maneira. E assim será sempre! O time Campeão do Século, está fadado a ser eternamente Imponente!

Sabemos que o Valdívia é o seu maior ídolo na atualidade. Além dele, quais jogadores estarão para sempre na sua memória?

Tânia: Sim, Valdivia é meu ídolo na atualidade. Mas é claro que, no meu coração, há muito espaço para abrigar os ídolos maravilhosos que vi jogar e, até mesmo, os que não vi. São Marcos, primeiro e único; Evair e Edmundo, que eu vi esbanjando talento vestindo a nossa camisa; César Sampaio, Cléber, Antonio Carlos, R. Carlos, Zinho, o maravilhoso Arce, Alex, Jorginho Putinatti (que não nos deu um título, mas deu muitas alegrias), Galeano, Tonhão (sim, para mim, eles são ídolos), Velloso, Rivaldo (que jogou uma barbaridade vestindo o manto), Leão, Jorge Mendonça e... a Academia, do Divino Ademir da Guia, Dudu, Leivinha, César Maluco, Luisão Pereira... E, de um tempo distante, que eu não vivi, Oberdan Cattani, Valdemar Fiúme, Junqueira, Servílio, Turcão, Fábio Crippa... Melhor eu parar, senão isso vai longe... rsrs

Quais partidas são inesquecíveis para você? Já se emocionou com alguma vitória épica?

Tânia: Por ter vivido o tempo da malfadada fila, a final do Paulistão/93 é inesquecível e me emociona até hoje. Aquele jogo contra o Flamengo que, faltando 10 minutos precisávamos fazer 3 gols, e fizemos; a final da Libertadores... A semifinal do Paulista 2008, pensei que fosse morrer de nervoso e depois de alegria e emoção... Aquele jogo contra o Colo Colo, que Cleiton Xavier quase nos matou de alegria ao fazer um gol no finalzinho; aquela partida diante do Sport, em que Marcos decidiu na hora dos pênaltis... E tem muitas outras, consideradas menores, mas que vão ficar no meu coração prá sempre.

Você acha importante a modernização do Palestra Itália? Tem saudades de ver o Verdão no Jardim Suspenso?

Tânia: Acho sim que seja importante termos um estádio moderno, com mais conforto, mas morro de saudade do nosso Palestra, do jeitinho que ele era e me dá um nó na garganta cada vez que penso que ele já não existe mais. Tristeza e alegria se misturam. Mas o time brasileiro que mais conquistas possui, precisa de uma casa à altura da sua grandeza. E com a dignidade que cabe à Sociedade Esportiva Palmeiras; sem se apropriar de dinheiro público.

Qual projeção que você faz para o centenário que se aproxima?

Tânia: Espero que tenhamos um belo título para comemorar no centenário, ou muitos títulos, quem sabe... Espero que seja um período de paz, de alegrias. Mas o que eu espero mesmo é que a torcida continue abraçando o Palmeiras, a despeito de toda a maldade que fazem com ele, a despeito de todo o descaso dos seus dirigentes; a despeito de toda essa gente que só pensa em poder. O amor de sua torcida é o troféu mais lindo que o Palmeiras possui.

Todos nós sabemos que a política do clube é uma questão complicada. Na sua opinião, o que pode ser mudado?

Tânia: A política no clube é complicada porque os que estão metidos nela, em sua maioria, só pensam em poder. Cada nova diretoria que chega, desfaz o que fez a anterior (a de Belluzzo foi a que menos fez isso). O trabalho não tem continuidade. Os nomes nunca são mudados. A herança política passa para filhos e netos, ainda que eles não tenham a mesma competência que seus pais e avós, ainda que eles não tenham o mesmo zelo pelo Palmeiras.

Só há um jeito de mudar, de quebrar isso, e ele virá com eleições diretas para presidente. Só assim poderemos pensar em não ter mais conselheiros vitalícios, com votos atrelados à pessoa que lhes deu essa condição; só assim poderemos profissionalizar o Depto de Futebol, só assim as pessoas que amam o Palmeiras poderão escolher seus representantes. Muitos grupos hoje lutam por isso (Democracia Verde, Pró-Palmeiras, Fanfulla...). Faço parte da Democracia Verde, sei da competência e dedicação das pessoas que lá estão e tenho certeza que, não demora muito, chegaremos lá!

Você tem esperanças que nossos diretores voltem a pensar somente no clube e não nos seus interesses pessoais?

Tânia: Não tenho esperanças. Já todo mundo bem crescidinho para mudar de caráter, de atitude. Eles disfarçam, não mostram todas as garras. Mas no fundo, é mais do mesmo. E, mesmo que tenham vontade de o fazer, acabam não podendo, pelos favores e conchavos que são obrigados a fazer para se elegerem. Está aí o Tirone que não me deixa mentir. Serve ao Palmeiras e ao seu mentor, que não pode ser muito contrariado. Precisamos de gente com mentalidade diferente. Esses todos que aí estão, já tiveram as suas oportunidades e deixaram a desejar. Uns por falta de caráter, outros por falta de coragem. Muitos, por falta de amor, por acharem que o clube social é mais importante do que o futebol, que fez e faz a Sociedade Esportiva Palmeiras ser o Gigante que é.

Voltando a falar de ídolos. O São Marcos anunciou publicamente que esse ano deverá encerrar a sua carreira. Você imagina como será esse dia?

Tânia: Não consigo nem começar a imaginar... Choro muito a cada vez que penso nisso. Olhar para o gol, ele não estar e ter certeza que lá ele não estará mais, não poder pensar que ele está apenas machucado e logo vai voltar... Vai ser uma dor imensa... Um ídolo maravilhoso, um torcedor que, quando entra em campo, nos faz sentir que entramos também. Um mito, que tive o privilégio de acompanhar por toda a sua carreira (isso é um presente de Deus). Se eu pudesse, gostaria de parar o tempo, só para que ele permanecesse no gol...

E você é a favor de construirem um busto para homenageá-lo?

Tânia: Sim. Mas acho que Marcos merece uma estátua, atrás do gol. Uma estátua que retrate a imagem que vamos guardar prá sempre. Nosso Santo, com os braços abertos, e erguidos em direção ao céu. Acho também que a Arena deveria se chamar Arena São Marcos de Palestra Itália. E acho que na nova Arena deveria ter uma capela, e que ela se chamasse Capela de São Marcos. Marcos merece muito mais!

Quanto ao time desse ano, vc acredita na conquista de algum título (Brasileirão ou Sul-Americana)?

Tânia: Do jeito que estamos jogando, não! Mas, como acredito que podemos acertar alguns pontos, como acredito que a diretoria, se quiser, pode nos trazer um centroavante, e como tem muita coisa em disputa ainda, meu coração acredita piamente que levaremos os dois títulos! rsrs

Vai aderir ao Tsunami Verde e vestir o nosso manto no próximo dia 26/08?

Tânia: Claro que sim! Tenho um orgulho imenso em vestir o manto e sair pelas ruas, de nariz empinado, para mostrar a todo mundo que a camisa que visto é do time do meu coração e que ela tem a cor do sangue que corre nas minhas veias.

O “Blog da Clorofila” é um dos mais acessados entre a nação palmeirense. Como tudo começou? Você esperava tanto sucesso?

Tânia: Não esperava nada disso, Glauco. Imagina. Na verdade eu estava acostumada a apenas ler as notícias sobre o Palmeiras e me cadastrei no fórum do SOP (SóPalmeiras), porque eu tinha vontade de dar a minha opinião sobre alguns assuntos e acabei encontrando ali amigos muito queridos. Se não estou enganada, isso foi em junho de 2005. Aí, no aniversário do Palmeiras daquele ano, eu escrevi um pequeno texto de "parabéns" e os amigos do fórum gostaram. Dias depois eu fui convidada a escrever no Blog do SOP, porque um dos integrantes da equipe iria se mudar para o Japão. E aí começou... Até que em 2007, toda essa coisa teve um UP. Eu escrevi dois textos para o Mago, eles foram postados no orkut, tiveram uma grande repercussão, uma pessoa do ONDA VERDE entregou uma cópia de um deles para o Valdivia, e eu acabei ganhando o Blog da Clorofila. Mas nunca me imaginei tendo um blog, fazendo parte da mídia palestrina e tendo o carinho de tantas pessoas. Foram presentes maravilhosos que recebi da vida sem ter ao menos pedido.

Penso que os torcedores, por se sentirem como eu me sinto em relação ao Palmeiras, acabam tendo identificação com o que eu escrevo.

Para finalizar, gostaria que você deixasse um recado à nossa torcida e ao próprio Palmeiras em comemoração aos seus 97 anos.

Tânia: Gostaria de dizer à torcida que mesmo que estejamos sofrendo há um bom tempo, e eu sei o quanto isso é doído, não podemos nunca virar as costas ao Palmeiras. Nas horas difíceis é que o nosso amor, e só ele, pode fazer a diferença. Nas horas difíceis é que temos que gritar o nome dos nossos jogadores, não importa se gostamos muito ou pouco deles. Quando eles não jogam bem é que precisam mais do nosso incentivo, da nossa paciência. Eles são jogadores do Palmeiras, só por isso já merecem o nosso respeito. O maior patrimônio do Palmeiras somos nós, seus filhos, sua gente. Se hostilizarmos nossos jogadores, nossos ídolos, o Palmeiras é quem perderá mais... Torcer quando tudo vai bem, qualquer torcedor, de qualquer time sabe fazer. Nós somos diferentes, somos aquela gente de verde, Que Canta e Vibra como ninguém mais sabe fazer. E dias melhores virão...

Para o Palmeiras eu desejo muitos títulos, desejo o estádio cheio de gente de camisa verde, feliz cantando; desejo defesas milagrosas, jogadas geniais, chutes no vácuo, gols memoráveis; desejo novos e melhores dirigentes; desejo aplausos, lágrimas de alegria e muito amor. Mas, acima de tudo, eu te desejo paz, Palmeiras. Muita paz...

Auguri, Palestra!

Visitem o “Blog da Clorofila”. Agradecemos a colaboração da nossa grande amiga e desejamos, assim como ela, que o nosso Palmeiras seja cada vez maior, cada vez mais imponente!

E não esqueça: dia 26 de agosto é o aniversário do nosso glorioso clube. Dia do “Tsunami Verde”. Coloque o seu mando Alviverde e entre nessa onda!

#Palmeiras97anos.

2 comentários:

Tânia Clorofila disse...

Amigos do Alviverde Imponente, muito obrigada por me permitirem fazer parte das comemorações pelos 97 anos de existência da Sociedade Esportiva Palmeiras.
É uma honra!
Tomara este aniversário seja o marco de um novo tempo, repleto de vitórias e conquistas!

Beijos!
Tânia Clorofila Dainesi

Diego Maulana disse...

Nós é que agradecemos a grande entrevista que você nos concedeu Tania. Ficou show.

Diego Maulana