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quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Analise do sofá - Santa bola parada

Mais uma vez decisivo, Marcos Assunção garantiu nova vitória do Palmeiras
Dois gols de bola parada, um logo aos dois minutos do primeiro tempo e outro aos 42 da etapa complementar, e um futebol bem limitado. Foi isso o que o Palmeiras apresentou na noite desta quarta-feira no Pacaembu contra um fraco Mogi Mirim. Sem muito repertório, sem muita criatividade, sem muita ousadia, só nos restou recorrer novamente aos pés de Marcos Assunção para vencer.

Após dois empates (com Portuguesa e Catanduvense) a vitória era necessária para elevar um pouco o moral da equipe. E para isso, aconteceram modificações entre os titulares. Recuperado de um problema no tornozelo, Valdívia voltou no lugar de Daniel Carvalho. Patrik entrou no meio, substituindo Maikon Leite. E Ricardo Bueno perdeu sua vaga no ataque para Fernandão. E foi justamente o grandalhão que sofreu a primeira falta do jogo, que acabou originando o primeiro gol de falta de Assunção.

Obviamente, fazer um gol logo nos primeiros minutos de jogo, deixa o time mais tranquilo e seguro, ainda mais quando vai se enfrentar um time que, sabidamente, viria ao Pacaembu com uma proposta de se defender e contra atacar. Se quisesse alguma coisa, o Mogi teria de se expor, podendo abrir caminho para uma vitória mais larga do Verdão. Era o que todos esperavam. Mas não foi o que aconteceu.

O Palmeiras voltou a apresentar falhas, especialmente no setor ofensivo, algo que tem tirado o sono de muito torcedor. O time estava mal posicionado e, em certos momentos tinha seus onze jogadores atuando no campo defensivo quando o Mogi atacava. Algo surreal. Parecia até que o adversário era o Barcelona...

Só que o pior era quando o time tinha a bola nos pés. Quem estivesse com a pelota dominada, logo procurava se livrar dela, passando-a para Valdívia ou Assunção, os únicos dois lúcidos da equipe. Mas ambos conseguiam criar alguma coisa? Negativo. O chileno recebia a bola e ficava girando, primeiro pra se livrar dos adversários, que o cercavam, e também para tentar encontrar alguém que pudesse receber um passe e dar prosseguimento ao lance, coisa rara. Já o veterano tinha de tocar de lado ou pra trás, tamanha era a falta de opções ofensivas. Foram poucas as chances de gol do time.

Essa falta de vocação ofensiva do Palmeiras pode atrapalhar o time no decorrer do ano. Não é possível que um time grande não tenha a iniciativa de vencer um jogo contra uma equipe menor e mais fraca. Não é possível se defender com onze jogadores contra um time que não sabia o que fazer com a bola. Por mais que a comissão técnica diga que este ou aquele jogador não pode atuar, pois deixaria o time 'exposto', a equipe precisa ter melhor opções ofensivas do que tem hoje. Isso implica, por exemplo, em mais chances para jogadores como Maikon Leite e Daniel Carvalho ou na contratação de novos jogadores. Algo tem de ser feito, ou continuaremos a depender apenas de erros dos rivais ou das bolas paradas, pouco para um clube que é conhecido por ter tido DUAS "Academias".


Na defesa, o time ainda tem seus lapsos. Porém, foi o primeiro jogo em que ficamos sem sofrer gol. O Mogi também não tem qualidade para atacar, é verdade, mas é um ponto positivo. Por falar em defesa, um rápido levantamento. Tirando o gol da Portuguesa, nossa defesa foi vazada em duas cobranças de pênalti, bobos, diga-se de passagem. Em quatro jogos, foram dois pênaltis contra. Nossos jogadores têm de tomar mais cuidado.

A vitória foi importante, dá um novo moral ao time, os três pontos vieram e tal. Contudo, nada disso esconde os problemas que ainda temos. E que temos de corrigir.

Domingo tem clássico contra o Santos, time contra o qual, incrivelmente, essa estratégia do Palmeiras pode funcionar. Vamos torcer para conseguirmos um bom resultado.

Novo patrocínio - Na manhã de ontem foi confirmado que o Palmeiras assinou mesmo com a KIA Motors, nosso novo patrocinador Master. O contrato tem duração de três anos e vai render cerca de R$ 75 milhões aos nossos cofres, algo em torno de R$ 25 milhões por temporada. Um bom dinheiro, que espero, seja bem gasto.

Foto: Portal Terra

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