O tempo passa igualmente para todos: o dia tem 24 horas e o
ano 365 dias. Mas quando estamos longe de algo ou um lugar que gostamos, parece
que o tempo não passa e que nada tem sentido. É assim que os
palmeirenses se sentem longe de sua segunda casa, o Palestra Itália. Hoje, 22
de maio, completam-se dois anos do último jogo oficial onde goleamos o Grêmio
por 4x2.
Eu fui um dos privilegiados que estiveram presentes naquele jogo histórico e inesquecível. A ansiedade já tomava conta desde cedo e no fundo do coração eu sentia uma tristeza por saber que ficaria pelo menos três anos sem ver um jogo no nosso Jardim Suspenso. Quando passei pelas catracas, senti uma emoção inexplicável. Reparei em tudo o que poderia naquele jogo: a torcida, o campo, a visão da arquibancada...absolutamente tudo!
Eu fui um dos privilegiados que estiveram presentes naquele jogo histórico e inesquecível. A ansiedade já tomava conta desde cedo e no fundo do coração eu sentia uma tristeza por saber que ficaria pelo menos três anos sem ver um jogo no nosso Jardim Suspenso. Quando passei pelas catracas, senti uma emoção inexplicável. Reparei em tudo o que poderia naquele jogo: a torcida, o campo, a visão da arquibancada...absolutamente tudo!
A cada gol marcado eu sentia uma alegria enorme. Eram os
últimos instantes no estádio que me proporcionou tantas alegrias. Coube ao
Cleiton Xavier a honra de marcar o último gol da história do Palestra Itália.
Parecia que tudo foi programado perfeitamente para que aquela noite mágica
fosse perfeita para todos os palmeirenses.
No final da partida não contive as lágrimas e me emocionei.
Deixar a nossa casa naquela noite foi doloroso. Eu sabia que ali começava uma
era revolucionária na história do Palmeiras. Sabia também que a WTorre iria
cuidar do estádio com muito carinho. Mas deu um aperto no coração muito grande
ao dizer adeus ao velho “Parque Antártica”.
Hoje, tudo virou um canteiro de obras e o que era
tradicional está se tornando moderno, bonito e ainda mais imponente. As
alegrias, emoções e tristezas que tivemos lá no passado, guardamos para levar à
Nova Arena em sua inauguração. Se no momento estamos nos sentindo sem casa, sem
identidade, daqui alguns meses teremos a certeza de que o Palmeiras conquistou
um estádio que será referência no mundo inteiro SEM DINHEIRO PÚBLICO E SEM
TRAMBICAGEM.
Enquanto isso, vamos recordar os momentos marcantes que
vivemos nas arquibancadas e numeradas, dos jogos inesquecíveis, dos jogadores
que ali nos encantaram, do Divino que reinou naquele gramado e também do Santo
que correu para a torcida após a conquista da América. Vamos recordar de como
era agradável encontrar os amigos na Rua Turiassú e cantar o nosso hino na
saída do estádio. Vamos recordar e agradecer por todos os momentos emocionantes
que o Palmeiras nos proporcionou.
Para
finalizar esse texto, vou adaptar um trecho da música do Roberto Carlos que
descreve bem o nosso sentimento na data de hoje: “Se chorei ou se sorri, o importante é que emoções ali eu vivi!”
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