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segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Chorabilidade

Tite, o homem que não sabe o significado da palavra rivalidade
Prometo ser rápido e sucinto neste post, até porque, este não é um espaço para ficar falando sobre rivais. Porém, devido ao fato também se inserir ao contexto alviverde, creio que seja cabível um pequeno comentário sobre isso.

“Eu imagino que nós temos de fazer a nossa parte e ter respeito. É pobre querer se motivar para ferrar o adversário, para não falar outra palavra. Eu tenho o sentimento de conquistar um título, o sentimento da torcida, do corintiano e também de respeitar o outro lado. Não fico contente com a tristeza de uma equipe, qualquer que seja. Não fiquei feliz por tirar o Figueirense de uma chance de Libertadores. É muito pequeno. Quero é valorizar o nosso trabalho”

Antenor Leonardo Bachi, vulgo Tite

A frase acima foi proferida pelo técnico do Corinthians, Antenor Leonardo Bachi, vulgo Tite, na saída de campo pós-vitória sobre o Figueirense em Santa Catarina. Uma tentativa de cutucar o Palmeiras, antes do clássico de domingo, que pode decidir o campeonato Brasileiro. Começou a chorabilidade.

Sabemos que o Verdão não tem pretensão alguma nesse campeonato, a não ser atrapalhar o seu maior rival, que briga pelo título. Esse é o sentimento que move a torcida hoje e parece contagiar os jogadores. Depois de um ano turbulento, cheio de brigas nos bastidores, atrapalhar seus principais rivais tornou-se a ‘missão’ do time nessa reta final, para dar uma pequena alegria aos torcedores. Ontem, no Pacaembu, vencemos o São Paulo e diminuímos suas chances de conquistar uma vaga na Libertadores do ano que vem. No domingo, é a vez de encarar o Derbi.

Só que o fato de tentarmos jogar água no chopp corintiano parece incomodar o treinador rival, que um dia já treinou nosso time e que por isso deveria conhecer bem a rivalidade entre as duas equipes.

Esse tipo de rivalidade é sadia e tem de estar presente no futebol, seja entre as torcidas e entre os próprios jogadores, hoje cada vez mais melindrados. Já fomos alvos de provocação. Todos já foram e todos sempre serão. O apelido PORCO, por exemplo, surgiu de uma brincadeira corintiana. No primeiro jogo da final do Paulistão de 1993, outra provocação. Eles nos venceram por 1x0 com gol de Viola, que na comemoração imitou um porco. Recentemente, o vice-presidente de marketing do Corinthians, Luis Paulo Rosenberg, disse que gostaria que os jogadores do Palmeiras entregassem a faixa de campeão para os jogadores do Corinthians. Isso é saudável, é do jogo, faz parte da cultura e é o que trás graça ao futebol. A coisa só não pode descambar para a violência, dentro e fora das quatro linhas. Jogadores e torcedores têm de saber que as brincadeiras fazem parte.

Não é desrespeito nenhum querer atrapalhar um adversário na luta pelo título, pelo contrário. Isso só mostra o tamanho dos dois clubes. Só que o técnico chorão do Parque São jorge parece não entender assim. Uma pena. Ele não sabe o significado da palavra rivalidade, mesmo estando há tanto tempo no meio.

E pequeno, pobre, como o senhor diz Antenor, é perder dois títulos brasileiros consecutivos...

Em tempo: Vencemos o São Paulo e parece que o clima no vestiário palmeirense melhorou. Duas vitórias seguidas e quatro jogos sem perder. Aí eu pergunto: Por que não se uniram antes? Vai entender.

Foto: Portal Pop

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