A semana foi conturbada. O sequestro do Valdívia abalou um
pouco o ambiente entre os jogadores, a derrota para o Atlético-MG, em casa,
pelo Brasileirão nos preocupou e deixou muita gente desconfiada quanto ao
futuro da equipe na Copa do Brasil. Nosso time viajou para Porto Alegre
considerado “zebra” pela imprensa e até mesmo por boa parte da torcida, mas
voltou com uma vitória épica e também com pezinho na final.
Diz o ditado popular futebolístico que futebol é uma
caixinha de surpresas. E é verdade! Por isso, devemos ter cuidado sim com o
jogo da volta, mas não devemos deixar de comemorar um resultado tão importante
e que afasta qualquer tipo de desconfiança e crise. A noite do dia 13/06/2012
foi mágica e pode ser história caso se confirme a classificação e, quem sabe, o
título.
Felipão resolveu mudar o time. Escalou 3 zagueiros, mas na
verdade colocou o Henrique como volante. Com isso, anulou totalmente o ataque
gremista e principalmente o nosso tão conhecido Kléber (Judas). No primeiro
tempo atacamos pouco e percebemos algo que todos nós já estamos carecas de
saber: Luan não serve e nunca irá servir pra nada. O cara não acerta um passe,
não faz uma jogada inteligente, não sabe chutar no gol e as vezes parece
atrapalhar o Barcos no posicionamento em campo. O nosso treinador poderia dar
outra função para ele, como por exemplo esquentar o banco de reservas nesse
inverno.
Daniel Carvalho teve uma partida discreta e está longe de
ser o jogador que esperamos. Talvez por isso o time não tenha criado tantas
jogadas de perigo na primeira etapa. No segundo tempo, a equipe voltou mais
disposta ainda. O setor de marcação, que já estava bem eficiente, voltou ainda
melhor. Thiago Heleno, Maurício Ramos e João Vítor não deixaram os adversários
chegarem nem perto do gol. Assunção contribuiu na defesa, mas pecou nas bolas
paradas. Parece não estar nas suas melhores fases. O ataque melhorou e Barcos arriscava
alguns chutes no gol.
Eu assisti ao jogo na minha casa, ao lado do meu irmão e do
meu pai que também são palmeirenses fervorosos. A cada minuto que passava, meu
coração batia mais forte. A ansiedade tomava conta de todos nós ali. Pedíamos
insistentemente que Felipão colocasse o time um pouco mais no ataque. Como o
bigode é sempre teimoso, demorou para colocar o Mazinho e botar velocidade no
time. Mas quando mudou, deu um verdadeiro nó tático no "profexô" Luxemburgo. Com isso, aos 41 minutos, o Palmeiras marcava o primeiro gol e, logo em
seguida, El Pirata fechava o placar. Não me contive de alegria. Ajoelhei no
meio da sala e suspirei aliviado com o resultado.
Os quase 2 mil palmeirenses que estiveram no Olímpico,
transformaram a capital gaúcha em uma cidade inteiramente verde e branco. Já
sugeriram até a mudança de nome para PORCO ALEGRE. Seria justo, afinal, não é
fácil construir uma vantagem dessas em pleno território gremista.
Agora é comemorar, aproveitar o momento e aguardar o dia
21/06. A Arena Barueri ficará pequena para tanta festa que a nossa torcida
promete fazer. A vaga está em nossas mãos. Desde 1998 não estamos tão pertos de
uma decisão da Copa do Brasil. Apoiaremos até o fim e, se São Marcos nos
ajudar, teremos o tão sonhado título em troca.
#FORZAPALESTRA
Imagens: Lancenet!