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segunda-feira, 16 de julho de 2012

Minha lista de reforços para o Palmeiras


Ontem, o Palmeiras fez sua primeira partida após a conquista da Copa do Brasil. Um clássico contra o São Paulo. E para quem pensou que o time jogaria de ressaca, enganou-se. Mesmo desfalcado de Thiago Heleno, machucado, Marcos Assunção, gripado, e Barcos, que ainda se recupera da cirurgia de apendicite que o tirou das duas decisões da Copa do Brasil, o time mostrou porque foi campeão nacional na última quarta-feira.

Mesmo com o empate em 1x1 em uma fria noite de domingo (precisam ver esses horários de jogos) em nossa casa alugada, a Arena Barueri, o Verdão jogou muito bem e dominou completamente o adversário, até mesmo quando tinha um jogador a menos – Henrique foi expulso. Certamente, poderíamos ter vencido a peleja, tendo, inclusive desperdiçado um pênalti com Valdivia.

Mas, apesar desse resultado que, de acordo com as circunstancias foi ótimo, minha preocupação é com o time que será montado visando 2013 (creio que grandes contratações para esse ano não virão mais uma vez que a janela de transferências se fecha em breve), ano em que disputaremos a Libertadores. Mesmo com o título da Copa Brasil e com o bom resultado de ontem, é notório que precisamos de (bons) reforços se quisermos ter alguma chance de conquistar novamente a América.

Por isso, como todo torcedor, monto uma lista de jogadores que gostaria de ver com a camisa do Palmeiras no próximo ano e que, em minha concepção, ajudariam o grupo atual. Creio que não agradarei a todos com os nomes que citarei, mas é uma lista pessoal. Por isso, também não levarei em conta questões como dinheiro ou parceiras, que acredito surgirão com o time disputando o torneio continental. Quem quiser, sinta-se a vontade de sugerir outros nomes e fazer sua própria lista, afinal, são apenas devaneios de torcedor.

Zagueiros


Emerson (Coritiba) – O Palmeiras mostrou ter um bom sistema defensivo nessa reta final de Copa do Brasil. Foram apenas dois gols sofridos em quatro jogos, fato que contribuiu muito para a conquista do título. Porém, temos visto nossos beques sofrerem constantemente com problemas físicos. Nessas últimas semanas, Thiago Heleno, Adalberto Roman e Mauricio Ramos se machucaram o que deixa o time com poucas opções no setor (apenas Leandro Amaro e Henrique, que hoje atua no meio, além de Wellington, das categorias de base). Por isso, acredito que a contratação de mais um bom zagueiro é fundamental, até porque também há suspensões por cartões e etc. E um bom nome, no meu ponto de vista, é o do zagueiro Emerson, do Coritiba. Bom no jogo aéreo, tanto defensiva quanto ofensivamente, Emerson já foi até convocado para a seleção brasileira e tem sido bastante regular nas últimas temporadas. Creio ser bem viável uma contratação do beque, que seria um bom reforço.


Naldo (Werder Bremen) – Com passagens pela seleção brasileira, outro bom nome que poderia ser sondado pela diretoria é o do zagueiro Naldo, que atua pelo time alemão Werder Bremen. Destaque do Juventude em 2005, Naldo já está na Europa há sete anos e já disse ter interesse em voltar ao Brasil. O beque até negociou com o Grêmio e foi sondado pelo Inter, porém, não houve um acordo. O contrato dele termina no próximo ano e talvez o Werder Bremen tente negocia-lo para lucrar alguma coisa. Beirando os 30 anos, Naldo poderia dar também um toque de experiência para a zaga palestrina. Creio que ele poderia somar bastante, ainda mais em uma competição difícil como é a Libertadores.

Meio campistas


Felipe Melo (Juventus) – Sei que muitos vão me criticar por essa sugestão, contudo, acho que seria uma boa para o Palmeiras. Desde a última Copa do Mundo, Felipe Melo tem sido exaustivamente criticado por muitos torcedores (eu inclusive). Como torcedor da Juventus na Itália, pude acompanhar bem sua passagem pela Vecchia Signora e até antes, quando atuava pela Fiorentina. E por isso, acredito ter até uma boa base para avalia-lo. Para mim, Felipe Melo é um bom volante, que sabe marcar bem e sair jogando. Não é nenhum cabeçudo e poderia fazer o papel de cão de guarda em frente a nossa defesa, o que liberaria o Henrique para voltar para a zaga. Além disso, Marcos Assunção e Wesley (esse último quando voltar) ajudariam na composição do meio campo, tendo até de marcar um pouco menos, com um primeiro volante os cobrindo. Mas duas coisas complicam um pouco uma possível vinda do atleta. A primeira é sua personalidade. Por várias vezes, Melo perde a cabeça com facilidade. E prejudica o time. Vi muito disso na Juve. Porém, acho que Felipão conseguiria dar um jeito nisso. O segundo motivo é que, tanto ele quanto o clube não parecem estar dispostos a mais um empréstimo. Felipe quer deixar Turim. A Juventus quer vende-lo e recuperar um pouco do que nele foi investido. Seria muito difícil traze-lo, mas acho que não custa sondar.


Diego (Wolfsburg) – O Flamengo tentou a contratação do meia revelado pelo Santos e que pertence ao Wolfsburg, tendo atuado na última temporada pelo Atlético de Madrid. Isso mostra que o armador estaria disposto a voltar ao país, após uma incursão sem muito destaque pela Europa. Lá, perambulou por equipes médias, como Porto, Werder Bremen (onde jogou muito bem), Wolfsburg e Atlético de Madrid. Sua única chance em um time grande foi na Juventus, onde não se firmou e foi dispensado (injustamente na minha opinião). Aos 27 anos, Diego ainda é um jogador jovem e seria uma bela contratação para armar a equipe, pois ainda tem muito o que mostrar.

Rafinha (Coritiba) – Rafinha é um jogador rápido e bastante habilidoso. Deu muito trabalho para Juninho no segundo jogo da final da Copa do Brasil. Seria uma boa opção para compor elenco. Assim, teríamos um meia que atua pelo lado de campo e que poderia mudar um pouco a composição tática da equipe, caso fosse necessário abrir a defesa adversária.

Atacantes


Everton Costa (Coritiba) – Atuando como centro-avante nas finais contra o Verdão, Everton Costa não foi tão perigoso quanto costuma ser. Mas é um jogador interessante, que não fica preso na área, buscando se movimentar sempre para criar oportunidades. Hoje, já temos Barcos no comando de ataque e como seus reservas temos Obina, recém chegado, e Betinho, que deverá ter seu vinculo estendido. No entanto, vejo Everton Costa como uma opção interessante para compor elenco. É um atacante que poderia atuar ao lado de um centro-avante fixo, jogando mais próximo da área, e consequentemente do gol, do que Mazinho, Maikon Leite e Luan fazem atualmente. Seria mais uma opção tática no ataque.


Thiago Ribeiro (Cagliari) – Thiago Ribeiro sempre disse que gostaria de voltar ao Brasil, por conta de problemas pessoais. Mesmo assim, o Cagliari exerceu sua prioridade de compra e adquiriu o atleta em definitivo. Dificultou a situação, mas não acho que seja impossível. Talvez, um empréstimo do atacante, para que ele resolva seus problemas pessoais, seja uma boa alternativa para que o time italiano não tenha em seu elenco um jogador insatisfeito. Thiago poderia formar uma dupla interessante com “El Pirata”.


No gol e nas laterais, acredito que temos jogadores que possam suprir nossas necessidades. Mas essa não é uma lista permanente. Ela pode mudar com o passar dos dias. E você, quais jogadores gostariam de ver no Verdão?

sábado, 14 de julho de 2012

É O MAIOR, É O INVICTO, É O CAMPEÃO!!!




Foram 12 anos de espera, de angústia, de incertezas. Pode comemorar torcedor palmeirense. Somos o maior campeão nacional, os invictos e os Bicampeões da Copa do Brasil 2012. O Gigante não está adormecido e acordou para infernizar os rivais. No dia 11 de julho o Palmeiras voltou a ser o imponente, o nosso Verdão querido.

A vitória por 2x0 na Arena Barueri foi apenas o primeiro capítulo dessa final tão esperada, tão sonhada e tão almejada por todos nós. Nossa torcida fez uma festa linda e fez do acanhado estádio de Barueri um verdadeiro caldeirão. Mas ainda faltavam os 90 minutos finais. A ansiedade tomava conta de todos nós. Quem conseguiu trabalhar, pensar em outra coisa ou se distrair na última quarta-feira? Ninguém!

O tempo não passava, a cidade de São Paulo, de Curitiba e todo o Brasil entravam no clima da final. Palmeirenses dos quatro cantos desse país vestiam o manto, rezavam, faziam suas promessas...valia tudo para que a taça viesse para as nossas mãos. No anoitecer já se ouviam fogos e rojões e o coração batia cada vez mais acelerado. Já não dava mais para conter a emoção e a felicidade de ver o Palmeiras novamente em uma final nacional.

Momentos antes de iniciar a partida, os milhões de palmeirenses  já estavam vidrados na TV e os 5 mil que estiveram presentes no Couto Pereira representaram muito bem a nossa nação. Confesso que quando vi a expressão séria do Marcos Assunção na hora do hino nacional, me emocionei e tive ali a certeza de que esse título seria nosso. Com a bola rolando, percebemos muita vontade e muita raça dos nossos jogadores. Não precisava dar espetáculo, dar show e nem proporcionar um futebol arte. Queríamos apenas que o elenco tivesse orgulho de estarem defendendo as nossas cores naquele gramado. E eles tiveram, souberam respeitar a história gloriosa da Sociedade Esportiva Palmeiras. Todos foram excepcionais e resgataram o orgulho de todos os palmeirenses.


Como toda final de campeonato, não foi nada fácil conquistar esse título. O jogo foi bem disputado, tivemos chances de abrir o placar no primeiro tempo e o Coritiba nos assustou em um lance que a bola passou raspando a trave do goleiro Bruno. O tempo ia passando e coração acelerava a cada minuto. Faltavam 30 minutos para o final quando o Coxinha abriu o placar. Naquele momento, sabíamos que as dificuldades seriam imensas. A imprensa começava a sonhar com mais um gol paranaense. Nossos rivais já preparavam as piadinhas para o dia seguinte, comentaristas começavam a duvidar da nossa força. Mas nós, palmeirenses, não iríamos abandonar o time naquele momento. Os palestrinos no Couto Pereira e os Alviverdes do Brasil inteiro estavam unidos, focados, confiantes no nosso objetivo maior. Nossos jogadores sentiram essa energia e foram buscar o gol...e ele veio!
A alegria dos verdinhos do Paraná durou apenas 5 minutos. Marcos Assunção cobrou a falta e Betinho deu um leve toque na bola, suficiente para ela cair no fundo do gol. Só se ouvia um único grito no Brasil inteiro: GOOOOOOOOOOOLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLL!!!!!! A festa estava concretizada. Os minutos finais serviram apenas para o palmeirense saborear ainda mais essa conquista. Apesar das dificuldades, das lesões, das expulsões, das arbitragens desastrosas no decorrer da competição, nada iria tirar o campeonato da gente. O título era nosso, foi nosso e é nosso. PALMEIRAS BICAMPEÃO DA COPA DO BRASIL 2012!!!

A festa tomava conta em todo Brasil. Após quatro anos sem ganhar nenhum título, nós gritamos com todas as forças e comemoramos como nunca. Somos Palmeiras e nascemos para ser campeões. Rojões, buzinas e gritos de É CAMPEÃO dominavam o Brasil inteiro. O gigante voltou e o orgulho palestrino estava resgatado. Há os que diziam que o Palmeiras havia se apequenado. Tolinhos, O MAIOR DO BRASIL não se apequena, apenas tropeça. Quem dúvida do Campeão do Século XX, Campeão da Libertadores de 1999, Octacampeão Brasileiro e agora Bicampeão da Copa do Brasil não entende nada de futebol.

A comissão técnica, o elenco e até a diretoria (apesar das trapalhadas) estão de parabéns por essa conquista. Mas eu queria destacar alguns personagens que foram muito importantes nessa conquista: começo com o goleiro Bruno que assumiu o gol no decorrer da competição e teve personalidade e estrela para fechar o gol na primeira partida da final. Henrique também foi fundamental e um dos melhores jogadores da Copa do Brasil. Marcos Assunção, apesar de algumas criticas, foi espetacular e decisivo nos dois jogos finais. Valdívia foi sequestrado, xingado, execrado por boa parte da torcida, chamado de chinelinho e mercenário, mas soube provar para todos o seu amor pelo clube e que ainda nos dará muitas alegrias. Felipão foi criticado, colocado em cheque (inclusive por mim) chamado de ultrapassado e aproveitados e também calou todos. Formou novamente a família Scolari e soube comandar o grupo nesse título.


O ano de 2013 será especial para todos nós. Teremos a Libertadores e a nossa Arena pronta. Também teremos o início das comemorações do Centenário. Prepare o seu coração e a sua garganta, palmeirense. Os rivais deixaram o gigante despertar e agora não vai ter ninguém para segurá-lo. O Palmeiras está de volta e com a taça debaixo do braço. Como disse bem o São Marcos “O TERROR VOLTOU!”.
OBRIGADO, PALMEIRAS! MINHA VIDA É VOCÊ!!!!


É CAMPEÃÃÃÃÃÃÃÃÃOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO!!

Imagens: Lancenet! Gazeta Esportiva

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Uma retrospectiva: do sofrimento à glória

Somos campeões. Isso é a única coisa que consigo (ou tenho a capacidade de) dizer depois do que aconteceu em Curitiba ontem. Confesso, me faltam palavras. Ou talvez não. Talvez elas não faltem. Talvez sejam apenas insuficientes para exprimir a felicidade que não apenas eu, mas todos os palmeirenses sentimos com esse título da Copa do Brasil. Enfim, pudemos soltar o grito de "É CAMPEÃO, que estava entalado na garganta. Enfim, pudemos comemorar. Merecíamos isso. Ainda mais depois de tudo o que passamos na última década.

Aqueles palmeirenses que, assim como eu, estão na casa dos 20, 30 anos, se acostumaram a ver o clube ganhar jogos, ser campeão. Na década de 1990, com a co-gestão da Parmalat, tínhamos grandes times. Times não, esquadrões, seleções. Batíamos em todo mundo, fomos campeões de quase tudo o que disputávamos  Tínhamos orgulho de ser palmeirenses. Mas a Parmalat nos deixou. E expôs o quão preparados não estávamos para caminhar com nossas próprias pernas. Se foram as vitórias fáceis, os grandes títulos, os esquadrões e um pouco do orgulho de grande parte da torcida. E vieram as más administrações, as polêmicas, as brigas incessantes pelo poder, os vexames, as piadas.

Ah, como sofremos. A primeira década do século XXI começou ruim para o torcedor daquele que era o “Campeão do Século XX”. Eliminados pelo Asa de Arapiraca na Copa do Brasil no início de 2002, caímos, ao fim do mesmo ano, e fomos obrigados a jogar a Série B, depois de tomar de 7x2 no Vitória em pleno Palestra Itália pela Copa do Brasil de 2003 - o mesmo time baiano que fechou nosso caixão no ano anterior -, ao lado de Marilias, Joinviles, Nacionais e outros times de menor expressão no país, exceção feita ao Botafogo, outro grande acometido do mesmo mal. Conseguimos voltar, carregados por, vejam só, garotos revelados por nossas categorias de base, fugindo totalmente às características impostas pela “Era Parmalat”, onde tínhamos recursos ilimitados, como naqueles ‘cheats’ de videogame. Parecia ser este o caminho, apostar na molecada. E era. Voltamos com força e fomos até a semifinal do Paulista, onde sucumbimos perante ao Paulista de Jundiaí, que viria a ser campeão da Copa do Brasil no ano seguinte. Não desistimos, e íamos bem no Brasileirão daquele ano, o primeiro de pontos corridos que disputávamos.
Liderávamos o certame. Parecia que tínhamos voltados mais fortes das trevas da segunda divisão. Ledo engano. A diretoria, comandada por Mustafá Contursi, vendeu nosso melhor jogador. E com Vagner Love, fruto de nossa base, se foram, para a Rússia, nossas chances de título. No fim, conseguimos uma vaga na Libertadores do ano, seguinte. Nada muito animador. Fomos eliminados pelo São Paulo. O ano foi de figuração e, novamente, uma vaga no torneio continental acabou diminuindo a frustração. 

Veio então 2006 e nada que nos animasse, a não ser a volta de um ídolo. Edmundo, o animal, um dos símbolos de uma era vitoriosa, estava de volta para tentar nos guiar, ao lado de São Marcos, que nunca nos abandonou, a uma nova era de vitórias. Porém, veio outra eliminação na Libertadores para o time de Jd. Leonor e no Brasileiro... ah, o Brasileiro. Quase caímos novamente. 2007 não foi muito diferente. Foram feitas apostas em jogadores de clubes menores. Uma delas, num chileno (ou seria venezuelano) de nome Valdivia. Ninguém aqui conhecia aquele jogador cabeludo que por aqui desembarcou no ano anterior sob desconfiança. Não deu muito certo, pois voltamos a fazer figuração, além de registrar mais um vexame nos anais: eliminação para o Ipatinga, em casa, na Copa do Brasil.

'Chega logo 2008', clamávamos. E ele chegou. E trouxe um velho conhecido, o profexô Luxemburgo, que tinha nos tirado da fila em 1993 e ganhado quase tudo por aqui. Além disso, começava ali uma parceria com a Traffic, que imaginávamos seria uma nova Parmalat em nossas vidas. E tudo começou bem, com o treinador do terno e gravata nos dando o Paulista ante uma surpreendente Ponte Preta, em um time comandado por aquele chileno cabeludo, que se transformava no Mago alviverde, por um tal de Kleber, revelado do outro lado do muro, e que virava o Gladiador, pelo guerreiro Pierre, volante raçudo que sustentava o meio campo, por Henrique, nosso novo xerife na zaga, por Alex Mineiro, o artilheiro careca e por nosso São Marcos, que prometeu se quebrar todo se necessário para não perder o título. Acabava a fila, mas nem tanto. Voltamos à Libertadores no ano seguinte, de presidente novo. Luiz Gonzaga Belluzzo, economista, homem inteligente, culto, de visão, nos comandava. A Traffic abasteceu o elenco. Trouxe várias revelações para a Academia de Futebol. Cleiton Xavier, Keirrison, Marquinhos, Willians se juntavam a peças como Marcos, Pierre, Diego Souza...
Começamos bem e fizemos um belo Paulista, até sermos eliminados pelo Santos na semifinal. Mas quem se importava? Estávamos na Libertadores também, passando com sufoco pela primeira fase. Eliminamos o Sport nas oitavas com Marcos operando de seus milagres. Parecíamos ganhar força e corpo para buscar o bicampeonato. Mas paramos diante do Nacional do Uruguai, por conta de um maldito gol sofrido em nossos domínios. Restava o Brasileiro. Começamos instáveis, Luxa deu adeus após uma polemica com Keirrison e seguimos nosso caminho com o interino Jorginho. O time encorpou de vez e assumimos a ponta, com o ápice na vitória contra o Corinthians por 3x0. Jorginho deixou o comando. Muricy Ramalho assumiu. Tínhamos um bom time e que seria treinado pelo cara que tinha ganhado os últimos três nacionais. Não tínhamos como perder. Não parecíamos que iríamos perder. Mas perdemos. O time, que em certo ponto foi à Vila Belmiro e virou um jogo difícil contra o Santos e ouviu das arquibancadas o grito de ‘É CAMPEÃO’, desmoronou aos poucos. Nem mesmo a volta de Vagner Love, que parecia ter retornado para nos dar o título que foi embora com ele cinco anos antes, nem a manutenção de nossos melhores jogadores, nem ter no banco o técnico que vencera os três Brasileiros anteriores deu jeito. Nem a vaga na Libertadores vimos.

O começo de 2010 foi tenso. Muricy não resistiu ao Paulista. Veio a aposta em um ex-jogador dos tempos áureos, Antonio Carlos Zago, que também sucumbiu rapidamente aos maus resultados. A única coisa que salvou foi o início das obras para a criação da Arena Palestra Itália. Mesmo assim, ficamos sem casa. E bateu o desespero. Assim, Belluzzo resolveu apostar na volta de ídolos do clube, para tentar dar um novo rumo ao Palmeiras. Felipão, Valdivia e Kleber voltaram. Mas não deu liga, a química não aconteceu. Chegamos a semifinal da Copa Sulamericana para protagonizar mais um vexame: ser eliminado pelo rebaixado Goiás em pleno Pacaembu. Ô sina!

O ano de 2011 foi turbulento. Dentro de campo, o time não correspondia. Fora, brigas e polemicas tomavam conta. Lincoln e Felipão se estranharam. O meia se foi. Depois, torcedores bateram em João Vitor, que havia começado um tumulto com outro torcedor. Kleber tomou as dores do companheiro e brigou com Felipão. Antes, o ex-camisa 30 já vinha tentando melhorar seu contrato e falando bobagens. Acabou saindo também. O barco não tinha comando. Os dirigentes, estavam mais perdidos do que cego em tiroteio. 

Sob desconfiança, de novo, começamos 2012 e já com a noticia da aposentadoria de São Marcos. Mas apesar de tudo começamos bem no Paulista, o que nos dava uma esperança de que nesse ano iriamos ganhar algo. Contudo, no meio do caminho, apareceram as primeiras pedras e tivemos de caminhar aos trancos e barrancos mesmo, cheios de problemas, especialmente externos, como o sequestro relâmpago de Valdivia  que nos deixou em vias de perder nos melhor jogador. O chileno ficou, no entanto, e caminhou com o time. Passamos por Coruripe, Horizonte, Paraná e Atlético PR. Ganhamos confiança. Enfrentariamos o Grêmio de Luxa e de Kleber, favorito na semifinal. Os despachamos, com uma vitória lá e um empate cá. Voltávamos a uma decisão de Copa do Brasil, contra o Coritiba, quis o destino. Ah, o Coritiba. O time que tinha nos enfiado um 6x0 goela abaixo no ano anterior. Hora da vingança? Não. Hora do título.
Mas quem disse que seria fácil? Antes do primeiro jogo, perdemos Barcos, nosso artilheiro, vitima de uma apendicite. E já não teríamos Henrique, expulso, sabe-se lá porque, contra o Grêmio. Mesmo assim, vencemos em nossa casa de aluguel, a Arena Barueri. 2x0. Bela vantagem. Restava a batalha final, em Curitiba. E a encararíamos sem Barcos novamente, e agora, sem Valdivia, expulso infantilmente. Mas Henrique, voltava. Mesmo com febre e resfriado. É jogo que ninguém quer ficar de fora. É jogo para se mostrar raça, determinação, como fez Luan, que mesmo machucado permaneceu em campo. E foi o que houve. Por pouco mais de 90 minutos, os jogadores do Palmeiras mostraram um pouco da grandeza do clube, mesmo que muitos deles sejam limitados. O suficiente para empatar o jogo em 1x1, após sair atrás no placar e se consagrar campeão invicto. É, ontem pudemos gritar novamente ‘É CAMPEÃO’ após anos de sofrimento.

Todo esse tempo que ficamos a esmo e essa retrospectiva me fizeram lembrar de como tenho orgulho e amor por esse time. E torna essa conquista muito mais saborosa. Deixamos de ser motivo de piada e voltaremos a ser respeitados, a causar pânico nos rivais. Acredito que todos nós, palmeirenses, sentimos o mesmo. 

Quero deixar aqui meu muito obrigado a todos que nos deram mais um título. Há muita coisa a melhorar ainda, porém, agora teremos um pouco menos de pressão. Assim as coisas poderão fluir melhor e voltarmos a conquistar títulos a rodo, como sempre fizemos. E peço desculpas também a quem se arriscou a ler esse texto enorme. Mas precisava compartilhar isso.

O GIGANTE ACORDOU E ESTÁ SEDENTO POR TAÇAS!

terça-feira, 10 de julho de 2012

Carta aberta ao torcedor palmeirense

Caros palestrinos e palestrinas,

É chegada a hora de deixar para trás um longo, frio, escuro e tenebroso inverno. Nesta quarta-feira, em Curitiba, nós palmeirenses teremos a chance de voltar a ecoar o grito de "É CAMPEÃO!" com orgulho, com vibração, com gosto. É a chance de começarmos a exorcizar estes fantasmas que teimaram em nos acompanhar por quatro anos, desde a conquista do Campeonato Paulista de 2008, e também por toda a última década.

A batalha contra o Coritiba, aquele time que nos eliminou da Copa do Brasil de 2011, com uma goleada vexatória em seus domínios, o estádio Couto Pereira, palco desta decisão, será dura e nós sabemos disso. Mas devemos ter em mente que sairemos de lá de alma lavada, com o bicampeonato da Copa do Brasil em nossos braços. Sempre, é claro,  respeitando a equipe Coxa Branca, que fez por merecer ser nosso desafiante nesta "guerra da bola", e sem carregar aquele sentimento de vingança pelo que aconteceu no ano passado. Somos GRANDES e temos de nos comportar com tais.

Na última semana, vencemos a primeira batalha em nossa casa provisória, a Arena Barueri, que o torcedor  soube transformar em um caldeirão. Construímos uma bela vantagem. Contudo, ainda não amealhamos a guerra. AINDA. Mas acredito que iremos vence-la. Em algumas horas começaremos a batalha mais importante dos últimos anos. E não podemos sucumbir. E não vamos sucumbir. Não ficaremos no quase, como nos últimos anos. 

Nesta quarta-feira, 11 de julho, é dia de despertarmos o GIGANTE que está adormecido. É dia de dar os primeiros passos rumo a mais um século de glórias e conquistas. É o dia em que começaremos a trilhar o caminho para sermos, novamente, os "Campeões do Século". Conquistamos essa alcunha no século passado e a conquistaremos nesse também.

Quarta-feira é dia de vencer, mesmo sendo o patinho feio para muitos, mesmo tendo uma diretoria fraca e incompetente, mesmo tendo um time medíocre e um técnico ultrapassado, apesar de esses últimos terem contribuído bastante e serem os responsáveis diretos para que esse momento, enfim, chegasse. Não faltará garra e disposição em campo. E nós, 15 milhões de palmeirenses espalhados pelo mundo, sabemos disso. E apoiaremos, empurraremos o time rumo a essa conquista.

O dia 11 de julho de 2012 entrará em nossa história não apenas por ser a data em que poderemos conquistar o bicampeonato da Copa do Brasil, nos tonando o clube com maior número de conquistas nacionais na história e deixando um incomoda fila. Será o dia em que deixaremos para trás um longo, frio, escuro e tenebroso inverno por dias de sol, calor e mais tranquilidade. Esperamos e mais importante, MERECEMOS ISSO.

Força Palmeiras. Sempre estaremos contigo, ó Alviverde Imponente!

terça-feira, 3 de julho de 2012

Está chegando a hora...Haja coração!!!



Foram muitos anos de angústias, sofrimentos, esperanças, desilusões e até alegrias. Passamos horas, dias, meses aguardando que o Palmeiras renascesse das cinzas, como a Fênix. Comemoramos em 2008, mas como somos exigentes queríamos algo maior. Chegamos perto em 2009, mas desabamos em nossas próprias pernas. Apagamos da memória os anos de 2010 e 2011. Chegamos em 2012 como zebras, o patinho feio da capital. Porém, como diz o velho ditado: nada como um dia após o outro.
Estamos na FINAL DA COPA DO BRASIL!!!

É bem verdade que a mídia esportiva não está nem ligando pra isso e está tentando esconder os nossos méritos. É bem verdade que o nosso elenco não é nenhum encanto. É bem verdade que a nossa diretoria só faz lambanças, mas por 180 minutos vamos esquecer tudo isso e focarmos em um único objetivo: O TÍTULO!

Desde a classificação contra o Grêmio não pensamos em outra coisa. O nosso coração acelera só de imaginar um lance da partida de quinta-feira contra o Coritiba. A nossa ansiedade é tanta que esgotamos os ingressos para final em apenas um dia. Impossível controlar essa emoção que a muito tempo está contida, escondida no fundo da nossa alma palestrina. Está difícil de trabalhar, comer e até respirar. Palmeirense é assim: canta, vibra, empolga, xinga, comemora e vive. VIVE DE PALMEIRAS!!

O adversário é um velho algoz. Mas não queremos vingança, isso é para os pequenos e fracos. Queremos apenas o que sempre foi nosso – A GLÓRIA! Não importa o que aconteça, passaremos por cima de qualquer adversidade e de qualquer pedra no nosso caminho. Nossa história nos ensinou que não se conquista nada sem luta, sem suor e lágrimas. Passamos por anos dificílimos, mas está chegando a hora de provarmos mais uma vez que somos PALMEIRAS e nascemos para ser CAMPEÕES!

Serão 180 minutos de muita luta. A primeira em Barueri, com a nossa torcida fazendo da Arena um verdadeiro caldeirão. Depois a disputa será em terras paranaenses, tomada por palestrinos em todos os cantos. Eles saberão nos representar e mostrarão também a nossa força. Não será fácil, é verdade. O adversário tem um bom time e sabe jogar na sua casa. Mas o Palmeiras é gigante. Vamos para a batalha sem medo, sem angústia. Apenas com o desejo de vencer e de retomar uma história linda, cheia de glórias.


Teremos dois longos dias pela frente. Até lá, vale toda a nossa energia positiva e toda a nossa torcida por uma grande vitória. É o nosso momento, a nossa chance. Que Felipão tenha toda sorte e competência do mundo ao escalar a equipe. Que nossos jogadores entrem com muita raça e disposição para vencer o Coritiba. Que a vitória venha aos nossos braços e que a taça inaugure o nosso memorial na Nova Arena, em 2013. É tudo o que os 17 milhões de palmeirenses desejam nesse momento. VAMOS GANHAR, PORCOOOOOOO!!!!!


Foto: Fan Page Brahma Palmeiras