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terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Vaquinha é o cazzo!

E quando achamos que já vimos de tudo no Palmeiras, surge alguém para nos surpreender. No domingo, antes do clássico contra o São Paulo, a diretoria lançou uma campanha para que os torcedores colaborem com dinheiro para que o time possa trazer o meia Wesley, utilizando um sistema chamado crowdfunding, que consiste em um financiamento coletivo realizado pela internet. A ideia é arrecadar os R$ 21.377.300,00 necessários para a compra total do jogador, com impostos inclusos. Uma das ideias mais bizarras que vi nos últimos tempos.

Sou totalmente contra uma campanha como essa. Acredito que um clube com o Palmeiras, que tem mais de 15 milhões de torcedores espalhados pelo Brasil e pelo mundo, e que possui uma marca muito forte, não pode se sujeitar a esse tipo de situação. É muito fácil jogar para a torcida a responsabilidade de se criar recursos para a contratação de jogadores, utilizando ainda o argumento tacanho de que se a torcida quer um time forte ela tem de ajudar, como alguns vêm dizendo.

Ora, comprar produtos oficiais do time não é ajudar? Ir à jogos, pagando ingressos caros não é contribuir? Pagar todo mês para acompanhar os jogos do time pelo pay per view não é fazer sua parte? Eu acho que tudo isso é mais do que o suficiente para o torcedor.

Claro, sei que não são todos que podem comprar um produto oficial,  ir aos jogos ou assinar o pay per view, devido aos custos. Estimo que não chega a 5% o número de torcedores que fazem tudo isso pelo time, o que não gera um número tão expressivo. Mas seria apenas os torcedores inclusos nesses 5% que teriam como ajudar nessa campanha. Então, o que leva a crer que o dinheiro todo seria arrecadado? Não há como uma campanha nesse estilo dar resultado. Sem contar que doar esse dinheiro não vai trazer retorno algum aos torcedores. Acho isso tudo extremamente equivocado.

O que o Palmeiras precisa é de administradores mais profissionais, pessoas que saibam ver e criar oportunidades. Elaborar um programa de sócio torcedor decente seria uma boa saída para trazer recursos ao time. É bom para o torcedor, que teria vantagens em compra de ingressos, promoções e coisas do tipo, e para o clube, que passaria a obter uma renda mensal com tal projeto. Criar ações de marketing para expandir a marca do clube também é importante. Levar lojas e o nome do Palmeiras para várias cidades do país é um passo.

Conto um caso aqui. Moro em Mauá, cidade da região metropolitana de São Paulo. E a cidade, como várias outras médias na região, possui seu shopping center. Shopping esse que conta com uma loja do Corinthians e uma do São Paulo. Por que então não montar uma loja oficial do Palmeiras? Não seria muito mais atrativo para os torcedores do time na cidade, na região, ter uma opção como essas ao invés de lojas onde o Verdão divide espaço com rivais? Claro que seria. Os torcedores do Palmeiras não merecem ter uma opção como os rivais? Claro que merecem. Não só aqui, como em outras cidades, outros estados.

Voltando ao assunto vaquinha, como disse meu parceiro de blog Glauco Lopes, não condeno que participa da campanha. Quem acha legal e pode ajudar, que ajude. Só que eu não contribuo. Acho perigoso demais. Já pensou se tivessem feito a mesma campanha para trazer o Judas 30 e ela tivesse funcionado? Como ficariam os torcedores depois de uma saída tão conturbada quanto a dele? Sinto, mas eu não faria esse esforço por jogador nenhum, nem por aqueles que admiro e que tem identificação com o clube.

Enfim, acho que esse crowdfunding é um erro. Sem contar que pagar mais de R$ 21 milhões pelo Wesley é um tremendo exagero. Pra finalizar, acho que o Palmeiras já tem o dinheiro para pagá-lo, de forma que duvido que essa campanha arrecade todo o montante. Até o momento do fim deste post, nem 1% do valor havia sido arrecadado. O que estão tentando fazer é diminuir o prejuízo. E se isso se confirmar, a situação fica pior ainda, pois o torcedor estaria sendo enganado. Mas é puro achismo. Esperemos.

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Análise da Arquibancada: Jogão e empate. Mas poderia ter sido melhor!


Que jogaço! Assim podemos definir o clássico contra os Bambis em Presidente Prudente. O Palmeiras jogou muito bem e sempre esteve perto da vitória. Porém, alguns erros individuais (inclusive do juiz) nos tiraram uma vitória, que seria fantástica.

Nossos adversários e a imprensa sempre acham que apenas o Marcos Assunção é capaz de decidir uma partida. Essa partida mostrou que o Palmeiras tem um time competitivo e que não dependemos só do nosso volante. Daniel Carvalho marcou o primeiro gol de falta e distribuiu muito bem o jogo no primeiro tempo. Pena que cansou na segunda etapa e teve que ser substituído.

Barcos mostrou para todos os palmeirenses que tem personalidade e que joga muito em clássico. O “El Pirata” fez dois gols, sendo que o primeiro foi um golaço. Deixou os zagueiros adversários desesperados e soube aproveitar as falhas de marcação. O cara será ídolo da torcida em breve. Esperem o clássico contra os gambás.

Mas nem tudo é perfeito. Nossa zaga cometeu um erro infantil no primeiro gol doa bambis. Deixar o Cícero entrar na pequena área, livre de marcação, nem na várzea. Tem que chegar junto e tirar o perigo de qualquer forma. O Felipão deverá ficar atento com esses erros bobos que nossa zaga comete algumas vezes.
Voltamos para o segundo tempo com o placar de 2x1 ao nosso favor. Até que 4 personagens foram os principais responsáveis para não sairmos vitoriosos da partida: Cicinho, Assunção, o juiz e Felipão. O lateral cometeu um pênalti imbecíl, na cara do juiz. Um gol no início da segunda etapa que mudou os rumos da partida. No terceiro gol do time de rosa, Marcos Assunção sofreu falta do Fernandinho, muito semelhante com a que o Cicinho fez no Cortês, o juiz nada deu. Na sequência, Fernandinho passou facilmente pelo Kid e deu um chutaço para o gol, empatando a partida. Se o nosso batedor de faltas não estava bem no jogo, porque não foi substituído? E o Seneme? Porque não assinalou falta no lance anterior?

Felipão iniciou a partida com 3 volantes, colocando o João Vítor, que jogou muito bem, no lugar do Patrik. Até aí, tudo certo. Mas suas substituições foram todas equivocadas e mostraram o medo que o treinador tem de perder uma partida. Recuar o time, tirar um meia e colocar um volante é desnecessário em um clássico tão eletrizante. É o que eu sempre digo: o medo de perder tira a vontade de ganhar!

Foi uma partida emocionante. Nosso segundo clássico no ano e mostramos que não devemos nada para time nenhum. Não fossem erros individuais, teríamos goleado o adversário facilmente. O patinho feio, que no início do ano foi esculhambado pela imprensa e por alguns torcedores, começa a incomodar. E se bobearem, vamos erguer a taça do Paulistão.

WESLEY ESPERANÇA: A diretoria do Palmeiras “inovou” e lançou uma campanha de doações para conseguir dinheiro na contratação do volante Wesley. Na boa, não condeno quem queira ajudar e até compreendo tal reação da torcida. O que eu não suporto é ver um clube como o Palmeiras recorrer para esse tipo de amadorismo. Tirone e sua turma conseguem se superar negativamente. O próximo passo será colocar um chapéu na porta do Palestra para pedir as moedas dos pedestres? Na minha opinião, é uma campanha que desmoraliza o nome da Sociedade Esportiva Palmeiras e humilha o torcedor palmeirense. Se o Tirone gosta de ver o clube ser ironizado na mídia, que deixe sua cadeira presidencial e vá trabalhar no Zorra Total!
Fotos: Lancenet!

Analise do sofá - A vitória escapou

Com dois gols, Barcos mostrou que é matador. Foi o melhor em campo pelo Verdão
A cidade de Presidente Prudente viu um belo clássico ontem. Palmeiras e São Paulo protagonizaram um jogão, emocionante do início ao fim, como um clássico deve ser. No fim, 3x3 em um placar justo. Mas poderíamos ter voltado de lá com a vitória.

O Palmeiras não ganhou, na minha opinião, porque faltou um pouco mais de atitude. Clássicos são jogos que, em sua maioria, sempre são equilibrados. Vence quem está mais disposto e quem aproveita melhor os detalhes. E o Verdão acabou não aproveitando isso.

Por três vezes estivemos na frente no marcador. Prova que conseguimos criar e ter volume de jogo. Fizemos 1x0 com um belo gol de falta de Daniel Carvalho, 2x1, depois de um golaço de Barcos, e 3x2, com outro gol do "Pirata". Jogamos melhor boa parte do tempo, especialmente na primeira etapa. Mas erros bobos acabaram transformando uma vitória, que parecia estar nas mãos do Verdão desde o início do jogo em um empate que, no final, mostrou-se justo, pelas falhas que cometemos. Faltou uma certa atitude ao time para matar o jogo enquanto tinha a vantagem. Faltou aquele 'instinto assassino'. Respeitamos demais um rival que não jogava tão bem.

Além dessa falta de uma atitude matadora, os erros individuais acabaram pesando contra. No primeiro gol que sofremos, houve uma desatenção monstro da zaga. Primeiro que deixaram William José cruzar, dentro da área, para o meio. E depois, que ninguém marcou os dois jogadores que entraram, entre eles Cicero, autor do gol. O segundo, surgiu de um pênalti infantil cometido por Cicinho. E não é a primeira vez que isso acontece. No terceiro gol, faltaram estender um tapete vermelho para o Fernandinho, que fez um belo gol em um chutaço.

Em jogos como esses não se pode vacilar desta forma tão infantil três vezes. Por mais que o Palmeiras tenha construído, tenha se esforçado e mostrado que poderia sair vitorioso do confronto, esses erros individuais acabaram por prejudicar o resultado final.

Não podemos deixar também de reconhecer que o São Paulo teve seus méritos na partida. Se o time do Jardim Leonor jogou muito mal no primeiro tempo (e ainda assim fez um gol), no segundo eles melhoraram bastante, com a entrada de Fernandinho, que deu mais movimentação ao seu ataque. E acabaram marcando duas vezes. Leão soube mexer em sua equipe e acabou sendo recompensado.

Voltando ao Palmeiras, gostei da formação com três volantes. Já disse isso aqui. Prefiro que o Verdão atue assim, especialmente em clássicos, pois reforça a marcação no meio. João Vitor e Marcio Araujo foram muito bem na marcação e saindo para o jogo. Quem ficou devendo foi Marcos Assunção, que já não tem pique para marcar, fato visto no terceiro gol são paulino.

Na frente, Barcos e Maikon Leite formam uma bela dupla. O argentino se mostra cada vez mais matador e cada vez mais adaptado ao time. É uma ótima referência. E o baixinho se movimenta muito, desorganizando o sistema defensivo rival. Daniel Carvalho, enquanto aguentou, foi bem também. Quem segue devendo é o Cicinho. Faz tempo que não joga bem. O camisa 2 tem de voltar a mostrar um bom futebol, pois ganhou a sombra de Arthur.

Só para constar, houve falta de Fernandinho na jogada de seu gol. Uma falta parecida com o pênalti cometido por Cicinho. Mas o juiz não viu dessa forma. Gostaria que alguém me explicasse tal falta de critério. A arbitragem segue ridícula.

O time do Palmeiras se mostra que consegue evoluir ao longo do campeonato. Temos tudo para chegar forte na fase final. O problema é que seguimos sem elenco. No banco não havia opções para mudar muita coisa ontem. A diretoria precisa seguir contratando para termos um elenco forte. Não se ganha nada só com um time competitivo. Precisamos de opções.

Foto: Portal Terra

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Análise da Arquibancada: Empate ruim, mas sem motivos para pânico


É impossível estar 100% fisicamente e jogar bem todas as partidas do campeonato. Tropeços são comuns, principalmente em campeonatos no início do ano. Se o empate foi ruim, o torcedor palmeirense não tem motivos para se desesperar e muito menos achar que tudo está perdido.

O Palmeiras fez uma partida ruim e não soube aproveitar a fragilidade do adversário. Daniel Carvalho não jogou bem e foi bem anulado pela marcação adversária. Barcos jogou isolado na frente, mas participou ativamente do gol do Maikon Leite. O que não é aceitável é um pênalti infantil, cometido pelo Márcio Araújo. É bem verdade que o juiz era muito ruim, mas a penalidade foi incontestável, pelo menos na minha opinião.

Em um campeonato ruim como é o Paulistão, um tropeço é facilmente recuperado com uma vitória fora de casa. E convenhamos que isso não é nada complicado. Os times do interior são muito inferiores tecnicamente e o Palmeiras tem totais condições de emplacar uma sequência de vitórias e recuperar a liderança. Temos time para isso e não há motivos para pânico.

Não podemos esquecer que se classificam 8 times e ficar entre os 4 primeiros não representa vantagem nenhuma. Nos dias de hoje, jogar em casa não é vantagem nenhuma. No ano passado lideramos o campeonato inteiro, jogamos “em casa” contra os nossos rivais e fomos eliminados nos pênaltis. Culpa da FPF e seus criativos regulamentos.

O foco agora é outro: clássico no domingo e a chance de jogar uma crise para o outro lado do muro. Para isso, Felipão precisará ser mais corajoso. Jogar com 3 volantes nem sempre é necessário e o adversário precisa entender que não temos medo de ninguém. Se o Mago voltar, minha escalação ideal seria: D. Carvalho, Valdívia, M. Leite e Barcos. Mas como eu não sou o técnico e como o Felipão não gosta de jogar com dois meias...

Ao contrário de muitos por aí, eu estou muito confiante para essa partida. Se empatamos contra o fraco Oeste, vamos descontar nos Bambis do Jd. Leonor. Com Barcos e cia, vamos remar para o caminho das glórias e mostrar para os rivais que o Gigante está mais vivo do que nunca.

Ahh..alguém avisa o Casemiro que o Marcos Assunção irá jogar. O moleque já está se borrando de medo!!


Foto: Portal Terra

Analise do sofá - Empate amargo

Atacante Barcos foi um dos únicos jogadores perigosos do Palmeiras contra o Oeste
Um empate amargo. Esse é o resumo para o resultado de 1x1 entre Palmeiras e Oeste ontem no Pacaembu. Empate amargo para nós, palmeirenses, claro, que vimos nosso time jogar pior do que uma equipe que está na parte de baixo da tabela. Coisas do futebol...

Jogando de forma completamente desordenada o Palmeiras acabou aceitando o jogo que o Oeste veio proposto a fazer. Caiu na armadilha de um time que veio a São Paulo para se defender, jogando por uma bola ou outra, tentando aproveitar os contra ataques. Sem criatividade, o time pouco fez no ataque. Jogadas de perigo só com a dupla de ataque Maikon Leite e Barcos, os únicos dois jogadores lúcidos em campo.

O que mais me incomodou foi a apatia de alguns jogadores, especialmente na etapa final. Viamos uma aplicação tática, de posicionamento, nos jogadores do Oeste que acabamos não vendo nos jogadores do Palmeiras. Não havia rebote que ficasse nos pés de um palmeirense, nossos jogadores eram facilmente envolvidos durante a troca de passes dos rivais, os meias não se apresentavam para o jogo, os volantes não sabiam quem marcar, os laterais não conseguiam avançar, passes fáceis eram errados com frequência, não se chutava bola ao gol. Um jogo terrível.

Por outro lado, a equipe do interior se portou bem durante a peleja. Saiu na frente e foi leal a sua proposta. É verdade que o time de Itápolis não levou muito perigo ao gol palmeirense. Bruno, que ganhou uma chance, segundo Felipão para adquirir ritmo de jogo, trabalhou de verdade em poucos momentos. Porém, o Oeste acabou sendo melhor no resumo do jogo, tocando melhor a bola e jogando com mais velocidade e inteligencia. O que faltou para que eles saíssem vitoriosos do Pacaembu talvez tenha sido mais impeto (e qualidade, visto que o Oeste é bem limitado) em busca pelo gol.

Quanto aos gols, o do Palmeiras foi obra da dupla Barcos/Maikon Leite que como eu disse, foram os jogadores mais perigosos do time ontem. O 'Pirata' chutou da entrada da área e o baixinho, como se fosse o centroavante, conferiu o rebote do goleiro, mandando a bola pro fundo da rede. Já o gol do Oeste, que abriu o placar, foi oriundo de um pênalti, na minha opinião (e de muitos outros) inexistente. Aliás, a arbitragem, da qual detesto falar, foi muito confusa ontem. Isso mostra que o nível dos apitadores segue de mal a pior.

Claro que, o jogo de ontem não é motivo para que entremos em desespero. Parece ter sido apenas uma jornada ruim. Nem a bola parada estava calibrada o suficiente para nos proporcionar bons momentos. No meu ponto de vista, foi uma partida atípica e que geralmente acontece com times que ainda estão se ajeitando durante a competição, como é o caso do Palmeiras. E além disso há os méritos do Oeste, maiores que os deméritos palmeirenses. A perda da liderança e do segundo lugar também não abalam, afinal, o importante é estar ali, no bolo, próximo dos primeiros lugares.

Domingo é dia de clássico contra o São Paulo. Partida que pode voltar a alavancar o moral do time em caso de vitória. Está aí mais uma boa chance para o time do Palmeiras mostrar que está no caminho certo.

Foto: Portal Terra

sábado, 18 de fevereiro de 2012

Análise do sofá - Mais uma vitória pra nossa conta

Hoje não me estenderei em textos sobre o o jogo de ontem entre Palmeiras e Guaratinguetá. Farei apenas rápidos comentários sobre o triunfo que nos consolidou como líderes do campeonato.

O jogo não foi fácil. Apesar de ter mais volume de jogo, o Palmeiras encontrou dificuldades para superar a retranca do Guara. O meio campo esteve bastante congestionado, dificultando o trabalho dos meias, especialmente de Daniel Carvalho, que esteve sumido em campo. A melhor válvula de escape era a velocidade de Maikon Leite.

Além de tudo, saímos atrás no placar, após um belo chute de Pio na gaveta. Estava difícil empatar até que em um escanteio cobrado por Marcos Assunção, a bola sobrou para Artur empatar, marcando seu terceiro gol em três jogos. Um ótimo aproveitamento para o lateral, que teve de sair logo em seguida, contundido.

Como disse, a principal válvula de escape era a velocidade de Maikon Leite. E foi ele que construiu a jogada do segundo gol. Pela direita, ele cortou o zagueiro e na hora do chute foi derrubado na área. Pênalti e expulsão do zagueiro. Barcos cobrou e virou.

No segundo tempo, com um a mais, o Palmeiras passou a prender ainda mais a bola, tendo mais volume do que os rivais. Porém, sem conseguir agredir o Guara para matar de vez a partida. O time do interior, por sua vez, tentava contra atacar. O jogo ficou morno. Mas aos 31 da etapa complementar, nova expulsão para um jogador do Guaratinguetá, em outra falta em Maikon Leite. Com 11 contra 9, o Verdão foi pra cima e aos 41, sacramentou sua vitória com um belo gol de João Vitor.

O Guara ainda descontou no último lance do jogo, novamente com Pio, desta vez em cobrança de falta. Deola falhou no lance.

O Palmeiras se mostra cada vez mais ajeitado. A dupla Barcos e Maikon Leite tem funcionado bem e os volantes e laterais estão jogando de forma segura. A zaga e Deola ainda dão sustos em alguns momentos e os meias precisam se apresentar mais para o jogo. E o time não pode ter medo de ir pra cima e matar as partidas, para não passar sufoco.

De resto, o Verdão tem se comportado bem. Agora é manter a boa fase e a confiança. Temos o Oeste no meio de semana e o clássico com o São Paulo no outro domingo. Dois jogos para confirmarem a ótima fase que vivemos.

Foto: Portal Terra

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Luan e as implicações de sua ausência

Dores no pé podem afastar Luan por até dois meses, caso seja necessária cirurgia
Luan é o mais recente desfalque do Palmeiras. Titular absoluto do atual time, o camisa 11 tem sofrido com dores no pé esquerdo e poderá ser submetido a uma cirurgia para solucionar o problema. Caso seja operado, Luan perderá o restante do campeonato Paulista, o que suscita uma pergunta: sua ausência será boa ou ruim?

Não é segredo para ninguém que grande parte da torcida palmeirense (e eu me incluo nesse rol) não morre de amores por Luan, exatamente por essa limitação técnica que ele apresenta. Apesar de ser muito esforçado, com a bola nos pés ele pouco produz, errando passes, dribles e chutes a gol. Isso acaba por irritar muita gente que gostaria de ver um jogador de melhor qualidade entre os titulares. Por isso, alguns torcedores comemoraram o fato de ele estar lesionado (e eu não me incluo nesse rol) e acreditam ser melhor não contar com o futebol dele.

Contudo, sua aplicação tática é um grande diferencial para que ele esteja sempre entre os 11 titulares. E não é apenas Felipão que gosta e elogia o camisa 11. Já vi outros técnicos destacando exatamente isso em seu futebol, além do seu porte físico. Luan é um jogador voluntarioso que muitos treinadores gostariam de ter em seus times. Seu senso tático e de posicionamento, inclusive, ajudaram bastante o Palmeiras no Brasileirão de 2011. Não podemos nos esquecer de que ele foi o nosso artilheiro na competição nacional. 

No meu modo de entender, acredito que Luan seja sim importante taticamente e fará falta para o time pois a equipe já está acostumada com sua forma de jogar. Além de voltar e ajudar na marcação, impedindo muitas vezes que o lateral rival ataque, Luan atua em mais de uma função no mesmo jogo, ora atuando como meia aberto pela esquerda, ora jogando como segundo atacante.

Como meia, ele volta para auxiliar os defensores. É bom lembrar que os atacantes e o meia de criação, que pode ser Valdívia ou Daniel Carvalho, não marcam, que Marcos Assunção já não tem idade para correr atrás dos meias rivais durante os 90 minutos, que nossos laterais atacam bem, mas pecam na defesa e que dessa forma, temos apenas o Marcio Araujo, que também não é um cão de guarda, para correr o campo todo, cobrindo espaços. É aí que entra o Luan, ajudando a cobrir espaços que por ventura possam existir.

Já como atacante, por mais que seja limitado, ele até faz seus golzinhos, que ajudam bastante em momentos difíceis. Por mais que tenha suas limitações, Luan cumpre bem seu papel. E por mais que ele desagrade a torcida e não valha, na minha opinião, os R$ 7 milhões nele investidos, temos que admitir sua importância.

Outro fator que demonstra seu bom papel é que não temos no elenco jogadores que atuam na mesma faixa de campo que ele. Um jogador que tem características semelhantes é o Tinga. Só que ele atua pelo lado direito e não vem tendo jornadas felizes com a camisa do Verdão. Patrik pode atuar na mesma faixa, também preferindo o lado direito, como vem acontecendo nas últimas partidas. Até mesmo Maikon Leite pode ser considerado um substituto, deixando o time mais ofensivo. Porém, nenhum deles faz essa função tão bem quanto Luan.

O que pode mudar com a saída do camisa 11, é que o Palmeiras ganhe em versatilidade. Sem a presença dele, Felipão terá a oportunidade de testar novos esquemas táticos, como por exemplo com a entrada de mais um volante, para ter um time de mais pegada no meio campo; de mais um meia, que deixaria o time mais criativo; ou até mesmo de outro atacante, o que pode por vezes pode ajudar o time em determinadas partidas. É uma chance de montar um time que não fique engessado a apenas um padrão de jogo. Ter essa versatilidade para se mudar de esquema com a troca de algumas peças de características diferentes é fundamental, pois isso muda os rumos de alguns jogos, surpreendendo os adversários. E a hora de testar isso é agora, durante o Paulista, quando enfrentamos times fracos.

O ideal seria que tivéssemos um jogador com essa capacidade tática do Luan mas com mais qualidade técnica. Vejo no Wesley exatamente esse jogador. Mas ele ainda não é atleta do Verdão. Caso ele chegue, acredito até que haja uma possibilidade do Luan deixar o time titular assim que tiver condições de jogo, vai saber. Mas enquanto isso não acontece e por mais que tenhamos birra do Luan, devemos reconhecer que ele realmente desempenha um papel fundamental no atual esquema tático imposto pelo Felipão. Luan é uma boa opção de elenco, isso é inegável.

Foto: Portal R7

domingo, 12 de fevereiro de 2012

Análise da Arquibancada: Uma vitória para ninguém botar defeito

Os palmeirenses já estavam desacostumados em ver uma vitória tranquila, sem sustos, com o time bem e articulando bem as jogadas. E foi exatamente dessa maneira que fizemos mais uma vítima nesse campeonato Paulista. A vitória por 3x0 diante do Ituano mostrou que nosso time, além de vontade, tem qualidade.

Barcos, pela primeira vez, iniciou a partida como titular. Fez boa jogada que originou o gol de Patrik e fez o seu gol com bom posicionamento dentro da área, como todo bom atacante deve fazer. Além disso, driblou, marcou e foi muito perigoso nas jogadas aéreas. Em 90 minutos conseguiu conquistar a torcida do Palmeiras, que vê nele a esperança de gols e de uma época de glórias.

Daniel Carvalho foi bem, mas o gramado pesado por conta das chuvas atrapalhou um pouco seu rendimento. Marcos Assunção jogou muito bem. Eficiente nos lançamentos e nas bolas paradas. Henrique foi um mostro na zaga. Tirou todas e cometeu poucas faltas. Cicinho foi bem e seu reserva, Artur, foi melhor ainda. Marcou o terceiro gol e decretou mais 3 pontos para o Alviverde.
Felipão escalou bem a equipe e fez as substituições corretas. Já estava na hora de deixar sua teimosia de lado e agradar um pouco a torcida do Palmeiras. Só espero que continue assim, pois o time foi veloz e objetivo, além de muito bem na marcação. Uma vitória para ninguém botar defeito, nem os “corneteiros” de plantão. Um resultado que da tranquilidade e embala o time rumo a classificação para a próxima fase, que convenhamos, não é mais do que a obrigação dos times grandes.

No sábado chuvoso em São Paulo, quem comandou foi o Palmeiras de Barcos. Se reclamamos muito no início da temporada, as coisas começam a mudar de figura. Vejo o time altamente competitivo e com a chegada de Wesley, poderemos ter um dos melhores times do país. Quem não queria ter Henrique, Cicinho, Assunção, Valdívia, Daniel Carvalho e Barcos no seu time? Ainda temos Juninho e Maikon Leite que são bons jogadores. Se o Felipão usar a cabeça, seremos favoritos em qualquer competição.

O próximo jogo é contra o fraco Guaratinguetá. Temos totais condições de vencer e manter a liderança. Agora é o momento de aproveitar a boa fase e deslanchar na competição. Enquanto nossos rivais são beneficiados pela arbitragem e lamentam a ausência de um certo atacante (mas eles não tem o melhor elenco do país?), o Palmeiras vai comendo pelas beiradas. Quando todo mundo menos esperar, estaremos na briga pelo título.

Falando em título...Não vejo ninguém na nossa frente! #PalmeirasLíder
Fotos: Lancenet!

Analise do sofá - Vencendo e ganhando confiança

Argentino Hernan Barcos marcou seu primeiro gol com a camisa do Palmeiras
O Palmeiras venceu - e bem - o Ituano ontem no Pacaembu. Debaixo de chuva, mas com um razoável público, o Verdão soube se impor, oferecendo muito perigo ao fraco time de Itu e sem levar muitos sustos. Uma vitória de um time que vem crescendo, que aos poucos vai encontrando uma forma de jogar e que fica mais confiante a cada rodada.

Novamente, o fiel da balança acabou sendo a bola parada. Com duas assistências de Marcos Assunção, o Palmeiras sacramentou uma vitória que teve início cedo. Logo aos sete minutos, Maikon Leite brigou e ganhou a bola na lateral e cruzou para a área, em busca de Barcos - que fez sua estreia como titular - que fechava no segundo pau. O goleiro do Ituano rebateu pro meio da área e Patrik, de cabeça, fez 1x0. Aos 22, foi a vez de Barcos marcar pela primeira vez com a camisa do Verdão. Assunção cobrou falta que passou por todo mundo, menos pelo argentino, que também de cabeça guardou. O terceiro tento veio em outra cobrança do Assunça, agora de escanteio, e também aos 22 minutos, só que do segundo tempo. Artur desviou dando números finais ao jogo.

No entanto, apesar da vitória ser garantida só depois que Marcos Assunção entrou em ação, o que se viu ontem foi um time mais agudo, mais decidido. Coisa que agrada o torcedor. E que mostra um aumento na moral de nossos jogadores.

O Palmeiras melhorou bastante o quesito atitude e procurou a vitória desde o início. Com Maikon Leite e Patrik se movimentando bastante, com os laterais apoiando quando possível e com Barcos sendo a referência do time no ataque, o time soube explorar as fragilidades do Ituano. Se a bola parada continua decidindo, pelo menos já se busca alternativas para não depender apenas dela. O placar poderia até ter sido maior. E é isso o que o time precisa. Ter atitude e ir pra cima dos times pequenos.

Mesmo que o Ituano não seja parâmetro para analisarmos uma vitória, fica evidente uma mudança de postura. Isso é coisa que acontece quando um time tem confiança. É para isso que servem esses jogos. Para elevar o moral do time.

Não vejo o Palmeiras com um elenco sensacional. Mas o time, os 11 titulares e alguns reservas, mostram que podem beliscar algo aqui ou ali. Esse Palmeiras parece ser melhor do que uma semifinal de Paulista, do que uma quarta de final de uma Copa do Brasil, ou do que um pífio 11º lugar no Brasileiro.

Sobre o jogo, gostei bastante do "Pirata". Deixou uma boa impressão logo de cara, com gol e jogadas inteligentes. Temos de ser cautelosos e esperar para vermos como ele se adaptara, especialmente em jogos mais difíceis. Porém, ele parece ser a referencia que tanto procurávamos. Destaque também para Artur. Um jogo e meio e dois gols. Bastante para um lateral que já foi zagueiro. Bom substituto pro Cicinho, que não joga contra o Guaratinguetá.

Números curiosos: dos 14 gols do Palmeiras no campeonato, 9 sairam dos pés do Assunção. Três gols e seis assistências. O camisa 20 é fundamental para o sucesso do time.

Foto: Portal Terra

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

E o torcedor, como fica?

Na última semana o Palmeiras enfrentou o Santos em Prudente. Dia 26 é a vez do São Paulo
O Palmeiras enfrentará o São Paulo, no próximo dia 26 de fevereiro. Mas é bom que o torcedor da capital, da Grande São Paulo e até do litoral, não se anime para ver esse jogo in loco, pois ele não acontecerá por aqui. Já está definido: o primeiro Choque-Rei de 2012 acontecerá na longínqua e quente Presidente Prudente.

Antes de discorrer sobre o tema, quero deixar claro que nada tenho contra a cidade de Presidente Prudente e que este não é um post bairrista, em favor dos torcedores da capital em detrimento dos torcedores do interior. Não quero entrar no mérito de merecimento ou não desse ou daquele torcedor em ver determinadas partidas. Particularmente, gosto de ver o Palmeiras mandando alguns jogos no interior. Nossa torcida é muito grande por lá e eles também têm o direito de ver jogos in loco, inclusive clássicos. Dito isto, vamos aos fatos.

Por que jogar contra o São Paulo em Prudente? Está aí uma boa pergunta. E que não tem uma resposta plausível ao meu ver. Não há nada que impeça a partida de ser realizada na capital. O Pacaembu, palco do último embate entre os times, estará disponível, pois o Corinthians joga no sábado. E além disso, há a Arena Barueri, que pode comportar tal peleja. Ou seja, estádios não faltam e segurança também não. Sempre são montados esquemas especiais para jogos desse porte, sem contar que confusões podem acontecer aqui ou em qualquer lugar.

Comissão técnica e jogadores, também devem preferir atuar por aqui. Ir para Prudente é desgastante. A cidade fica mais distante da capital do que o Rio de Janeiro, por exemplo, o que torna a viagem longa e cansativa. Sem contar o calor absurdo daquela região. Não é fácil viajar tanto e ter de atuar debaixo de um sol escaldante às 16h. Sempre há reclamações.

Por isso, não vejo motivos para jogar tantos clássicos no interior. Por mais que a torcida de lá compareça e que o retrospecto nos seja divinamente favorável quando atuamos em Presidente Prudente, não se pode ficar levando os clássicos sempre pra lá. No último domingo jogamos contra o Santos na mesma Prudente. Um clássico que poderia ter sido muito bem jogado no Pacaembu ou em Barueri. Está certo que o mando era dos santistas e eles fazem o que quiserem com ele. Mas agora que temos a oportunidade de escolhermos o local do próximo clássico, voltamos para Prudente? Não me parece justo. 

Em menos de um mês a cidade sediará dois clássicos em que o Palmeiras estará envolvido. Sem contar nos jogos dos últimos anos, contra o Corinthians. E o pior é que ninguém explica qual critério é utilizado para se tomar essas decisões. Aliás, nem é preciso. A imagem que essas decisões passam é que tudo isso é picuinha, jogo político, o que é revoltante.

E quem acaba pagando o pato por isso é o torcedor da capital que tem de roer o osso contra Mogis e XVs da vida e acaba ficando sem poder desfrutar do filé-mignon. Todos sabemos que o grande atrativo do fraco Campeonato Paulista são os clássicos, jogos onde a rivalidade entre torcida e jogadores se afloram. As outras partidas do campeonato são meros engôdos. 

Repito: nada tenho contra as cidades do interior e sou favorável que o Palmeiras faça 'tours' por algumas delas, com jogos menos importantes e um ou outro clássico por ano. Mas acho que os clássicos, em sua maioria, têm de ser disputados por aqui. Infelizmente, não é isso o que está acontecendo.

Horários ridículos

Outra coisa que incomoda são os horários dos jogos de meio de semana. Jogos em plena quarta-feira às 22h são inaceitáveis. Sabemos que tal discussão não é nova e que dificilmente veremos uma solução cabível para o problema em curto prazo, pois há o desejo de muita gente poderosa por trás disso.

Mas é ridículo que jogos sejam marcados nesse horário, para agradar a alguns poucos, sem se pensar no bem estar do torcedor. Quem vai a jogos nesse horário e depende do transporte público sofre para conseguir voltar para casa, pois o funcionamento de ônibus, metro e trens termina justamente quando o jogo também acaba.

Por isso temos visto médias de público miseráveis em jogos de semana. O torcedor também trabalha, também tem de ter seu momento de descanso e merece ser respeitado. Pena que quem comanda o futebol brasileiro não pensa nisso.

Foto: Portal Terra

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Analise do sofá - Vitória sofrida, mas importante

Vitória sobre o XV de Piracicaba ajuda Palmeiras a manter a boa fase
Palmeiras 3 x 2 XV de Piracicaba. Esse foi o resultado final da partida de ontem no Pacaembu. Um jogo com várias experiências e com um placar que indica bem o que foi a partida. E que põe o Verdão, momentaneamente na liderança do Campeonato Paulista. Um bom resultado, no fim das contas.

Para a partida desta quarta-feira, Felipão resolveu fazer algumas mudanças no time, poupando jogadores que, na teoria, são os titulares. Assim, Cicinho, Leandro Amaro, Juninho e Luan deram lugar a Artur, que fez sua estreia, Mauricio Ramos, Gerley e Maikon Leite. Valdívia, machucado, deu lugar a Daniel Carvalho. O time também abandonou o esquema com três volantes para atuar com dois meias, tendo Patrik entrado no lugar de João Vitor, em relação a partida de domingo.

Com novos jogadores e de volta com o esquema antigo, o Palmeiras não teve muitas dificuldades de se impôr no início, apesar do XV ter um contra-ataque perigoso. Daniel Carvalho começou o jogo bem, tentando criar no meio, enquanto Maikon Leite e Patrik se movimentavam mais à frente. O que ficou faltando foi uma chegada mais incisiva dos laterais, principalmente de Artur, tímido por conta da estreia, imagino. Contudo, isso não acabou fazendo falta para que o camisa 83 abrisse o placar, aos 15 minutos em belo lance individual e que contou com boa movimentação dos avantes. Fernandão fez o pivô, Patrik tocou rápido para que Daniel Carvalho invadisse a área e marcasse, enquanto Maikon Leite se movimentava, puxando a marcação.

Mas a partir disso, o Palmeiras deu uma relaxada, que não pode acontecer. Contra equipes menores, tem de se aproveitar um gol para fazer o segundo, e depois o terceiro, matando assim o jogo. Se isso não acontece, o time fica exposto a uma fatalidade, a uma bola parada, a uma falha individual. Foi o que aconteceu aos 31 minutos. Em cobrança de falta, Ricardinho, do XV, cruzou a bola na área. Deola saiu mal e foi encoberto. 1x1, após falha clamorosa de nosso arqueiro (falo mais disso para o fim).

Com a igualdade, o Palmeiras tinha de ir pra cima no segundo tempo. E aí, surge Kid Assunção. De falta, logo aos dois minutos ele desempata. O XV vai novamente em busca da igualdade, com Mauricio Ramos, contra, aos 27. Mas aos 29, Assunça coloca a bola na cabeça de Artur, que dá números finais à peleja.

Vamos aos fatos então. O resultado de ontem foi ótimo por dois motivos. Primeiro, porque jogamos sem cinco jogadores que vinham atuando como titulares. Com tantas mudanças, não dá pra ficar cobrando entrosamento. Por mais que não tenha gostado do desempenho defensivo do time, que bateu muita cabeça e deu espaços em demasia para o time interiorano, especialmente em contra-ataques, temos de relevar. Além de ser a primeira vez que essa linha defensiva atuou junta, tínhamos estreia e jogadores que sequer haviam atuado no campeonato. Passa.

O segundo motivo é porque uma vitória é sempre uma vitória. E liderança momentânea a parte, o importante é manter o bom momento. Ainda estamos invictos e já somamos três vitórias consecutivas. O time vem crescendo de produção.

Sobre a(s) falha(s) de Deola. No primeiro gol não há o que discutir. Falha grave. Aliás, o nosso goleiro tem um sério problema em saídas de gol (e em reposições também). Ele passa muita insegurança nessa parte e não é de hoje. É uma falha que precisa ser corrigida. E que não é exclusiva dele. O Bruno também não sai tão bem do gol, apesar de ser melhor nessa parte e até o Marcos falhava nesse tipo de lance. Isso tem de ser trabalhado no dia a dia. A defesa tem que contribuir também e subir para cortar cruzamentos. No segundo gol, não achei que ele tenha falhado tão clamorosamente. A zaga não ajudou, primeiro permitindo o rebote e depois não cortando o cruzamento. Mas o Deola poderia ter ido mais decidido pra dividida também.

Entretanto, não o acho fraco tecnicamente, como pode-se dizer por aí e não apoio sua saída do time, mesmo que seja para um teste do Bruno. Goleiro precisa de ritmo de jogo e confiança. Tirá-lo agora, só o queimaria, o que é desnecessário. Além disso, se o Bruno entra e falha, vão cair em cima dele também. E lembrem-se: é difícil substituir São Marcos. É um fardo muito grande, seja pro Deola, seja para o Bruno ou para qualquer outro.

Quanto às estreias, gostei do Artur. Apesar de tímido, da falta de entrosamento e da zaga não ter tido uma noite lá muito feliz, ele mostrou oportunismo para marcar o gol da vitória. Pode ser um bom reserva para o Cicinho. Já "El Pirata" Barcos jogou pouco tempo. Mas mostrou que pode ser um bom pivô e ajudou na defesa, quando o XV pressionava.

O Palmeiras tem mostrado evolução nesse campeonato. Ainda precisamos de reforços, a novela Wesley já começa a se estender e os bastidores são sempre confusos. Mas as perspectivas é de que sejamos cada vez mais competitivos. Ainda bem.

Foto: Portal Terra

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Wesley: possível bom reforço, apesar do alto investimento

Wesley não se deu bem na Alemanha e sequer estava sendo relacionado para os jogos
Não é mais segredo pra ninguém que o Palmeiras tenta a contratação do volante/meia Wesley, revelado pelo Santos e atualmente no Werder Bremem. Segundo se noticia por aí, alguns pequenos detalhes e a chegada do jogador ao Brasil para a realização dos exames médicos são os únicos empecilhos para que o Verdão o anuncie como reforço. O negócio já é dado como certo.

E com a iminente chegada de Wesley ao Palestra Itália, proponho duas discussões: será que o jogador vale tudo isso que está sendo investido nele e qual será sua utilidade no atual elenco alviverde. Vamos lá.

De acordo com os noticiários, o Palmeiras está pagando € 6 milhões na compra do jogador junto ao clube alemão. Convertendo tal valor para nossa moeda, o investimento é de R$ 13,8 milhões. Um exagero na minha opinião. Por mais que ache Wesley bom jogador, que acredite em sua utilidade no elenco(falemos disso mais abaixo) e que, por ser jovem, poderá ainda trazer algum dinheiro em caso de venda, pagar uma quantia tão alta por ele é complicado.

Alguns podem pensar "pô, essa diretoria nem pra conseguir um desconto nessa compra". Mas não acho que seja por aí. Sim, acredito que com uma negociação melhor trabalhada, o valor poderia ter sido menos pesado para os cofres do clube. Li no blog do Perrone que o Atlético MG estava tentando uma negociação com Wesley e pagaria € 4,5 milhões para o clube alemão, que teria pedido € 5,2 milhões para vender o atleta. Não sabemos até onde isso tudo é verdade, mas se for, beira até a loucura pagar tanto em apenas um jogador que vem para somar e não resolver. Isso sem contar salários.

Porém, credito esse (e outros) gasto à inflação que o futebol vem sofrendo ultimamente, especialmente aqui no Brasil. Com patrocínios cada vez mais pomposos, com o aumento na cota da TV e com alguns times utilizando-se bem de seus departamentos de marketing para arrecadarem mais verbas, acaba-se passando a impressão de que os clubes estão nadando em dinheiro. É só prestar a atenção no noticiário esportivo e ver que estão pedindo absurdos nas negociações e se pagando salários astronômicos para jogadores apenas medianos. A saída para os clubes é passarem a investir nas categorias de base, que possuem custos menores e podem render bons frutos em médio prazo.
No Palmeiras, o jogador poderá chegar e já ocupar a titularidade na equipe
Como disse, acho esse investimento no Wesley bastante considerável. Contudo, é a nova realidade do futebol.

Passando da parte de valores para a parte técnica, apesar do alto investimento, Wesley é um ótimo reforço. Podendo atuar tanto de volante como na meia, ele tem tudo para chegar e já ser titular. Acredito que, sabendo da vinda do jogador, Felipão já experimentou uma escalação com 3 volantes contra o Santos pensando em encaixá-lo no time. E nesse esquema ele tem tudo para dar certo.

Pelo que me lembro de suas atuações pelo Santos, que tinha do meio pra frente Arouca, Ganso, Robinho, Neymar e André, Wesley tem bom toque de bola e boa chegada à frente. Atuou até de lateral-direito em boa parte dos jogos, o que mostra sua polivalência. Em um hipotético time do Palmeiras com sua presença, ele atuaria no lugar de João Vitor, podendo se revezar com Marcos Assunção nas saídas de bola e marcação. Com três volantes, repito, o time poderia até ter Valdívia e Daniel Carvalho juntos e Barcos mais adiantado. Wesley também poderia ocupar o lugar que hoje é de Luan também, jogando um pouco mais adiantado.

Como vemos, Wesley pode ser uma peça bem importante para o Palmeiras. Sua chegada aumentará o leque de opções no time, fortalecendo o elenco. É dessa forma que o Palmeiras tem de trabalhar, reforçando o grupo. Espero que tudo corra bem e que Wesley seja anunciado logo.

Fotos: Portal R7 e Reuters

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Análise da Arquibancada: O Palmeiras virou e o Neymar chorou!

Não há como negar, Presidente Prudente virou a segunda casa do Palmeiras. Nos últimos anos, Corinthians, São Paulo e Santos foram presas fáceis para o Alviverde, no interior paulista. E nesse último domingo não foi diferente. Além de vencermos o “imbatível” time santista, estragamos o aniversário do Neymar e sua conquista do 100º gol na carreira. Quem sabe se ele fosse menos mala, os Deuses do futebol jogassem ao seu favor, não é mesmo?

Mais uma vez, Valdívia foi vítima de um rodízio de faltas que culminou em sua substituição, pois lesionou o tornozelo e o músculo da coxa direita. Se fosse outro jogador, a imprensa, a CBF, o exército e o país inteiro teriam feito uma campanha contra os agressores. Até quando vamos aceitar passivamente que prejudiquem o melhor jogador do nosso elenco? Nossa torcida não pode cair nas artimanhas de certos formadores de opinião.

O Palmeiras dominou boa parte da partida. Não fomos brilhantes no ataque, mas nossa marcação foi eficiente e nossos zagueiros souberam anular Ganso, o menino chorão e o Borges. Falando nisso, o atacante do Santos jogou? Acho que nem tocou na bola. O badalado ataque adversário só conseguiu marcar o seu gol graças a única bobeada do nosso setor defensivo. Não por acaso, quem falhou foi o Luan. Mas o Felipão parece que morre de amores pelo camisa 11.

Depois do gol santista, Felipão resolveu mexer no time. Colocou Maikon Leite e Ricardo Bueno, jogando com três atacantes nos minutos finais. A vitória parecia estar cada vez mais longe. Até os 42 minutos da etapa final estávamos perdendo o jogo. Mas é claro que em clássico prevalece o time grande e de maior tradição. Bastaram 3 minutinhos para virarmos a partida e matarmos o jogo. Primeiro em uma jogada bem conhecida e cada vez mais mortal: bola lançada na área e Fernandão cabeceando para o fundo do gol. Depois, contamos com a sorte e com o desespero do marcador adversário que mandou a bola para a rede.

Resultado justo, merecido e de certa forma corriqueiro. Historicamente, somos a maior pedra no sapato do Santos. Desde a época do Pelé. Uma vitória mágica, suada e que dará muita moral para a sequência da competição. Com a estreia dos novos reforços e com a chegada de Wesley, começo a ficar otimista quanto ao nosso futuro. Parece que a sorte e os dias de glórias estão voltando.

Nosso novo patrocinador deu sorte e percebeu que o Palmeiras é um time gigante, capaz de bater até o vice-campeão mundial. Se o aniversário era do Neymar, quem comemorou foram os palmeirenses. Para o jovem craque (mala), restaram apenas as lágrimas e a sensação de que o Palmeiras é o seu verdadeiro bicho-papão.

#ForzaPalestra #ChoraNeymar

Fotos: Lancenet!

Analise do sofá - Virada em três minutos

Fernandão comemora o gol de empate do Palmeiras diante do Santos
Neymar é a grande estrela, o grande craque do futebol brasileiro atualmente. E não é pra menos. O menino joga muita bola e tem carisma. Tem seus passos vigiados como nenhum outro jogador no país. E ontem, os holofotes novamente estavam sob ele, duas ou três vezes mais forte do que de costume. Ele jogaria um clássico no dia em que completava 20 anos e podendo marcar seu centésimo gol como profissional. Seria um presente e tanto para o camisa 11 santista. Só esqueceram de combinar com o Palmeiras.

O jovem atacante até fez sua parte. Abriu o placar, de cabeça, após cobrança de falta de Ganso. E tudo parecia se encaminhar para uma vitória do time do litoral. Mas bastaram três minutos para que o Palmeiras virasse um jogo que estava praticamente perdido. De cabeça, Fernandão empatou, aos 43. E aos 46, Juninho cruzou, a bola desviou em Maranhão e entrou. 2x1 Verdão. E placar justo, diga-se.

No último texto que escrevi, sobre a vitória contra o Mogi Mirim, alertei que a tática que o Palmeiras vem utilizando, de não se expor muito, mesmo contra adversários inferiores, poderia funcionar contra o Santos, time que tem bom toque de bola e jogadores habilidosos. E não deu outra. Além de se defender com competência, o Palmeiras teve mais volume do jogo do que o rival, criando as melhores chances de gol.

O principal destaque para o triunfo deste domingo foi uma pequena variação tática implantada por Felipão. O time deixou de atuar com um meia aberto pela direita (Tinga, Maikon Leite e Patrik passaram pela posição) e passou a jogar com um volante a mais, no caso, João Vitor.  Acredito que esse fator tenha sido a chave para a vitória.

Antes que comecem a dizer que esse novo esquema é muito retranqueiro, quero dizer que concordo com o que foi feito e manteria o time nesse padrão. Apesar de termos três volantes em campo, um deles é Marcos Assunção, que pode fazer até o papel de um meia, sendo adiantado. É bom lembrar que o Assunça tem um bom passe e um chute mortal de média e longa distâncias. Assim, ele poderá tirar proveito dessas qualidades, além de dar o primeiro combate, sem precisar ter de ficar os 90 minutos correndo atrás dos adversários.

Logo atrás, teríamos Marcio Araújo e João Vitor, fazendo os papeis de destruidores de jogadas. Ambos são jovens e têm folego para tal. Sem contar que Araújo ainda dá aquelas arrancadas pro campo de ataque, sendo um bom elemento surpresa. Dessa maneira, o time passa a ter mais 'pegada' no meio campo, dando mais liberdade para os atacantes. Pode até ser que o esquema livre a 'obrigatoriedade' de se ter o Luan em campo, podendo ser uma oportunidade para vermos Valdívia e Daniel Carvalho juntos. Aparentemente, essa tática será o futuro do time, talvez com uma peça diferente (falamos disso amanhã).

Com essa nova disposição em campo, o Palmeiras dominou a partida de ontem, mostrando que pode jogar de igual para igual com qualquer time no Brasil. Para mim, o Santos é o melhor time do país e é sempre perigoso, seja fazendo apenas seu segundo jogo no ano, seja fazendo o vigésimo. Portanto, não adianta dar a desculpa que o time está voltando agora. Além de marcar bem as principais armas santistas, o time mostrou volume de jogo, pressionando e atacando o rival. Nem parecia o time que vinha passando apuros contra adversários mais frágeis.

Gostei muito de Daniel Carvalho, que foi mais efetivo do que vinha sendo o Valdívia, que saiu machucado, e da atuação defensiva do Cicinho, obrigado a marcar o Neymar. Mas o time todo está de parabéns.

É claro que nem tudo está perfeito após essa vitória. Ela não apaga o que ainda há de falhas, como por exemplo a pontaria de nossos atacantes, que precisa melhorar. Mas no geral, o time se apresentou bem. Tem de manter o ritmo contra s próximos adversários.

A vitória em um clássico sempre traz mais moral e um clima de mais tranquilidade. Será melhor para trabalhar para o decorrer do campeonato. E que essa tranquilidade que virá nas quatro linhas alcance os bastidores...

Foto: Portal Terra

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Análise da arquibancada: O Assunção salvou!

O futebol é imprevisível e normalmente faz com que constatações feitas por torcedores, jornalistas e comentaristas caiam por terra. Na semana passada, sugeri que o nosso treinador tirasse o Marcos Assunção da nossa equipe titular, pois o volante não armava, não marcava e suas cobranças de falta já não eram tão decisivas. Uma semana depois, ele marca dois gols, salva o Palmeiras e cala a minha boca. Esse é o futebol!

O jogo foi muito ruim tecnicamente. Quem estava no estádio se irritava com cada passe errado e com cada jogada totalmente equivocada. É bem verdade que o gol no primeiro minuto de jogo, tranquilizou o clima entre torcida e time. Assunção foi perfeito nas duas cobranças de falta e comandou a vitória do Palmeiras. Afirmo com toda convicção que se não fossem as bolas paradas, não teríamos vencido a partida de ontem. Seria um 0x0 sem choro e nem vela.

Como vem acontecendo nos últimos jogos, Felipão escalou mal a equipe. Com Pedro Carmona e Daniel Carvalho à disposição ele optou por colocar o Patrik na equipe titular. Eu já nem lembrava mais que o moleque jogava no Palmeiras. Na verdade, a definição correta é de que ele joga mal, isso sim! Não só ele é bem verdade. Luan e Leandro Amaro (ambos titulares ontem) fazem jus a qualquer xingamento por parte da torcida.

O importante mesmo foi vencer e conquistar 3 pontos importantes no campeonato. Uma vitória em véspera de clássico é sempre bem-vinda. Acredito que a equipe entrará com moral contra os Fregueses da Vila e poderemos sair até com uma boa vitória de Presidente Prudente. Para isso, precisamos jogar um pouquinho melhor.

Torço muito para que o Felipão coloque o Daniel Carvalho para jogar ao lado do Valdívia. Com os dois juntos, nossa equipe ganha em criatividade e até mesmo em faltas perto da área para o nosso “salvador” Assunção marcar mais gols como os do último jogo. Vejo com muito otimismo essa possibilidade. Se temos essa arma, porque não usar e abusar?

Quanto ao ataque, a novela Barcos continua. A diretoria nos diz uma coisa e Felipão diz outra. Na verdade, começo a ficar preocupado com essa burocracia que impede a estreia do nosso atacante. Se o problema for realmente o pagamento para a LDU, o que o Tirone está esperando para resolver essa pendência?

Que venha o Santos e que venha mais uma vitória. Os palmeirenses agradecem!!


Fotos: Lancenet!

Analise do sofá - Santa bola parada

Mais uma vez decisivo, Marcos Assunção garantiu nova vitória do Palmeiras
Dois gols de bola parada, um logo aos dois minutos do primeiro tempo e outro aos 42 da etapa complementar, e um futebol bem limitado. Foi isso o que o Palmeiras apresentou na noite desta quarta-feira no Pacaembu contra um fraco Mogi Mirim. Sem muito repertório, sem muita criatividade, sem muita ousadia, só nos restou recorrer novamente aos pés de Marcos Assunção para vencer.

Após dois empates (com Portuguesa e Catanduvense) a vitória era necessária para elevar um pouco o moral da equipe. E para isso, aconteceram modificações entre os titulares. Recuperado de um problema no tornozelo, Valdívia voltou no lugar de Daniel Carvalho. Patrik entrou no meio, substituindo Maikon Leite. E Ricardo Bueno perdeu sua vaga no ataque para Fernandão. E foi justamente o grandalhão que sofreu a primeira falta do jogo, que acabou originando o primeiro gol de falta de Assunção.

Obviamente, fazer um gol logo nos primeiros minutos de jogo, deixa o time mais tranquilo e seguro, ainda mais quando vai se enfrentar um time que, sabidamente, viria ao Pacaembu com uma proposta de se defender e contra atacar. Se quisesse alguma coisa, o Mogi teria de se expor, podendo abrir caminho para uma vitória mais larga do Verdão. Era o que todos esperavam. Mas não foi o que aconteceu.

O Palmeiras voltou a apresentar falhas, especialmente no setor ofensivo, algo que tem tirado o sono de muito torcedor. O time estava mal posicionado e, em certos momentos tinha seus onze jogadores atuando no campo defensivo quando o Mogi atacava. Algo surreal. Parecia até que o adversário era o Barcelona...

Só que o pior era quando o time tinha a bola nos pés. Quem estivesse com a pelota dominada, logo procurava se livrar dela, passando-a para Valdívia ou Assunção, os únicos dois lúcidos da equipe. Mas ambos conseguiam criar alguma coisa? Negativo. O chileno recebia a bola e ficava girando, primeiro pra se livrar dos adversários, que o cercavam, e também para tentar encontrar alguém que pudesse receber um passe e dar prosseguimento ao lance, coisa rara. Já o veterano tinha de tocar de lado ou pra trás, tamanha era a falta de opções ofensivas. Foram poucas as chances de gol do time.

Essa falta de vocação ofensiva do Palmeiras pode atrapalhar o time no decorrer do ano. Não é possível que um time grande não tenha a iniciativa de vencer um jogo contra uma equipe menor e mais fraca. Não é possível se defender com onze jogadores contra um time que não sabia o que fazer com a bola. Por mais que a comissão técnica diga que este ou aquele jogador não pode atuar, pois deixaria o time 'exposto', a equipe precisa ter melhor opções ofensivas do que tem hoje. Isso implica, por exemplo, em mais chances para jogadores como Maikon Leite e Daniel Carvalho ou na contratação de novos jogadores. Algo tem de ser feito, ou continuaremos a depender apenas de erros dos rivais ou das bolas paradas, pouco para um clube que é conhecido por ter tido DUAS "Academias".


Na defesa, o time ainda tem seus lapsos. Porém, foi o primeiro jogo em que ficamos sem sofrer gol. O Mogi também não tem qualidade para atacar, é verdade, mas é um ponto positivo. Por falar em defesa, um rápido levantamento. Tirando o gol da Portuguesa, nossa defesa foi vazada em duas cobranças de pênalti, bobos, diga-se de passagem. Em quatro jogos, foram dois pênaltis contra. Nossos jogadores têm de tomar mais cuidado.

A vitória foi importante, dá um novo moral ao time, os três pontos vieram e tal. Contudo, nada disso esconde os problemas que ainda temos. E que temos de corrigir.

Domingo tem clássico contra o Santos, time contra o qual, incrivelmente, essa estratégia do Palmeiras pode funcionar. Vamos torcer para conseguirmos um bom resultado.

Novo patrocínio - Na manhã de ontem foi confirmado que o Palmeiras assinou mesmo com a KIA Motors, nosso novo patrocinador Master. O contrato tem duração de três anos e vai render cerca de R$ 75 milhões aos nossos cofres, algo em torno de R$ 25 milhões por temporada. Um bom dinheiro, que espero, seja bem gasto.

Foto: Portal Terra