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segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Análise da arquibancada - O nosso freguês é fiel

Luan foi o melhor em campo

O momento não era dos melhores. Os péssimos resultados nas últimas rodadas incomodavam a torcida. Nesses momentos, caros palestrinos, nada melhor do que enfrentar um adversário fraco e que, historicamente, sempre perde para o Palmeiras. Foi o que aconteceu em Presidente Prudente, no último domingo. O Small Club Corinthians Paulista continua sendo o nosso freguês fiel.

Os quase 35 graus de temperatura não foram suficientes para frear a nossa equipe. Começamos melhores, criamos algumas oportunidades, porém, a gambazada abriu o placar com um gol (sem querer) do Emerson. Daí em diante, eles não fizeram mais nada. A superioridade palmeirense era tamanha que o contestado Luan foi o melhor em campo. Foi dos pés dele que saiu o gol de empate. Eu, como um dos maiores críticos desse ragazzo, tenho que dar o braço a torcer e admitir que ele vem jogando bem nas últimas partidas. Espero que continue assim.

Outro personagem importante do jogo não começou como titular. Um mero desconhecido pela torcida palmeirense: Fernandão! Ahhh...mas que golaço foi aquele? O cara já chegou metendo gol nos nossos rivais. Conquistou os 15 milhões de palestrinos espalhados pelo mundo. Ele já chega com moral e tranqüilidade para brilhar com nosso manto.


Fernandão começou com o pé direito no Verdão

Graças a ele, conseguimos uma virada merecida e espetacular, para alegria dos palmeirenses que compareceram ao Prudentão. E o treinador que FALA MUITO, ficou quietinho, assim como sua torcidinha que começa a ver a liderança com saudade, pois sairá do topo em breve. Aliás, o Tite já ganhou o que mesmo?

O jogo será inesquecível, embora o placar tenha sido modesto. Poderíamos ter saído com uns dois ou três gols de vantagem. Mas, dessa vez, resolvemos ser gentis com os nossos fregueses. E os três pontos não poderiam vir em melhor hora. Estamos mais próximos da liderança e vamos partir pra cima dos nossos adversários no segundo turno. Não aproveitaram o momento ruim do Palmeiras, agora não adianta chorar o leite derramado.

Gostei muito das atuações do Chico e do Thiago Heleno. O primeiro comandou o meio campo e o segundo dominou a marcação e foi perfeito nos desarmes. Kleber foi bem na primeira etapa, mas desapareceu depois do intervalo. Valdívia foi bem, mas estava bem marcado. O chute no vácuo valeu como um gol. Alou Chicão, vai chorar na cama!!!

A vitória foi o maior presente que o Palestra poderia ter ganho no seu aniversário. San Genaro ouviu nossas preces e iluminou a cabeça do Felipão, que fez a substituição na hora certa e mudou a história do jogo. A crise que nos rondava foi pra longe, lá para Itaquera. Que permaneça por lá por um bom tempo, afinal, eles já estão acostumados com derrotas.

Os palmeirenses voltaram a sorrir. A confiança no time retornou. Nem a arbitragem conseguiu nos deter dessa vez. O futebol pode ser injusto em algumas ocasiões. Os melhores nem sempre vencem. No entanto, o melhor venceu. O time que tem mais camisa triunfou. E o mais importante: o bem venceu o mal. Quem nasce curinthia, jamais será Palmeiras!!

CPF na nota, gambazada??

AQUI É PALMEIRAS!!!

Fotos: Lancenet

Análise do sofá - Habemus Centroavante

Jogadores comemoram o primeiro gol no clássico. Vitória traz novo ânimo para o time
José Fernando Viana de Santana, ou simplesmente Fernandão, natural do Rio de Janeiro, 24 anos, 1,91m de altura. Esse foi o cara que mudou os rumos da partida de ontem, entre Palmeiras e Corinthians. Sem sequer ter sido apresentado formalmente e nem treinado com os companheiros, o atacante que assinou contrato na sexta-feira teve de substituir Maikon Leite na lista de relacionados para a partida. E logo em sua estréia com o manto, marcou seu primeiro gol, justamente em nossos maiores rivais.

No futebol, há uma história de existem dois jogadores que tem profissões a parte: o goleiro e o centroavante. O primeiro precisa evitar que a bola atravesse a linha fatal. O segundo tem de balançar as redes. E para isso, é preciso ter estrela. Fernandão mostrou que tem.

Contratado junto ao Guarani, o camisa 19 começou a partida no banco, mas entrou logo no primeiro tempo, na vaga de Patrik, que estava perdido em campo. O Corinthians vencia a partida, com um gol estranho de Emerson, numa falha da zaga e do Marcos (mas o Santo tem crédito eterno contra o Corinthians). Uma coisa que sempre cobrei foi a contratação de um centroavante que servisse de referência ao ataque. Mesmo que o cara não seja um jogador de excelente nível tecnico, esse tipo de jogador é necessário para se pode abrir espaço para outros jogadores. Antes de se machucar, o limitadissimo Dinei estava fazendo esse papel, mesmo sem marcar gols. Com sua presença, o time criava mais. O mesmo aconteceu ontem.

Muito da boa estréia de Fernandão se deve a leitura bem feita e pela coragem da comissão tecnica. O time com Patrik não estava funcionando e uma mudança era necessária. Só que poucos tecnicos mudam seu time no primeiro tempo. A  maioria prefere esperar o intervalo para fazer algum tipo de correção. Se isso acontecesse ontem, talvez não tivessemos vencido. Méritos para Felipão, Murtosa e cia.

Após a entrada de Fernandão, o jogo que estava bem equilibrado, passou a ser dominado pelo Palmeiras, que precisava do resultado. Até o gol corintiano, os dois times tinham tido chances. O Palmeiras, esbarrava na falta de alguém para finalizar. Já os rivais, apesar de mais objetivos, não conseguiam finalizar com qualidade. Tanto que o gol foi sem querer. Havia muita marcação no meio campo, o que dificultava a criação de jogadas.

O primeiro gol surgiu na bola parada. Em escanteio, Marcos Assunção levantou na área e a bola sobrou pra Luan encher o pé e sair para o abraço. E depois do empate, o jogo esfriou até o fim da primeira etapa. Na segunda metade do jogo, o Verdão voltou tomando a iniciativa e logo aos sete minutos, Marcos Assunção, de novo, enfiou uma bola na medida para Fernandão dominar no peito e tocar na saída do goleiro, sem deixar a bola cair. Belo gol.



Como homem de referência na área, nosso novo centroavante passou a preocupar os zagueiros, o que abriu espaço para que Valdivia, Kléber e Luan pudessem jogar. Isso foi fundamental para que o Palmeiras vencesse. A primeira impressão que tive de Fernandão é de que ele será bastante útil. Felipão gosta de jogadores altos e fortes como ele. Será um perigo na bola aérea e ainda poderá fazer um bom trabalho como pivô. Quem sabe agora o time passe a marcar mais gols...

O que acho - O Palmeiras tem trabalhado bem a bola e criado boas chances. Com uma referência, a tendencia é melhorar na questão da finalização, pois haverá não só um cara especialista nisso como mais espaço para outros jogadores. Na defesa, o time segue bem, tanto que é a melhor do campeonato. O que incomoda um pouco é o time recuar em demasia quando o placar é favorável. Ontem, havia chance de marcar o terceiro gol e matar o jogo. Contudo, o time preferiu se defender, coisa que fez bem. Anulou uma das principais caracteristicas do Corinthians: a velocidade. Entretanto, essa é uma estratégia perigosa. A vitória trará um novo animo ao time. Agora, são apenas cinco pontos de desvantagem para o líder, apesar de estarmos em sexto. No meio de semana, temos confronto direto contra o Botafogo. No fim de semana, contra o Internacional. Sequencia dura. Ir bem, será fundamental na luta pelo título. Sim, voltamos pra briga.

Destaque positivo - Marcos Assunção foi muito bem, Fernandão encarou com tranquilidade e um gol a estréia no Palmeiras contra um rival, Henrique e Thiago Heleno mostraram muita segurança, Marcio Araujo anulou o lado esquerdo corintiano, substituindo Cicinho, mas o melhor em campo foi Luan. Foi o jogador mais perigoso do Palmeiras, jogando tanto pelo lado esquerdo quanto pelo direito. Marcou gol, puxou contra ataques, deu trabalho para a defesa, chutou no gol, marcou, roubou bolas, enfim, foi fundamental. Só tenho uma critica ao camisa 21: joga de cabeça baixa. Se levantasse a cabeça e olhasse o posicionamento dos companheiros, podriamos ter vencido por mais. Mesmo assim, foi o melhor em campo ontem.

Destaque negativo - Patrik não correspondeu. Perdido em campo, o camisa 40 precisa voltar a apresentar o bom futebol do campeonato paulista. Desde que se lesionou, seu futebol ficou mais tímido. Ontem ele não sabia se era meia, se era ponta, se atacava, se defendia. Tanto que foi substituído ainda na primeira etapa.

Foto: Portal Terra

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Parabéns Palmeiras, meu eterno amor!


O que seria de mim, de você, de nós, sem a Sociedade Esportiva Palmeiras? Tantas alegrias, tantas emoções, tanta adrenalina em dias de jogos. Aquela ansiedade na véspera de uma partida importante. Aquela noite sofrida depois de uma eliminação. Aquela sensação maravilhosa depois de um gol ou de um milagre de São Marcos. Ser palmeirense não é apenas torcer. É entregar-se de corpo, alma e coração a esse clube que sempre nos orgulhou.

Nascemos Palestra, um clube de colônia, de origem italiana. Os invejosos não nos queriam assim, aliás, não nos queriam de forma alguma. Mas nos tornamos Palmeiras, o Alviverde Imponente. O Campeão do Século XX que conquistou a América e também o Mundo. O maior campeão nacional. O clube com a história mais bonita e encantadora deste país. Isso é Palestra, isso é Palmeiras!

São 97 anos de glórias, de conquistas, de títulos, de jogos memoráveis, de gols inesquecíveis e de defesas que ficarão para sempre nos nossos corações. Sorrimos, choramos, cantamos e vibramos. Até nos momentos mais difíceis da nossa história o Palmeiras soube ser gigante. Mostrou para o futebol que as derrotas fazem parte do jogo. E soube contornar a situação de forma digna e brilhante. Fingiram pena de nós, não precisava. Ali onde choramos, qualquer um chorava. Dar a volta por cima, como damos, quero ver quem dava!

Nossa história não se resume apenas em um título da Libertadores, em uma classificação sobre os nossos rivais, em uma fila interminável de 17 anos sem um título, em um título mundial de 1951 ou em 3 academias nos anos 60, 70 e 90. Nossa história contempla tudo e todos. Cada minuto que passa nos engrandece ainda mais. Mesmo após uma eliminação com uma vitória espetacular, estamos aqui, de pé, para comemorarmos nosso amor ao Palestra Itália. Amor inacabável, infinito, insuperável e avassalador. Amor que arde, sem doer. Amor para vida toda.

Não somos melhores, nem piores. Somos Palmeiras e isso basta. Nosso sangue é verde e a nossa alma é branca. Somos uma família unida por único objetivo. A nossa razão de viver continua sendo um gigante, mesmo que adormecido às vezes. Um casamento perfeito, onde se cumpre qualquer promessa. Na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, onde nem a morte nos separa. Somos Palmeiras!

Escrevo esse texto emocionado, com os olhos cheios d’água. Nenhum adjetivo que eu colocar aqui será suficiente para demonstrar o meu amor e a importância do clube na minha vida. Nesses anos todos, só tenho que agradecer. Primeiramente ao meu pai que me ensinou o verdadeiro orgulho de ser palmeirense. A minha mãe que, apesar de ser santista, sempre torceu pelo AlviVerde para me ver feliz. Agradeço também a todos os palmeirenses, por tornarem o Verdão esse clube de raízes sólidas.

Agradeço aos primeiros ídolos: Bianco, Heitor, Junqueira. Agradeço aos campeões Mundiais: Oberdan, Jair Rosa Pinto e Rodrigues. Agradeço o Dudu, Djalma Dias, Djalma Santos, César, Leivinha e Leão pelos títulos da primeira e segunda academia. Agradeço ao eterno Divino Ademir da Guia. Agradeço o Tonhão, César Sampaio, Zinho, Edmundo e o Evair pelos anos de glórias no início da década de 90. Agradeço o Alex, Arce, Oséas e Paulo Nunes pelas conquistas da Copa do Brasil e da Libertadores. Agradeço o Felipão por resgatar o orgulho do palmeirense. Agradeço o São Marcos por todos os milagres alcançados, por todas as alegrias propiciadas. Agradeço Luigi Marzo e o Luigi Cervo por criarem a verdadeira razão do meu viver. Obrigado Palmeiras por todos esses anos de alegrias.

Encerro este texto desejando muitas felicidades, títulos, ídolos, vitórias e, acima de tudo, muita paz ao nosso Palestra. Parabenizo também os 15 milhões de palmeirenses espalhados pelo mundo. Esse é o nosso dia, o nosso momento. Nada vai mudar a nossa paixão. PALMEIRAS, NÓS TE AMAMOS!!

Io sono Palestra Itália!!

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Especial Palmeiras 97 anos – Entrevista com Tânia Clorofila

Caros amigos, em homenagem ao aniversário da Sociedade Esportiva Palmeiras, no próximo dia 26 de agosto, o blog O Alviverde Imponente abrirá espaço para uma entrevista muito especial com uma palmeirense fanática e muito popular entre os palestrinos: Tânia “Clorofila” Dainesi.

Tânia ficou conhecida por sua paixão incondicional pelo Palmeiras e pelos seus textos maravilhosos no “Blog da Clorofila”. Sua admiração pelo El Mago Valdívia também é bastante comentada entre os palmeirenses. Uma torcedora ilustre que está sempre nos jogos do Verdão e que, acima de tudo, sempre defendeu as cores e as tradições do nosso clube. Acompanhem a entrevista concedida com exclusividade para o nosso blog.
Além do Valdívia, Evair também é um grande ídolo da Tânia Clorofila.

Tânia, quando você descobriu esse seu amor pelo Palmeiras?

Tânia: Nunca descobri o meu amor pelo Palmeiras. Sem demagogia alguma, desde que me entendi por gente era palmeirense, gostava do Palmeiras.

O que o clube representa na sua vida, hoje?

Tânia: O clube representa muito na minha vida. Não consigo acordar, e nem dormir, sem pensar no Palmeiras, sem pensar na próxima partida que ele fará, sem temer que algum bom jogador seja vendido, sem desejar que ele seja administrado com amor.

Você acredita que a história gloriosa da Sociedade Esportiva Palmeiras seja uma história de superação, ao longo desses 97 anos?

Tânia: Sim, acredito! Em todas as vezes em que pareceu estarmos sem saída, em que pareceu ao torcedor que não havia muitas expectativas mais, a Sociedade esportiva Palmeiras brilhou de alguma maneira. E assim será sempre! O time Campeão do Século, está fadado a ser eternamente Imponente!

Sabemos que o Valdívia é o seu maior ídolo na atualidade. Além dele, quais jogadores estarão para sempre na sua memória?

Tânia: Sim, Valdivia é meu ídolo na atualidade. Mas é claro que, no meu coração, há muito espaço para abrigar os ídolos maravilhosos que vi jogar e, até mesmo, os que não vi. São Marcos, primeiro e único; Evair e Edmundo, que eu vi esbanjando talento vestindo a nossa camisa; César Sampaio, Cléber, Antonio Carlos, R. Carlos, Zinho, o maravilhoso Arce, Alex, Jorginho Putinatti (que não nos deu um título, mas deu muitas alegrias), Galeano, Tonhão (sim, para mim, eles são ídolos), Velloso, Rivaldo (que jogou uma barbaridade vestindo o manto), Leão, Jorge Mendonça e... a Academia, do Divino Ademir da Guia, Dudu, Leivinha, César Maluco, Luisão Pereira... E, de um tempo distante, que eu não vivi, Oberdan Cattani, Valdemar Fiúme, Junqueira, Servílio, Turcão, Fábio Crippa... Melhor eu parar, senão isso vai longe... rsrs

Quais partidas são inesquecíveis para você? Já se emocionou com alguma vitória épica?

Tânia: Por ter vivido o tempo da malfadada fila, a final do Paulistão/93 é inesquecível e me emociona até hoje. Aquele jogo contra o Flamengo que, faltando 10 minutos precisávamos fazer 3 gols, e fizemos; a final da Libertadores... A semifinal do Paulista 2008, pensei que fosse morrer de nervoso e depois de alegria e emoção... Aquele jogo contra o Colo Colo, que Cleiton Xavier quase nos matou de alegria ao fazer um gol no finalzinho; aquela partida diante do Sport, em que Marcos decidiu na hora dos pênaltis... E tem muitas outras, consideradas menores, mas que vão ficar no meu coração prá sempre.

Você acha importante a modernização do Palestra Itália? Tem saudades de ver o Verdão no Jardim Suspenso?

Tânia: Acho sim que seja importante termos um estádio moderno, com mais conforto, mas morro de saudade do nosso Palestra, do jeitinho que ele era e me dá um nó na garganta cada vez que penso que ele já não existe mais. Tristeza e alegria se misturam. Mas o time brasileiro que mais conquistas possui, precisa de uma casa à altura da sua grandeza. E com a dignidade que cabe à Sociedade Esportiva Palmeiras; sem se apropriar de dinheiro público.

Qual projeção que você faz para o centenário que se aproxima?

Tânia: Espero que tenhamos um belo título para comemorar no centenário, ou muitos títulos, quem sabe... Espero que seja um período de paz, de alegrias. Mas o que eu espero mesmo é que a torcida continue abraçando o Palmeiras, a despeito de toda a maldade que fazem com ele, a despeito de todo o descaso dos seus dirigentes; a despeito de toda essa gente que só pensa em poder. O amor de sua torcida é o troféu mais lindo que o Palmeiras possui.

Todos nós sabemos que a política do clube é uma questão complicada. Na sua opinião, o que pode ser mudado?

Tânia: A política no clube é complicada porque os que estão metidos nela, em sua maioria, só pensam em poder. Cada nova diretoria que chega, desfaz o que fez a anterior (a de Belluzzo foi a que menos fez isso). O trabalho não tem continuidade. Os nomes nunca são mudados. A herança política passa para filhos e netos, ainda que eles não tenham a mesma competência que seus pais e avós, ainda que eles não tenham o mesmo zelo pelo Palmeiras.

Só há um jeito de mudar, de quebrar isso, e ele virá com eleições diretas para presidente. Só assim poderemos pensar em não ter mais conselheiros vitalícios, com votos atrelados à pessoa que lhes deu essa condição; só assim poderemos profissionalizar o Depto de Futebol, só assim as pessoas que amam o Palmeiras poderão escolher seus representantes. Muitos grupos hoje lutam por isso (Democracia Verde, Pró-Palmeiras, Fanfulla...). Faço parte da Democracia Verde, sei da competência e dedicação das pessoas que lá estão e tenho certeza que, não demora muito, chegaremos lá!

Você tem esperanças que nossos diretores voltem a pensar somente no clube e não nos seus interesses pessoais?

Tânia: Não tenho esperanças. Já todo mundo bem crescidinho para mudar de caráter, de atitude. Eles disfarçam, não mostram todas as garras. Mas no fundo, é mais do mesmo. E, mesmo que tenham vontade de o fazer, acabam não podendo, pelos favores e conchavos que são obrigados a fazer para se elegerem. Está aí o Tirone que não me deixa mentir. Serve ao Palmeiras e ao seu mentor, que não pode ser muito contrariado. Precisamos de gente com mentalidade diferente. Esses todos que aí estão, já tiveram as suas oportunidades e deixaram a desejar. Uns por falta de caráter, outros por falta de coragem. Muitos, por falta de amor, por acharem que o clube social é mais importante do que o futebol, que fez e faz a Sociedade Esportiva Palmeiras ser o Gigante que é.

Voltando a falar de ídolos. O São Marcos anunciou publicamente que esse ano deverá encerrar a sua carreira. Você imagina como será esse dia?

Tânia: Não consigo nem começar a imaginar... Choro muito a cada vez que penso nisso. Olhar para o gol, ele não estar e ter certeza que lá ele não estará mais, não poder pensar que ele está apenas machucado e logo vai voltar... Vai ser uma dor imensa... Um ídolo maravilhoso, um torcedor que, quando entra em campo, nos faz sentir que entramos também. Um mito, que tive o privilégio de acompanhar por toda a sua carreira (isso é um presente de Deus). Se eu pudesse, gostaria de parar o tempo, só para que ele permanecesse no gol...

E você é a favor de construirem um busto para homenageá-lo?

Tânia: Sim. Mas acho que Marcos merece uma estátua, atrás do gol. Uma estátua que retrate a imagem que vamos guardar prá sempre. Nosso Santo, com os braços abertos, e erguidos em direção ao céu. Acho também que a Arena deveria se chamar Arena São Marcos de Palestra Itália. E acho que na nova Arena deveria ter uma capela, e que ela se chamasse Capela de São Marcos. Marcos merece muito mais!

Quanto ao time desse ano, vc acredita na conquista de algum título (Brasileirão ou Sul-Americana)?

Tânia: Do jeito que estamos jogando, não! Mas, como acredito que podemos acertar alguns pontos, como acredito que a diretoria, se quiser, pode nos trazer um centroavante, e como tem muita coisa em disputa ainda, meu coração acredita piamente que levaremos os dois títulos! rsrs

Vai aderir ao Tsunami Verde e vestir o nosso manto no próximo dia 26/08?

Tânia: Claro que sim! Tenho um orgulho imenso em vestir o manto e sair pelas ruas, de nariz empinado, para mostrar a todo mundo que a camisa que visto é do time do meu coração e que ela tem a cor do sangue que corre nas minhas veias.

O “Blog da Clorofila” é um dos mais acessados entre a nação palmeirense. Como tudo começou? Você esperava tanto sucesso?

Tânia: Não esperava nada disso, Glauco. Imagina. Na verdade eu estava acostumada a apenas ler as notícias sobre o Palmeiras e me cadastrei no fórum do SOP (SóPalmeiras), porque eu tinha vontade de dar a minha opinião sobre alguns assuntos e acabei encontrando ali amigos muito queridos. Se não estou enganada, isso foi em junho de 2005. Aí, no aniversário do Palmeiras daquele ano, eu escrevi um pequeno texto de "parabéns" e os amigos do fórum gostaram. Dias depois eu fui convidada a escrever no Blog do SOP, porque um dos integrantes da equipe iria se mudar para o Japão. E aí começou... Até que em 2007, toda essa coisa teve um UP. Eu escrevi dois textos para o Mago, eles foram postados no orkut, tiveram uma grande repercussão, uma pessoa do ONDA VERDE entregou uma cópia de um deles para o Valdivia, e eu acabei ganhando o Blog da Clorofila. Mas nunca me imaginei tendo um blog, fazendo parte da mídia palestrina e tendo o carinho de tantas pessoas. Foram presentes maravilhosos que recebi da vida sem ter ao menos pedido.

Penso que os torcedores, por se sentirem como eu me sinto em relação ao Palmeiras, acabam tendo identificação com o que eu escrevo.

Para finalizar, gostaria que você deixasse um recado à nossa torcida e ao próprio Palmeiras em comemoração aos seus 97 anos.

Tânia: Gostaria de dizer à torcida que mesmo que estejamos sofrendo há um bom tempo, e eu sei o quanto isso é doído, não podemos nunca virar as costas ao Palmeiras. Nas horas difíceis é que o nosso amor, e só ele, pode fazer a diferença. Nas horas difíceis é que temos que gritar o nome dos nossos jogadores, não importa se gostamos muito ou pouco deles. Quando eles não jogam bem é que precisam mais do nosso incentivo, da nossa paciência. Eles são jogadores do Palmeiras, só por isso já merecem o nosso respeito. O maior patrimônio do Palmeiras somos nós, seus filhos, sua gente. Se hostilizarmos nossos jogadores, nossos ídolos, o Palmeiras é quem perderá mais... Torcer quando tudo vai bem, qualquer torcedor, de qualquer time sabe fazer. Nós somos diferentes, somos aquela gente de verde, Que Canta e Vibra como ninguém mais sabe fazer. E dias melhores virão...

Para o Palmeiras eu desejo muitos títulos, desejo o estádio cheio de gente de camisa verde, feliz cantando; desejo defesas milagrosas, jogadas geniais, chutes no vácuo, gols memoráveis; desejo novos e melhores dirigentes; desejo aplausos, lágrimas de alegria e muito amor. Mas, acima de tudo, eu te desejo paz, Palmeiras. Muita paz...

Auguri, Palestra!

Visitem o “Blog da Clorofila”. Agradecemos a colaboração da nossa grande amiga e desejamos, assim como ela, que o nosso Palmeiras seja cada vez maior, cada vez mais imponente!

E não esqueça: dia 26 de agosto é o aniversário do nosso glorioso clube. Dia do “Tsunami Verde”. Coloque o seu mando Alviverde e entre nessa onda!

#Palmeiras97anos.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Estão tentando nos desestabilizar

Kléber era (ou é) filiado à Gaviões. E daí?
A tensão rona o Palmeiras. Não bastasse as brigas internas que vive o clube, com gente tentando plantar noticias sobre isso e aquilo, o relacionamento não tão bom entre diretoria e comissão técnica, a falta de dinheiro e tudo o mais, coisas de fora também ameaçam o clima dentro do clube, em pleno período de várias decisões.

Viemos de um clássico contra o São Paulo no Morumbi. Um jogo direto entre dois concorrentes às primeiras posições e que acabou empatado. Temos agora, mais três jogos cruciais para nossas pretensões no ano em um espaço de uma semana, a começar nesta quinta, contra o Vasco pela Copa Sul-Americana, onde precisamos demais da vitória para seguir com chances no torneio. Mas não é o jogo contra os cruzmaltinos que me preocupa e sim o seguinte, no domingo, contra o Corinthians. Não por conta do jogo em si e sim pelo clima que pode ser criado para a partida.

Convenhamos, nossos rivais não vivem um bom momento. Aquele início de campeonato arrasador tornou-se um peso a mais para eles, que não conseguiram suportar. Nos últimos oito jogos, foram três derrotas, três empates e apenas duas vitórias. E com isso, já se vêm ameaçados por quem vem atrás. No último fim de semana, perderam em casa para o Figueirense. No meio de semana, acharam uma virada contra o Atlético MG. Eles sabem que não estão bem. Têm contado com a sorte. Uma hora, ela irá falhar. E enfrentar o maior rival em condições como essas não parece ser o mais adequado, o mais seguro.

Eis que surge uma ficha divulgada pela Gaviões da Fiel, principal torcida organizada do Corinthians, mostrando que Kléber, o Gladiador, um de nossos principais jogadores e considerado ídolo de parte dos palmeirenses, era associado da torcida. Serei sincero com todos: sempre achei mesmo que Kléber tivesse sido corintiano em sua infância. Mas isso altera em alguma coisa a admiração e o apoio do palmeirense à ele? De jeito algum. Ou pelo menos não deveria. Tirando esse episódio com o Flamengo, ele sempre demonstrou muito carinho e respeito conosco. Quando jogava no Cruzeiro, fez o que fez para voltar. E acabou conseguindo. 

É óbvio que muita gente já sabia desse fato. Só esperaram um momento propício a eles para divulgarem. E esse momento chegou. Estão utilizando esse fato para desestabilizar o Palmeiras e desviar o foco do mau momento corintiano. Por isso, torcedor, não caia nessa. Jogador de futebol não tem time. Muitos dizem por aí que Viola, idolo corintiano, por exemplo, era palmeirense na infância. O Gladiador tem identificação com o Palmeiras e é isso o que importa. Pra mim, o que ele fez na juventude, pouco importa. Estão tentando criar algo para jogar o jogador contra os torcedores.
Gancho de Felipão será de dois jogos. E adivinhem contra quem ele cumprirá a punição?
Não bastasse isso, o STJD ainda resolveu punir Felipão por dois jogos agora. E logo contra quem ele cumpre a pena? Contra Corinthians e Botafogo, dois rivais diretos. Sobre o que esse tribunal que só quer aparecer, não falo nada, porque não há como levar a sério esse tipo de coisa. O pessoal que dirige essa porcaria de STJD quer holofote, quer aparecer mais do que deve. É isso o que penso. O futebol entrou em uma onda de melindragem ridicula. Daqui a pouco falar será proibido...

Para finalizar palmeirense, sugiro que vocês entrem no site Placar Real. Mantido pelo engenheiro civil Daniel Fazenda Freire e pelo publicitário Rodrigo Scudero Capela, o site mostra duas classificações do Brasileirão. A atual e uma sem alguns considerados erros de arbitragem. E nessa segunda classificação, o Palmeiras seria vice líder. Prova de que a arbitragem tem nos prejudicado sim.

Fotos: Globo Esporte e Pop

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Análise da Arquibancada – Ah se tivéssemos um camisa 9...

Henrique marcou o gol de empate para o Verdão

Morumbi frio e vazio, jogo morno e de péssima qualidade técnica, Palmeiras superior nos 90 minutos, porém ineficiente no ataque. Assim podemos resumir o empate contra a “bambizada” no último domingo. O resultado foi ruim para os dois, mas os palmeirenses saíram do estádio sabendo que poderiam vencer o clássico com certa facilidade.

O velho problema, já conhecido por todos, continua o mesmo: a péssima pontaria dos atacantes. É impressionante a má fase de Kléber e Maikon Leite (não vou citar o Luan porque este nunca teve um bom momento no futebol). Se tivéssemos um camisa nove de qualidade, teríamos matado a partida ainda no primeiro tempo. Felipão precisa dar um jeito nisso urgentemente. Não podemos mais perder pontos.

Cicinho e Henrique foram os melhores em campo. Ambos estiveram muito seguros e souberam deter o ataque do adversário. O Xerifão vai reencontrando o bom futebol. Rivaldo, por incrível que pareça, não comprometeu. Já Luan e Márcio Araújo foram péssimos. Não sei o que aconteceu com nosso volante, mas entrou muito nervoso na partida. Kléber lutou, mas não foi perigoso no ataque. Marcos fez uma defesa espetacular e não teve culpa alguma no gol que sofreu.

É evidente que o nosso problema é falta de tranquilidade e até de qualidade. Precisamos de um atacante que saiba finalizar. De que adianta dominar a partida se não transforma isso em gols, em vitória? A fase continua ruim, mas já estivemos piores. Todos acreditavam que sairíamos derrotados desse jogo e mostramos, mais uma vez, que não se deve subestimar o Alviverde Imponente!

Nossa diretoria precisa ser mais ambiciosa. Querer contratar jogadores da série-B para serem titulares é uma piada de mau gosto. Sim, eles podem dar certo, mas não podemos viver sempre de promessas. Precisamos de craques, de ídolos, de títulos. O Palmeiras precisa voltar a ser o gigante que sempre foi. Mas parece que nossos diretores não pensam da mesma forma. Alguns jogam até contra o próprio clube para ganhar poder político. LAMENTÁVEL!

Quinta-feira teremos a decisão contra o Vasco valendo a vaga na Sul-Americana e no domingo o clássico contra a “gambazada”. Confio no nosso time. Confio em uma classificação e em uma vitória sobre os nossos maiores rivais. Confio no trabalho do Felipão e, principalmente, em nossa camisa, nossa tradição e nossa história que no dia 26 completa 97 anos de glórias. Que honrem essa data e nos contemplem com bons resultados. Nós merecemos!

Forza Palestra!

Análise do sofá - Jogo novo, problemas antigos

Jogadores comemoram o gol de empate no clássico deste domingo
Palmeiras e São Paulo empataram em 1x1 ontem no Morumbi. Pronto. Não tenho muito o que falar sobre o jogo de ontem, a não ser que faça, novamente, todo aquele discurso repetitivo de sempre: falta alguém que finalize as jogadas que o time cria. Gols mesmo só de bola parada.

De novo o Palmeiras criou. Novamente o time pressionou seu adversário. E mais uma vez saiu de campo sem os três pontos. Simples assim. Mesmo sem Valdivia, Gerley e Thiago Heleno, suspensos, Gabriel Silva, campeão mundial com a seleção sub-20 e Dinei, machucado, o Verdão teve uma boa atuação. Muito disso, méritos de Felipão, e do esquema utilizado. É a única coisa não repetitiva que tenho para dizer.

Para enfrentar o São Paulo, no Morumbi, Felipão optou por um esquema mais cauteloso e colocou três volantes para jogar. Chico, Marcio Araujo e Marcos Assunção, tinha a imcumbencia de travar o meio campo são paulino. E deu certo. Além disso, com Luan e Patrik no meio, e Kleber mais adiantado, pressionando a saída de bola do adversário, o Palmeiras conseguiu dificultar a criação de jogadas do São Paulo. Além disso, Rivaldo pela esquerda e Cicinho pela direita, davam trabalho aos rivais. Mas em suma, o jogo foi bem truncado, pelo excesso de marcação.

E parou por aí. Marcos fez algumas boas defesas, Rogério Ceni também. Boas chances foram criadas por ambos os times, especialmente no primeiro tempo, mas foi só. O empate acabou sendo justo, apesar do Palmeiras ter tido mais posse de bola e tals.

Foi mais um desses clássicos modorrentos e chatos. Frio como o clima em São Paulo neste domingo.

O Verdão terá de ter a cabeça no lugar agora. Terá, em sequencia, mais dois jogos contra concorrentes diretos. Domingo pega o Corinthians, em mais um clássico. Depois, o Botafogo no Rio de Janeiro. Duas vitórias serão essenciais para seguir na luta pelas primeiras posições. Vamos torcer.


O que acho - Creio que, com a chegada dos reforços que andam sendo veículados pela midia, ou seja, os atacantes Fernandão, do Guarani, e Ricardo Bueno, do Atlético MG, mais o meia Pedro Carmona, do Criciuma, tenhamos mais opções, inclusive para tentar solucionar o problema da falta de gols. Não são grandes jogadores, que chegariam para resolver o problema. Porém, poderão ser uteis. O problema é que leva tempo para a adaptação de todos. E tempo é o que menos temos. Enquanto isso, seguiremos sofrendo para marcar. Espero que menos nos próximos jogos. Se convertermos um ou duas chances por jogo, já estará de bom tamanho, pois a defesa é boa e toma poucos gols.

Destaque positivo - Felipão teve uma boa leitura do jogo e soube armar o time. Não deixou o São Paulo utilizar sua principal qualidade, que é a velocidade, durante os 90 minutos, e fez com que o Palmeiras controlasse bem a partida. Apesar do gol do São Paulo, uma baita jogada, diga-se de passagem, o sistema defensivo inteiro se comportou bem.

Destaques negativos - Partidas apagadissimas de Marcio Araujo, que jogou mais solto, tendo de apoiar pelo lado direito e impedir as subidas de Carlinhos Paraiba, mas que esteve perdido na primeira função, e de Patrik, que não conseguiu armar o meio campo.

Foto: Portal Terra

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Análise da Arquibancada - Eu quero o meu Palmeiras de volta!

Caros amigos palestrinos, todos nós sabemos da situação do nosso Alviverde Imponente. A fase não é nada boa, a crise política só aumenta e os resultados, dentro de campo, estão longe de nos fazer sorrir. Por isso, resolvi escrever um texto diferente hoje. Quero fazer alguns pedidos a todos que estão envolvidos com o clube (diretoria, comissão técnica, jogadores, torcida, imprensa, etc.).

Eu queria que a política do Palmeiras fosse pacífica, pensando apenas no clube e nos 15 milhões de palmeirenses espalhados por todo esse país. Eu queria que o Gilto, Mustafá e todos os que querem prejudicar o Verdão sumam do Palestra Itália para não voltarem mais. Eu queria que o estatuto mudasse e que as eleições diretas fossem implantadas nas votações para presidente. Eu queria que o Tirone e o Frizzo respeitassem o torcedor e as tradições do clube.

Eu queria que as “ratazanas de esgoto” deixassem o Palmeiras em paz. Eu queria que a imprensa não veiculasse inverdades sobre o nosso time. Eu queria que certos jornalistas perdessem o direito de exercer o seu carpo, por falta de ética e profissionalismo. Eu queria que o torcedor enxergasse quando certas notícias são implantadas de forma desonesta. Eu queria que as polêmicas ficassem longe do Palestra Itália.

Eu queria que o Felipão tivesse paz no comando da equipe. Eu queria que ele não insistisse com o Luan, Dinei, entre outros no time titular. Queria que ele pudesse dar uma chance para o Pierre. Eu queria que ele comemorasse mais um título com nós palmeirenses. Eu queria que a relação dele com certos diretores fosse a melhor possível. Eu queria que alguns torcedores o respeitassem por tudo o que ele fez e ainda faz.

Eu queria que a arbitragem parasse de nos prejudicar absurdamente. Queria que o Palmeiras não fosse perseguido pelo STJD. Eu queria que certos juízes nunca mais apitassem um jogo da nossa equipe. Eu queria imparcialidade na arbitragem. Eu queria honestidade nas pessoas que comandam o futebol brasileiro.

Eu queria que o nosso time fosse um pouquinho melhor. Queria um camisa 9 de qualidade para ser o artilheiro da nossa equipe. Eu queria que nossos jogadores acertassem a pontaria na hora da finalização. Eu queria que o Marcos Assunção jogasse mais avançado, ao lado do Valdívia. Eu queria que o Mago fizesse mais partidas iguais a essa, contra o Bahia. Queria que o Kléber recuperasse o bom futebol do primeiro semestre. Eu queria que o Maikon Leite não se assustasse com a pressão de nossa torcida. Queria ver o Palmeiras reencontrando o bom futebol.

Eu queria uma vitória contra São Paulo e Corinthians. Eu queria uma classificação contra o Vasco, na Copa Sul-americana. Eu queria que a má fase fosse embora. Eu queria ver a torcida feliz e empolgada com esse time que, no passado, nos deu tantas alegrias.

EU QUERIA O MEU PALMEIRAS DE VOLTA!!!

Análise do sofá - Time sem vergonha? Não é pra tanto

Kléber pouco falou na saída de campo, mas concordou com as criticas da torcida
E aos gritos de "time sem vergonha", parte da torcida do Palmeiras protestou ontem no Canindé. Sabemos, isso é fruto da emoção do torcedor, frustrado por mais um empate em casa, novamente em uma partida dominada pelo Verdão. Não é fácil sair de casa ou do trabalho, ir até o Canindé para um jogo em uma quinta-feira às 21h, apoiar a equipe por 90 minutos e ter de voltar decepcionado porque a vitória não veio. Por isso, acredito que esses protestos são válidos, afinal, o Palmeiras não vence há quatro jogos pelo Brasileirão. Mas não acho que seja pra tanto, apesar do mau momento que o time vive.

Não temos um time de outro mundo, isso é fato. Muito menos um elenco com várias opções. Está claro. Porém, estamos na média. O Campeonato Brasileiro é difícil. É tão complicado jogar contra o líder quanto contra o lanterna. prova disso é que vemos times tradicionais como Atlético MG, Santos e Grêmio, penando na parte de baixo da tabela, enquanto outros mais modestos roubam pontos de times grandes. Ontem mesmo, o América MG, laterna, empatou com o São Paulo em Minas Gerais. E criou chances para vencer. E o que dizer do Flamengo, até então invicto, que foi surrado em casa pelo Atlético GO por 4x1?

Sempre faço uma reflexão sobre pontos que, na minha opinião, o Palmeiras deixou escapar. E não foram tantos assim. Na teoria, creio que poderiamos ter vencido o América MG, fora de casa, e vencido Grêmio e Bahia em casa. Três empates, que poderiam ter sido vitórias e que elevariam o time ao segundo posto. Os outros empates e derrotas, foram resultados normais.

Muito pior tem sido o Corinthians, que começou o campeonato com 9 vitórias e um empate em 10 jogos e depois disso, venceu dois jogos, perdeu dois e empatou três. Teve uma grande oscilação e perdeu a boa vantagem que tinha. Outro exemplo é o São Paulo, que dos últimos quatro jogos em casa, três deles contra times da parte inferior da tabela, ganhou apenas um.

Não quero aqui arrumar desculpa para a falta de vitórias do Verdão (a última foi no mês passado), tudo o que foi dito até agora prova que este campeonato é complicado e que todos os times vão ter suas osciliações, mais cedo ou mais tarde. O importante é saber contorná-la de maneira rápida. Pelo elenco que tem, o Palmeiras até que não perdeu tantos pontos...

Sobre o jogo, é inegável que o Palmeiras criou chances. Foram duas bolas na trave e o goleiro Marcelo Lomba, do Bahia, foi considerado por muita gente o melhor jogador em campo. Ou seja, o time não deixou de atacar. O volume foi bom.
Cicinho e Valdivia comemoram o gol. A boa jogada foi feita pelos dois

O grande problema é a falta de opções e jogadores talentosos. Do meio pra trás, está tudo bem, na medida do possível. Marcos ou Deola, Cicinho, Gerley, Thiago Heleno, Henrique, que ainda está sem ritmo, Marcio Araujo e Marcos Assunção. É um time bem montado defensivamente, que sofre poucos gols. Tanto que é a melhor defesa do campeonato. Contudo, ninguém na frente marca. Valdivia, Kléber e Maikon Leite são os melhores do time, tecnicamente. Mas nenhum tem vocação para marcar. E não há uma referencia no ataque.

Escalado para isso, Dinei não ficou dois minutos em campo ontem. No primeiro pique que deu, sentiu um estiramento. Ele não é um jogador bom. Longe disso. Mas estava sendo importante taticamente, liberando Kléber e Valdivia.

O palmeiras tem atuado de uma forma que Felipão gosta de organizar seus times. Jogando do meio para as laterais e cruzando novamente a bola para o meio. Por isso é tão importante ter um centro avante. O gol de Valdivia saiu dessa forma, com o Mago fazendo as vezes de camisa 9. O Verdão jogou para vencer, mas faltou sorte. E competencia do trio de arbitragem.

Não gosto de falar nesse assunto. Entretanto, ele merece um paragrafo exclusivo. É inadimissível que os arbitros não consigam estipular e manter um critério durante um jogo. Não dá pra levar os juizes à sério. É inadimissível também que os auxiliares sigam cometendo erros crassos como ultimamente. Estão marcando até impedimento em lateral... Ontem, dois erros foram fundamentais no resultado. O primeiro foi a não expulsão do zagueiro Titi, que foi driblado por Valdivia na entrada da área. Se o Mago passasse pelo zagueiro, poderia ter tido uma chance clara de gol. Por isso a falta merecia amarelo, como o juiz já havia dado para outros jogadores, inclusive Titi. Mas ele preferiu comtemporizar. No lance seguinte, falta para o Bahia. Bola na área e... gol de Titi. IMPEDIDO! Dois erros ridiculos que tiraram mais uma vitória do Palmeiras. Não dá pra ficar quieto com isso.



Domingo, temos clássico contra o São Paulo. Sem Valdivia, Gerley e Thiago Heleno, suspensos. Sem Dinei contundido. Sem Gabriel Silva, na seleção sub-20. Probelmas à vista...

O que acho - O time melhorou nos dois últimos jogos. Tem criado mais chances, tem tido um bom volume de jogo. Só falta o camisa 9. Por não ter muitas opções, acredito que o garoto Miguel poderia ter uma chance. É um jogador alto, de presença de área. Pode, pelo menos, cumprir uma função tática importante. O problema é que deveremos ter problemas de criação no domingo, sem a presença do Mago. Será um jogo em que devemos explorar os contra ataques.

Destaque positivo - Valdivia vem melhorando a cada jogo. Armou bem a equipe e marcou o único gol do Palmeiras. Tem sido caçado em campo, por ser habilidoso e por provocar. Só não pode ficar reclamando a todo instante. Tomou mais um cartão amarelo bobo, apesar das reclamações procederem. Calma Mago.

Destaque negativo - Para essa porcaria de arbitragem, que mais uma vez prejudicou o Palmeiras. Até quando teremos que aturar esse tipo de coisa?

Fotos: Portal Terra

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Análise da arquibancada - Quem não faz, toma!

Deola lamenta o gol sofrido no final da partida.

A fase não está nada boa. Mais uma derrota, pouca criatividade no meio campo e um ataque que não sabe fazer gols. A situação do Palmeiras no campeonato e no restante da temporada é preocupante. É bem verdade que no jogo do último domingo melhoramos em relação ao de quinta-feira, mas estamos longe de ser um time competitivo assim como éramos no primeiro semestre.

A pergunta é uma só: o que acontece com o Verdão? Na verdade, caros palestrinos, ninguém sabe a resposta. Nem Felipão, nem diretoria e muito menos os jogadores. O time teve diversas chances de estufar a bola nas redes, mas não aproveitou nenhuma. O castigo no futebol vem de imediato. O vasco em apenas uma chance matou a partida e o Palmeiras. O torcedor fica cada vez mais desconfiado e contrariado com a atuação horrível de jogadores como Luan e Dinei. A teimosia do “Big Phill” também é motivo de reclamações. Uma pequena crise começa a se instalar no Palestra Itália e não temos quem possa impedi-la.

Não vejo o time do Palmeiras fraco e muito menos ruim. Temos qualidade em todos os setores do campo. O que precisa mudar é a postura e a mentalidade dos jogadores. Cadê o futebol de Valdívia, Kléber, Maikon Leite e Cicinho? O que acontece com a nossa zaga que toma tantos gols de bolas lançadas na área? Os jogadores podem e devem apresentar um futebol melhor. O salário, que eu saiba, está em dia, logo, não vejo motivo para corpo mole ou grupinhos no elenco.


Kléber caiu muito de rendimento depois da polêmica com a diretoria.

A diretoria também tem culpa. Essa mania de “bom e barato” e economias não da certo no futebol. Alguém já viu algum time que não investe em jogadores e na base ganhar um campeonato? Precisamos de jogadores de qualidade. Pensar em opções da série-B é uma piada de muito mau gosto com o torcedor.

Os próximos dias serão decisivos no Palmeiras. Teremos um confronto contra o Bahia e depois dois clássicos seguidos e o segundo confronto contra o Vasco, pela Sul-Americana. Pode ser a oportunidade para chutar a crise para escanteio e seguir firme na busca pelo título ou pode ser a confirmação da crise, que pode resultar na saída de jogadores e do técnico. Espero que seja o momento da nossa reabilitação.

Agora só nos resta torcer, rezar e esperar. Que San Genaro coloque o Palmeiras no caminho das vitórias. Está na hora do Alviverde imponente acordar e voltar a ser o gigante que sempre foi. É o que os palmeirenses mais desejam ultimamente, nada mais.

ACORDA PALESTRA!!

Fotos: Lancenet!

Análise do sofá - O time que não faz gols...

Valdivia lamenta a perda da chance de gol mais clara do Palmeiras no jogo
Está difícil. Muito difícil. No futebol, é impossível vencer uma partida sem marcar ao menos um gol. Nem quando seu adversário da W.O isso é possível, uma vez que o juiz autoriza a saída de bola para que um gol simbólico seja marcado. Ou seja, não há vitória sem gol. Mas parece que o time do Palmeiras não pensa dessa forma.

Se o futebol fosse um esporte de merecimento, certamente o Verdão teria voltado de São Januário com três pontos na bagagem e com um clima mais ameno para a sequência do Brasileirão. Diferente do jogo da última quinta-feira, válido pela Copa Sul-Americana, o time jogou muito bem ontem, principalmente os trinta minutos iniciais. Dominamos completamente o Vasco e poderiamos ter feito 2x0 ou 3x0, sem muito esforço. Contudo, Valdivia, Kléber e Dinei se esforçaram muito para perder oportunidades clarissímas de gol. O Vasco equilibrou o jogo e o primeiro tempo terminou 0x0. Na segunda etapa, a partirda foi equilibrada. E mesmo assim o Palmeiras seguiu criando. Teve bola no travessão, gols perdidos e Fernando Prass trabalhando. O Vasco também atacou, levando perigo muitas vezes.

Entretanto, como disse, futebol não é um esporte de merecimento e sim de competencia. O a equipe cruzmaltina foi mais competente, colocando uma bola na rede. Um belo gol de falta de Bernardo, sem chances para Deola. Logo Bernardo, que jogou com o nome de seu pai às costas, uma homenagem ao dia deles. O pai de Bernardo estava em São Januario também. E para quem não sabe, já esteve no Palmeiras. Hélio, pai do meia vascaíno, é um ex-jogador. Centro avante, para ser mais exato, com passagem pelo Palmeiras, na década de 1980. Dizem que fazia seus golzinhos, mas que não era grande coisa. Porém, isso já é melhor do que os últimos camisas 9 que passaram por aqui, que nem gols fazem.

Ahhhh, a camisa 9, que já vi Evair, Luizão, Oséas e Vagner Love utilizando-as e cansando de fazer gols, tem sido maltratada ultimamente. Tanto que nem dono ela tem hoje. Até mesmo Alex Mineiro e Keirrison, ambos contestados, conseguiram seus golzinhos com ela. No entanto, hoje, não há um centro avante digno de utilizá-la no Palmeiras. Aliás, não temos um centro avante.

Dinei é até esforçado. Ontem, assim como nas úlitmas partidas, teve uma função tática importante. Jogando entre os zagueiros, deu mais liberdade a Kléber e a Valdivia. Assim, o time criou mais. Ele também jogou no sacrificio, com a orelha cortada. Teve de levar nove pontos no intervalo. Ato até que admirável. Mas isso não compensa sua grande deficiência técnica. Se o time tivesse transformado em gol algumas oportunidades que criou nas últimas partidas, estaria hoje a dois pontos dos líderes.

Falta um matador, alguém que finalize as jogadas. Aquele cara que a bola bate na canela e entre. Um cara que meta medo nos zagueiros, que impõe respeito aos defensores.



Será difícil se manter na briga pelo título dessa forma. Creio que, pelo time que tem, o Palmeiras deva seguir batalhando por pelo menos uma vaga na Libertadores. Mas vai ter de dar um jeito de colocar a bola no gol adversário sem que seja apenas na bola parada.

O que acho - O time melhorou entre os jogos de quinta e de ontem. Isso é fato. Muito disso se deve a maior liberdade de Kléber e Valdivia, com Dinei entre os zagueiros. Mas os dois ainda precisam melhorar, pois são os jogadores com mais recursos ofensivos do time. Ontem, já houve uma maior variação de jogadas, por exemplo, com os laterais apoiando e o meio tocando melhor a bola. Tanto que o Verdão dominou a primeira meia hora de jogo. Porém, ainda acho que Valdivia está sobrecarregado no meio, sem muita ajuda. Luan não sabe atacar e não tem a menor visão de jogo. Baixa a cabeça e chuta no gol (ou longe dele). Por isso, sou a favor da saída do camisa 21 para a entrada de Patrik, que atua melhor nesse setor. Mas duvido que isso ocorra. Dessa forma, a volta de Marcos Assunção e da bola parada parece ser a única esperança no momento.

Destaque positivo - Thiago Heleno fez uma partida firme ontem, ganhando a maioria das divididas que disputou. Tem feito boas partidas. É um jogador muito regular e que já tem seu espaço garantido no time. Espero que continue nessa toada.

Destaque negativo - Luan não acertou absolutamente nada do que tentou ontem. E ainda poderia ter prejudicado o time, ao discutir com jogadores do Vasco. Tomou um cartão amarelo bobo e se o juiz fosse um pouco mais louco, teria lhe colocado pra fora. Não é de hoje que ele vem se mostrando destemperado dentro de campo. Sorte que ainda não deixou o time na mão, com dez. 

Foto: Portal Terra

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Análise da Arquibancada - Procura-se o futebol do Palmeiras

Kléber vive o maior jejum de gols da sua carreira
Um jogo horrível, um adversário sem nenhum comprometimento com o jogo e uma derrota ridícula. O Palmeiras começa a Sul-Americana da mesma forma que terminou, no ano passado: dando vexame. Para se salvar no campeonato, o Verdão precisa reverter o placar de 2x0 diante no Vasco no próximo dia 25.

Não podemos dizer que tal feito é impossível. Somos time grande e já revertemos situações muito parecidas ao longo da nossa história. Mas para isso acontecer, nosso futebol precisará melhorar muito. Não jogamos nada, o esquema tático simplesmente não existe e os jogadores parecem perdidos em campo. A crise técnica é nítida e de deixar qualquer torcedor assustado.

A zaga continua tomando gols de escanteios e bolas cruzadas na área. Isso só pode ser falta de treino. Não é possível que um time profissional sofra tanto com uma jogada que é tão fácil de ser evitada. Além disso, nosso ataque está muito deficitário. É incompreensível um time que entra em campo com três atacantes e não chuta a gol. Kléber e Maikon Leite vivem uma má fase e parecem desentrosados em campo. Luan a cada jogo nos dá a certeza de que não vale os R$ 7 milhões que a diretoria desembolsou para tê-lo em definitivo.

Nem São Marcos conseguiu evitar o vexame palmeirense
Felipão precisa dar uma solução imediata para todos esses problemas. Um time com Marcos, Cicinho, Thiago Heleno, Henrique, Assunção, Valdívia, Kléber e Maikon Leite não pode sofrer tanto para ganhar ou empatar uma partida. O treinador tem sua parcela de culpa e deve fazer com que o Palmeiras evolua dentro de campo. É bem pago para isso. O que não pode é dispensar jogadores como Lincoln, Wellington Paulista e o guerreiro Pierre. Nosso banco é medonho e não temos elenco para aguentar duas competições simultâneas.

Precisamos de reforços e de jogadores com comprometimento. O que aconteceu com nosso futebol? Cadê aquele time brigador, difícil de ser batido, veloz no ataque e perigoso nas bolas paradas? Nosso rendimento caiu e junto com ele caiu também a confiança da torcida. Estamos desanimados e desapontados com o que estamos vendo nos últimos jogos. Está na hora de acordar, de ser o Alviverde Imponente. Já estamos cansados de ficarmos sempre no “quase” ou nem chegar perto disso. O Palmeiras vive de títulos. Se quem está aí não é capaz de nos dar isso, é porque não nos serve.

No domingo teremos mais um confronto com o Vasco, desta vez válido pelo Brasileirão. A vitória é importante e obrigatória. Que joguem a vida, que suem sangue, que briguem como gladiadores e que brilhem como mágicos. Caso contrário, cornetas irão rolar. A turma do limão está bem azeda, assim como futebol do Palmeiras. Aliás, alguém o viu por ai?


ACORDA PALESTRA!!

Fotos: Lancenet!

Análise do sofá - Outro jogo ruim

Palmeiras criou raras chances de gol. E quando criou, não soube aproveitá-las
Foi sofrível, de novo, o desempenho do Palmeiras, dessa vez jogando contra o Vasco pela Copa Sul-Americana. Com apenas um desfalque (Valdivia, que estava com a seleção chilena), o Verdão pouco produziu e também pouco ameaçou o mistão do Vasco, que resolveu poupar alguns jogadores pensando no novo confronto entre as duas equipes, neste domingo pelo Brasileirão. E o resultado de tudo isso foi uma nova derrota.

Taticamente, não podemos negar que o time é bem postado. Mas se limita apenas a isso. Não há a minima criatividade no meio campo quando Valdivia não joga. E quando o Mago atua, é sempre bem marcado, logo, o time pouco melhora. O problema é que não existe, além do chileno, um jogador que pense o jogo, que tenha qualidade para organizar o time. Marcos Assunção até tenta fazer esse papel, às vezes. Porém, ele é um volante e sua primeira preocupação é marcar. Com isso, acaba sobrecarregado.

A caracteristica de vários jogadores do Palmeiras é de carregar a bola. Cicinho domina, parte pra cima e tenta o drible. Luan também (e quase sempre erra) ou dá aqueles chutes medonhos. Maikon Leite idem. Patrik é a mesma coisa. Kléber faz o mesmo. Não há toque de bola vertical, em direção ao gol. Se limitam apenas a tocar horizontalmente, de um lado para o outro. E além de tudo, erram muitos passes, fundamento primordial. A palavra 'tabelinha' ou a expressão '1-2', parece não existir no vocabulário dos jogadores. Não trocam passes com velocidade, não se movimentam. Ficam guardando posições. Os laterais não fazem a ultrapassagem para chegar à linha de fundo. É um time estático.

O único jogador que tenta fazer alguma coisa nesse sentido é o Marcio Araújo. Mas ele é um volante, destruidor de jogadas e não tem a qualidade suficiente para tanto. Não pode vir dele essa opção. O time tem um padrão de jogo. Só que esse padrão já não é eficaz, até porque os jogadores não têm tanta qualidade e porque não existe variação de jogadas. É muito fácil marcar o Palmeiras. E ontem isso ficou provado.

O Verdão começou melhor o jogo, explorando os espaços que o time do Vasco deixava e a falta de entrosamento de alguns jogadores. Tanto que nos primeiros minutos, se tivesse um pouquinho mais de qualidade, poderia ter aberto o placar e mudado o rumo da partida. Mas aos poucos, os cariocas conseguiram se  ajeitar. E aí, o Palmeiras parou de produzir, pois não sabe jogar de outra forma.

Sobre os gols sofridos, é inadimissivel sofrer tanto na jogada aérea. Ontem, o primeiro gol foi uma das coisas mais ridiculas que eu já vi. A bola simplesmente bateu no Diego Souza, desmarcado, e entrou. Ele nem comemorou porque não ao certo o que havia ocorrido. E o segundo foi uma desatenção total do sistema defensivo em um contra ataque.
Mesmo com time misto, Vasco foi melhor por boa parte do jogo e mereceu a vitória
Ontem o Palmeiras encaminhou sua desclassificação na Sul-Americana. Se continuar jogando assim, não passa de jeito nenhum. E também não irá longe no nacional. Marcos disse que precisamos de contratações e que o time precisa estar mais atento. Felipão já cogita mudar o esquema tático, até porque o time só melhorou, pasmem, com a entrada do Dinei. Não se pode depender apenas das bolas paradas de Marcos Assunção, que suspenso, não joga domingo. 

É, parece que vamos penar novamente.

O que acho - É difícil achar alguma coisa desse time. Pra mim, não dá mais para Luan, Kléber e Maikon Leite atuarem no mesmo time. Apesar de ter sua importância tática, tecnicamente Luan é muito fraco. MUITO MESMO! Kléber, jogando de centro avante, enfiado entre os zagueiros, não consegue produzir absolutamnete nada. Melhorou quando foi deslocado para sua posição original, após a entrada de Dinei. Mas ainda está fazendo muito pouco. E o Maikon Leite... não me lembro de ele ter feito um jogo bom além da estréia. Muitas vezes passa a impressão de que está totalmente perdido em campo. Patrik não é armador, logo, não pode ser o reserva imediato do Valdivia. O Palmeiras precisa encontrar opções logo. Não é possível que não tenhamos jogadores na base que possam, pelo menos, compor um banco para dar opções. O sistema defensivo tem se portado bem quando atacado, mas é uma negação no jogo aéreo. O time precisa mudar, não só de esquema, mas também de mentalidade.

Destaque positivo - São Marcos não teve tanto trabalho, mas foi bem quando exigido e não teve culpa nos gols. E ainda é o único que tem moral para cobrar alguma coisa, como fez no pós jogo. Foi o único que, de alguma forma, não comprometeu.

Destaque negativo - Todo o resto. Ninguém jogou nada. Tenho medo do futuro que nos aguarda...

Fotos: Portal Terra

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Pré jogo - Vasco x Palmeiras

Pierre e Philippe Coutinho disputam a bola em partida pelo campeonato de 2010
Hoje é dia de Palmeiras em campo. E não é pelo Brasileirão 2011. Nesta quinta-feira o Palestra estréia na Copa Sul-Americana longe de casa e enfrentando um tradicional rival, o Vasco da Gama, no estádio de São Januário, Rio de Janeiro. Um clássico nacional entre dois dos mais populares times do Brasil e que se repetirá já no domingo, em partida válida pelo campeonato nacional. Dois embates em três dias entre o Alviverde Imponente e o Gigante da Colina.

Atualmente, ambas as equipes atravessam um momento semelhante. No Campeonato Brasileiro, os dois clubes têm a mesma pontuação (27) e tentam se aproximar dos líderes. Por isso, deverão fazer um jogo pegado no fim de semana.

Já para a partida da hoje, a expectativa é de vermos um jogo mais estudado, uma espécie de treino para domingo. Nenhum dos dois times terá todos os seus jogadores disponíveis, o que enfraquece o espetáculo. Os times também não parecem dar muita importância para a Sul-Americana, já que o Vasco tem sua vaga na Libertadores 2012 garantida e o Palmeiras deverá focar-se no Brasileiro.

Prováveis Escalações

Jogando em casa, o Vasco deverá poupar algumas peças. O meia Felipe, por exemplo, deve ficar no banco de reservas, poupado para o confronto de domingo. O mesmo deve acontecer com os atacantes Eder Luis e Alecsandro. Com isso, Juninho Pernambucano e Diego Souza (suspenso da partida de domingo), devem assumir o papel de criadores hoje, com Bernardo e Elton no ataque. Do meio para trás, o zagueiro Dedé, que esteve com a seleção brasileira na Alemanha, também não joga. Para domingo, o time deverá estar completo. A equipe cruzmaltina marca bem e consegue ter uma boa variação de jogo. Por isso, toda a atenção será necessária, especialmente com os dois meias.

Provável escalação do Vasco - Fernando Prass; Fágner, Renato Silva, Anderson Martins e Julinho; Rômulo, Jumar, Juninho Pernambucano e Diego Souza; Bernardo e Elton

Destaque - Se o Palmeiras tem Marcos Assunção como principal arma na bola parada, o Vasco também tem a sua. É o veterano Juninho Pernambucano. Eximio cobrador de faltas, Juninho terá também a incumbência de armar as jogadas vascaínas hoje. É um jogador muito técnico, que, em uma jogada, pode decidir um jogo. Olho nele.

No Palmeiras, o único desfalque confirmado é Valdivia, que jogou pela seleção chilena contra a França, e só volta a atuar pelo Verdão no domingo, também contra o Vasco. De resto, força máxima. A única dúvida parece permanecer na zaga. Com a volta de Thiago Heleno, Mauricio Ramos e Henrique devem disputar a outra vaga. Quem volta também é Luan, que não jogou no fim de semana contra o Grêmio por estar suspenso. Para substituir Valdivia, Patrik foi o escolhido.

Provável escalação do Palmeiras - Marcos, Cicinho, Thiago Heleno, Henrique (Maurício Ramos) e Gerley; Márcio Araújo, Marcos Assunção, Patrik e Luan; Maikon Leite e Kleber

Destaque - A bola parada poderá ser decisiva hoje. E se Juninho Pernambucano é o cara do Vasco nesse tipo de jogada, Marcos Assunção irá liderar o Palmeiras nesse quesito. Além das faltas frontais, que são perigosissimas, o nosso camisa 20 tem tido um ótimo retrospecto de assistências em faltas laterais e escanteios. Vamos torcer para que ele esteja inspirado hoje e ajude o Verdão a conquistar uma vitória.

Histórico de confrontos

Palmeiras e Vasco, até hoje, fizeram nove jogos válidos por competições internacionais. E já há um confronto pela Copa Sul-Americana, em 2008. E nessas nove partidas, o Verdão leva vantagem no confronto, tendo vencido quatro, perdido três e empatado duas.

Além disso, todos esses confrontos foram eliminatórios. E aí, novamente o Palmeiras está em vantagem. Em 1951, foram duas partidas válidas pela semifinal Copa Rio, com um empate em 0x0 e uma vitória do Palmeiras por 2x1. O Verdão foi campeão do torneio, considerado o primeiro Campeonato Mundial de Clubes, em seguida. Em 1999, as partidas foram válidas pelas oitavas de final da Libertadores e teve, outra vez, um empate e uma vitória Palestrina. Em São Paulo, foi 1x1. Já no Rio de Janeiro, o Verdão goleou por 4x2, com um show do meia Alex. O Palmeiras também foi campeão da competição, sucendendo o próprio Vasco.



No ano seguinte, mais três jogos, válidos pela Copa Mercosul. No primeiro, vitória vascaína, por 2x0 em São Januário. No segundo, o Verdão triunfou por 1x0, no Palestra Itália. Por isso, um terceiro jogo foi realizado, novamente no Palestra, para definir o campeão. E em uma partida épica, o Vasco, infelizmente, venceu um jogo que parecia perdido. Depois de sofrer três gols no primeiro tempo, os cariocas viraram para 4x3 e conquistaram a taça.

No único confronto entre as equipes pela Sul-Americana, vantagem do Palmeiras. Depois de perder o jogo de ida por 3x1 no Rio, o Verdão ganhou a partida de volta, em São Paulo, por 3x0.

No confronto geral, o Palmeiras é muito superior, com 53 vitórias e 27 derrotas em 116 jogos. Quase o dobro. As equipes ainda empataram 36 vezes. Como visitante, o Palmeiras também tem bom retrospecto. São 18 vitórias, 13 empates e 19 derrotas.

Em campeonatos brasileiros, novamente o Palestra tem vantagem, com 18 vitórias e 9 derrotas, além de 13 empates em 40 jogos.

Lincoln é emprestado. Pierre pode ser o próximo

Sem ser muito aproveitado, Lincoln acertou seu empréstimo junto ao Avai
O meia Lincoln foi emprestado ao Avai, até o final do ano. Sem estar sendo muito aproveitado pela comissão técnica, atleta e diretoria entraram em um acordo e o jogador já se apresentou ao novo clube. O alto salário de Lincoln e suas seguidas lesões contribuiram para a decisão, apesar do bom nível técnico que o jogador tem. Quem também pode estar de saída é o volante Pierre. Sem ser ao menos relacionado para o banco de reservas em muitas ocasiões, o Guerreiro pode ser emprestado ao Cruzeiro.

Fotos: Google Imagens
Fonte: Site Oficial do Palmeiras

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

O caos do Canindé

O Canindé tornou-se casa palmeirense em 2011

O Palmeiras adotou o Canindé, estádio da Portuguesa, como sua casa provisória enquanto a Arena Palestra Itália não fica pronta. O “caldeirão lusitano” até que está dando sorte ao Alviverde. O time de Felipão ainda não perdeu jogando lá. Mas o que acontece fora de campo, com os torcedores, não é nada espetacular e muito longe de ser comemorado.

Não é de hoje que os palmeirenses encontram sérias dificuldades para comprar ingresso no dia da partida. Já teve episódios de deixarem apenas duas bilheterias abertas, causando uma enorme fila ao redor do estádio. No jogo Palmeiras x São Bernardo, partida válida pelo Paulistão, teve torcedor que conseguiu entrar somente aos 15 minutos da segunda etapa. Uma desorganização total!

Para entrar no Canindé também não é nada fácil. A fila da revista policial é demorada, o espaço disponível para as catracas de acesso às arquibancadas é minúsculo e acarreta em tumulto e empurra-empurra. Na partida contra o Atlético-GO demorei cerca de 30 minutos para conseguir entrar e ver o jogo. Essa é uma situação corriqueira no estádio. Se o público pagante for maior que 10 mil pessoas o caos é nítido. O torcedor, para variar, é tratado como gado.

E quem pensa que lá dentro está tudo correto, engana-se. Os banheiros são poucos e totalmente imundos (algo comum nos estádios brasileiros). Existem pontos-cegos nas arquibancadas. Quem ficar atrás do banco de reservas, por exemplo, não consegue enxergar nada. Se alguém levar uma criança deverá carrega-la no colo, pois os degraus não foram feitos de forma adequada. E os portões de saída não comportam um volume grande de pessoas. Já cheguei a demorar 20 minutos para sair de lá.

Os palmeirenses têm encontrado dificuldades com a organização do estádio
Acho o Canindé bem acolhedor, mas está muito abaixo da grandeza do Palmeiras e de sua torcida. Somos 15 milhões de palestrinos e merecemos ser respeitados. A diretoria não pode limitar que apenas 15 mil palmeirenses acompanhem a partida “in loco”. Merecemos mais respeito, uma vez que pagamos o ingresso.

Muitos reclamam do Pacaembu. Dizem que é estádio dos Gambás e que da azar jogar lá. Acho isso uma tremenda bobagem. É um patrimônio da cidade de São Paulo e nunca tive problemas lá. Claro que também existem os fatores contrários, mas além de comportar um número maior de torcedores, tem uma estrutura muito superior ao “Lusa Stadium”. A partida contra o Grêmio, por exemplo, deveria ser no Estádio Municipal e não no Canindé. Muitos palmeirenses tiveram que desistir de assistir a partida porque os 15 mil ingressos de arquibancada já tinham sido esgotados. UMA VERGONHA!!

Alou Tirone, quer economizar no aluguel? Faça isso de forma consciente. A nossa torcida não pode ser desrespeitada dessa forma. Nós somos o maior patrimônio do clube. E somos nós quem pagamos o aluguel do estádio. Acredito que temos o direito de escolher onde queremos apoiar o Palmeiras, não?

Forza Palestra!

Fotos: Lancenet! e Portal Terra