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terça-feira, 13 de setembro de 2011

Análise da Arquibancada - Simplesmente frustrante

Em protesto, torcida deu as costas para o time durante o jogo contra o Inter
Resolvi ir ao Pacaembu ver Palmeiras x Internacional no domingo. Jogo bom de se acompanhar em uma agradável tarde. Realmente, parecia ser uma boa pedida. Parecia. Sinceramente, deveria ter ficado em casa, acompanhando, por exemplo, a final feminina do USOpen, entre a australiana Samantha Stosur e a americana Serena Williams. Com certeza, não teria me estressado tanto e ainda teria economizado algum dinheiro.

Perder para o Internacional, que possui um bom elenco e o maior artilheiro do Brasil no ano, no caso, Leandro Damião (ontem ele fez três), é até que normal, mesmo que jogando em casa. Assim como seria normal o Palmeiras vencer aqui e lá no Rio Grande do Sul. Tratam-se de dois times grandes. Mas, como diz meu pai, há formas e formas de se perder. E o Palmeiras perdeu, no domingo, de uma maneira que reflete o atual estágio do time: da maneira em que nada dá certo.

Se alguém que não viu o jogo olhar só para o resultado vai pensar que o Inter massacrou impiedosamente o Palmeiras e que Leandro Damião 'comeu a bola'. Porém, isso não aconteceu neste domingo. Foi exatamente o contrário. Não me lembro do Inter ter levado perigo ao gol de Marcos mais do que cinco vezes. Em três delas, eles tiveram competencia de sobra e marcaram, duas no fim da partida.

O Palmeiras por sua vez, chutou, cruzou bolas na área, tentou chegar, de alguma forma, a pelo menos um gol. Contudo, foi imcompetente. Perdeu chances claras (no mínimo seis) e saiu derrotado.

Claro que, como torcedor, saí do Pacaembu chateado, frustrado. Saí inclusive assim que o Inter fez o segundo gol. Não vi o terceiro. Entendo também (e concordo) com os protestos da torcida ao final do jogo. Pagamos ingresso, enfrentamos fila, apoiamos o time e, dentro de campo, vemos que o nosso esforço não é correspondido. Também não vou isentar ninguém de culpa. Jogadores, comissão técnica e diretoria, todos os envolvidos, têm sua parcela de culpa na atual situação do clube. Não há inocentes nessa história.

De cabeça mais fria, vejo que o time parece afoito, não tem estabilidade, especialmente emocional, para superar a fase ruim. E isso graças as confusões extra-campo que vivemos. Por mais limitado que o time seja, não é tão ruim a ponto de fazer a campanha ridicula que tem feito. Em dez jogos vencemos apenas uma vez. Caimos de quarto para oitavo. E deficiência técnica, apenas, não explica essa fase horrorosa.

Apesar da fase ruim, ainda nos mantemos na briga. mas a perspectiva não é das melhores, pois não sabemos quando voltaremos a vencer, jogando dessa forma.

O momento é muito complicado e fica cada vez mais difícil acreditar em algo melhor.

Foto: Portal Terra

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